A voz na minha cabeça

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(Nico)- Em? O que pensa que está fazendo no meu quarto?

(Jace)- Estava ajudando a dobrar as roupas do bebê.

(Nico)- Ah tá... ei ei não sou bebê.

(Jace)- Estou só brincando.

(Nico)- Sai logo do meu quarto!

      Saio do quarto de Nicolas é deixo ele lá dentro brincando com seus brinquedos e suas abelhas. Logo eu vou até o andar de baixo e chego na sala de estar, como ja disse antes a casa Crow era grande e muito chique, a porta de entrada era grande e feita de madeira, ela dava de frente para a um hal de entrada onde ficava a escadaria que ia para o segundo andar, lá em cima ficavam os quartos e dois banheiros.
   No primeiro andar a direita do hal de entrada ficava a sala de estar junto a uma pequena biblioteca, e a esquerda do hal de entrada ficava a sala de jantar com uma grande mesa, nós fundos da sala de jantar era a cozinha e área de serviço. Tudo naquela casa era muito chique e grande, sem contar o quintal e o jardim que eram imensos.

      Como dizia antes havia descido as escadas e ido até a sala de estar onde encontrei Miss Crow sentada no sofá.

(Miss Crow)- Oh Senhor Norman, como vai?

(Jace)- Miss Crow, vou bem mas diga como foram as compras?

(Miss Crow)- Bem foram boas eu acho, comprei algumas coisas e remédios para caso de emergência. Tentei ser o mais discreta possível para não ser vista pelas pessoas.

(Jace)- Ah entendo.

(Miss Crow)- Jace, você não pensa em descobrir seu talento?

(Jace)- Não sei, as vezes acho que não tenho nenhum talento sobrenatural.

(Miss Crow)- Oh bobagem, todos os Normans possuem talentos sobrenaturais incríveis, tenho certeza que vai descobrir o seu em breve.

    Concordo com Miss Crow ao balançar a cabeça, ela então se levanta e sai para algum lugar, Miss Crow era uma mulher muito atarefada tendo que cuidar de todos os Não-humanos da casa e tal.
  
        Mas fiquei pensando no que ela disse, afinal qual seria meu talento sobrenatural?  Mesmo todos os membros de minha família terem talentos Não-humanos eu ainda tinha medo de ser apenas normal, será que eu ia ser expulso da casa Crow? Será que Darcy não iria mais falar comigo e a minha avó! Eu iria decepcionar ela e todo o legado da família Norman.
   
        Tinha que saber a verdade e descobrir qual o meu talento, fui para o jardim em uma área mais afastada da casa e fiquei tentando me lembrar de algo sobrenatural que já aconteceu comigo, mas não havia nada! Eu era tão comum e chato nunca tive nada de extraordinário ou diferente.
   
     Bem a solução era tentar algo, não tinha nenhuma característica física como exótica como Frank ou Gaspar então presumi que meu talento seria psíquico ou não tão fácil de identificar.        

     Logo me certifiquei de que ninguém estava vendo e tentei algumas coisas, primeiro estendi os braços e as mãos e apontei para o muro esperando que algo acontecesse, mas nada acontecia e por isso decidi fazer uma força, porém quando percebi que não disparava gelo pelas mãos ou sotava laser pelos ouvidos só me convenci de que era normal.
  
     O medo de não ser especial me alcançava mais ainda à cada minuto.        
      Tinha uma voz em minha cabeça que dizia que eu não pertencia aquele lugar ou não era bom obstante para aquelas pessoas, essa voz me fazia depressivo e me transtornava cada vez mais.
      Até que um som interrompe a voz em minha cabeça, era o sino do jantar que Gaspar sempre tocava chamando todo o pessoal para o rango, nem havia percebido que já está escuro e rapidamente corri para á casa.
     

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