Jeon Jungkook
Eu estava fugindo mais uma vez do internato, me sentia um animal por ser levado pelo meu tio aos 10 anos, ele amava viajar e fazer suas coisas sem ninguém para ficar interrompendo.
Depois que meus pais adotivos morreram ele tinha que ficar em casa para me dar os cuidados necessários por que na época eu tinha apenas 7 anos. Ele foi obrigado a ficar em casa e trabalhar de forma simples, só para cuidar de mim, admiro muito ele por mais que tenho um certo receio por ser diferente o nosso tipo de convivência.
Sou uma pessoa difícil de lidar por ser fechado e não confiar em todos, já ele é falante e faz amigos com facilidade. Meu único amigo é o Hoseok ele de alguma forma consegue me arrancar do meu mundo vazio e solitário , me trazer a vida apenas por rir, aquela risada sempre foi meu alicerce para continuar vivendo, conheci ele no orfanato onde o mesmo entrou aos 14 anos ele me ajudou em minhas crises, mas aos 18 anos ele conseguiu um emprego e se mudou do orfanato, sempre que eu fugia ia para sua casa cozinhar e conversar.
Dona Carmem era a cozinheira do orfanato e eu de certa forma gostava dessa senhora, ela dizia que eu parecia o filho falecido dela eu ficava triste com esse comentário, mas de certa forma ela era como eu solitária, ela me ensinou a cozinhar e fazer variados pratos, sempre que tinha oportunidade estava na cozinha ajudando ela em tudo que eu podia, e quando ficava entediado fugia para a casa do hoseok que me observava com uma cara fechada, parecia raiva mas certamente está com fome. Ele tem uma mania de franzir a testa e deixar os olhos pequenos quando está com fome ou se concentrando, no fundo me dava arrepios ele consegue ser mal quando estava com fome ou até mesmo se eu errei no corte do salmão acertando em cheio meu dedo.
- Cara mais que PORRA, olha essa merda.- falei mostrando meu dedo com um corte profundo, já é a 3 vez essa semana digamos que estou literalmente um Frankenstein, facas literalmente me odeiam ou me amam demais.
-Car..ram..ba JK vamos ao médico olha o tamanho desse buraco do seu dedo.- Hoseok falou arregalando os olhos, e lhe faltava cor, provavelmente ele estava passando mal, mas ele é teimoso demais pra dizer.- V.ou pe...pe...gar um pá..pá..no.-confesso que ri da sua atitude parecida com uma criança vendo um fantasma, parecia que ele iria desmaiar.
- De boa cara acho que consigo fechar esse corte, aí depois é só tampar com isso aqui.- quando falei isso já estava fechando o enorme buraco do meu dedo com a outra mão, e em minha boca já estava um esparadrapo para por assim que eu fechasse.- Viu aí só você me ajudar a limpar esse sangue no chão agora.- falei entre dentes por causa do esparadrapo nos dentes, mas quando me virei o hoseok estava amarelo com os olhos arregalados e com a boca meio aberta, 1 ele ia desmaiar 2 eu tinha que ajudar 3 não podia ri, por que ele tinha um certo pavor de sangue.- HOSEOK HEY, AISHIIII NÃO VAI DESMA....PORRA...QUE CARA BUNDAO.-mal terminei a frase e vi seu corpo cair fazendo um barulho oco. Hoseok estava caído no chão, confesso que entrei em desespero, percebi que seu rosto estava tão pálido, por mais que meu amigo era um bundao eu me preocupava com ele. Tentando desesperadamente colocar o curativo no dedo e socorre-lo o mais rápido possível, o que foi difícil já que minhas mãos tremiam pelo nervosismo, deixei cair o esparadrapo da boca fazendo ele colar no chão.
-Ótimo LEGAL...MAISS QUE MERDA,AGORA TO AQUI COM UM BURACO NO DEDO, COMO VOU FECHAR ESSA BOSTA, ACORDA CARA PARA DE SER BUNDA MOLEE HOOOOSEOKK....- falei gritando tentando ver alguma reação do desfalecido que nem se mexia gritei tanto que minhas cordas vocais pediram socorro, Num é possível ele morreu, como ele quer ser médico assim ....- CARA FAZ ISSO NÃO, SE EU SOLTAR AQUI NÃO CONSIGO FECHAR MAIS, DROGA JHOPEEEE...- Assim que consegui cortar outro esparadrapo com a boca que ficou entre meus dentes no corte, arrumei a posição e coloquei no corte fechando ele então eu corri para tentar acordar meu amigo.- Hey, mano você tá na cor de um papel, acorda, HOSEOKKKK CARALHO..- gritei colocando minhas mãos no ombro dele o balançando com uma certa força, fazendo ele dar um sinal que estava acordando, ufa !!! quase sai correndo pedindo ajuda seria estranho já que estávamos no apartamento dele, e eu entrei escondido, e o chão estava com sangue e ele deitado do lado, seria uma cena horrível.
-Aa.ii..jk
- Aí ai digo eu, cara quase me caguei aqui, imagina as pessoas entrando pra te ajudar e você caído nessa cena aqui cheio do meu SANG..- OK sem falar sangue, ele vai desmaiar de novo.- Ok você aí caído e eu machucado as pessoas iriam pensar que eu te matei, porra Hoseok, como pode fazer isso cara, quase tive um ataque cardíaco sua cor sumiu parecia um papel de tão branco.- falei desesperado e gesticulando com as mãos até ele me cortar .
-Maninho..- ele fala olhando nos meus olhos com uma cara meio torta, como se estivesse com dor, ainda estava pálido.
- O que ? Que foi? Tá doendo onde ? Bateu a cabeça né, falei cara , deixa eu ver.- assim que me mexi pra ver sua nuca ele gemeu e eu entrei em desespero.- MEU DEUS, onde fala onde dói???
-Vo..ce tá co..m o jo..elho no meu ovo..SAI de cima..
- AAAA mas que PORRA , QUE SUSTO ...- levantei tão rápido que minha visão escureceu por segundos.
- E para com essa boca suja, credo só fala merda. Ah e obrigado, pensei que ia fazer uma omelete aqui.- ele levantou esfregando a área proibida com uma cara de dor, e um riso sínico.
- Aposto que seria horrível amargo, Mole e eu não comeria.- falo afim de provocar , e funciona por que recebi um belo tapa na nuca.
- HEYYY, ABUSADO, esqueceu que sou mais velho que você olha os modos.
-AI, seu tapa dói....agora é sério você tá bem mesmo ? Pensei que tinha morrido.
- Tô sim fica em paz, era muita sujeira , não gosto de ver sangue, nem sei como vou trabalhar no hospital.- falou olhando em volta e levando uma mão para seus olhos.
- Na faxina certamente seria perfeito para esse ato, apesar que teria que limpar vômitos e sangue também.- falei levando a mão para o queixo como se estivesse pensando – É então vai ter que passar fome.
- AISHIIII, tá querendo levar outro tapa eu hein menino abusado.- não aguentei e acabei rindo do seu comportamento tava pálido ainda mas fazendo graça.
Me sinto a vontade com Hoseok ele sabe cada detalhe da minha vida, até demais pra ser sincero, mas gosto assim com ele posso ser eu mesmo, não preciso me colocar numa bolha.
- Agora por que diabos você apareceu aqui em casa do nada, nem me ligou aconteceu algo?
-A então...sobre isso.-Falo meio sem graça coçando a nuca.
- Aconteceu alguma coisa né me conta tudo JK.- falou levantando e me entregando um pano para a limpeza.
Contei a ele que fugi do internato e estava procurando meu tio para poder me mudar de lá, aquele lugar estava me fazendo mal , me obrigavam a tomar medicações que mexiam com meu humor e isso estava me deixando louco, não que eu não seja normal.
A verdade é que fiquei tempo demais lá dentro uns 5 meses pra ser exato, sem fugir mas estou tendo algumas mudanças e isso poderia ser um problema, eu realmente precisava encontrá-lo, queria sua ajuda por que não conheço Busan como conheço Seul. Após uma longa conversa ele se convenceu que era o melhor pra mim fazer isso e me passou um endereço que meu tio estava. Era uma espécie de estúdio musical, onde acontecia uma entrevista de novos cantores e dançarinos, peguei um boné e uma máscara emprestado de Hoseok para não ser reconhecido na rua, talvez estejam atrás de mim, afinal para sair do orfanato eu tive que brigar, e não foi nada agradável, para eles é claro.
Quando cheguei no local estava uma bagunça cheia de pessoas na frente, correndo de um lado para outro, tinha seres vestidos estranhamente, com fantasias extravagantes alguns com vestimentas normais. Quando tentei passar pelo canto para finalmente conseguir entrar na empresa, senti uma mão me segurando impedindo minha entrada sorrateira o segurança, me segurava firme e começou a falar.
- Não é permitido a entrada de fãs, ou candidatos por aqui, requer uma autorização.- falou antes de me agarrar pela blusa, e tentar me arrastar em direção da multidão, firmei meus pés no chão e o olhei de cima a baixo antes de falar.
- Sou Jeon Jungkook, pode verificar tenho permissão para entrar na hora que eu quiser.- já estava sem paciência, todos de alguma forma queria me manipular a fazer o que não quero. Assim que verificou se curvou como um pedido de desculpas e me entregou um crachá para me autorizar a minha entrada.- Sem esse tipo de comportamento, não gosto disso.- eu disse apontando para ele curvado, assim que me escutou arrumou sua postura e deu um pigarro de leve para falar.
- Sim senhor Jeon Jungkook, peço desculpas pela minha falta de ética, é que fui orientado a não permitir a entrada sem a identificação, senhor.- e mais uma vez e se curvou.
- Imbecil mesmo.- sai deixando o segurança curvado, adentrando na empresa pelo térreo em busca do meu tio nos corredores cumpridos da minha meia empresa, já que tinha parte dela em meu nome, mas nunca quis assumir essa responsabilidade então deixei que ele tomasse conta das partes burocráticas, não tinha cabeça para isso, tinha outras coisas a resolver. Entrei no elevador colocando o número 3 para subir até o local que estaria acontecendo a tal entrevista. Quando eu era mais novo foi construído esse local nunca vim até aqui é uma pequena filial que construíram apenas para entrevistas ou pequenos departamentos administrativo para resolver locais onde seria shows dos ídols ou simplesmente um local vazio quando não tinha nenhum evento, afinal a empresa cede era em Seul essa sim eu conhecia com a palma da minha mão. Assim que o elevador parou ao chegar no andar senti frio como nunca, um arrepio subindo nas espinhas, mas ignorei eu poderia estar com febre, já que não fui ao hospital por causa da ferida aberta, sai do corredor e encontrei uma senhora, sentada numa mesa quase em frente ao elevador.
- Senhor jeon Jungkook prazer em vê-lo fui avisada que estaria aqui, pode aguardar o senhor aqui ele estará de volta em alguns minutos, a última entrevista está sendo feita agora.- uma senhora de mais ou menos 45 anos falava e sorria de forma doce, apontando para uma cadeira e mesa que tinha em uma pequena sala atrás do seu balcão, confesso que lembrei da minha mãe por um breve momento.
- Agradeço, estarei aguardando senhora..- aguardava pelo seu nome já que ela foi educada gostaria de fazer o mesmo.
- Han Suhe senhor.
- obrigada senhora Han Suhe, vou ficar aguardando.- assim que falei fui em direção a pequena sala me sentando confortavelmente.
Foram os 30 minutos mais longo da minha vida e isso estava me deixando louco, como pode uma entrevista demorar tanto. Então resolvi ir até Jean, e passando pelo corredor escutei uma música na verdade aquela voz de alguma forma me fez arrepiar, senti meu coração palpitar, e precisava ver quem era o dono dessa voz maravilhosa. quando cheguei ao suposto estúdio me guiando pela voz que escutava abri lentamente a porta, consegui ver um menino de cabelo loiro, seus lábios eram cheios, tinha um corpo meio magro porém no padrão, sua pele clara absorvia a claridade do local o deixando radiante, apesar de conseguir ver uma áurea bem leve em volta num tom lilás e seus olhos pequenos era tão lindos. Mas eu precisava me aproximar, para ver mais detalhes eu tinha a certeza que o conhecia de algum lugar e meu corpo necessitava dessa aproximação. Só que ao me aproximar um pouco mais senti mais arrepios que antes e uma sensação estranha quando seus olhos alcançou os meus, eu congelei, não precisei de um segundo para reconhecer aqueles olhos me fitando de forma leve,senti minha pupila dilatar e o local ficou mais claro do que o normal, ele estava na minha frente mais uma vez. Eu esperava por esse momento a tantos anos que fiquei sem reação, eu finalmente o achei o meu Park jimin, por mais que não estava procurando o destino nos juntou de novo, más minha alegria se esvaiu aquilo realmente tinha que acontecer? Agora era o momento de encontrá-lo? Eu tinha 17 anos então ele teria 16? Eu estava em uma confusão total perdi as datas como pude esquecer desse detalhe. Eu estava com medo tinha receio e se ele me reconhecesse o final disso não seria agradável na verdade seria extremamente doloroso, e se tudo fosse igual, eu não aguentaria perde-lo de novo. Queria agarrar seu corpo pequeno em meu abraço e dizer que dessa vez tudo ficaria bem,mas eu não conseguia me mexer não conseguia desviar o olhar, o medo tornou-se parte da minha v e nesse momento queria estar aqui onde estou. Já pensei várias vezes que seria melhor se eu não me lembrasse, talvez seja egoísmo da minha parte, mas realmente não queria lembrar dele por que isso doía, a minha existência era dolorosa. Quando ele se virou para dar atenção só ao meu tio que o chamava tentando o fazer prestar atenção,eu aproveitei sua distração e fui embora fechando as grandes portas atrás de mim.
Com o coração acelerado e com a visão turva tentei encontrar o caminho de volta, mas entrei na primeira porta no final do corredor, era uma sala que tinha um banheiro, fui me sentando no chão lentamente pois as lembranças me consumiam de uma forma que nem percebi que já estava chorando, meu corpo tremia, a dor de perde-lo me consumiu, a dor da distância das noites sem dormir. Por mais que foi uma escolha minha, me lembrar, mas por que tinha que ser assim, abraçando meus joelhos o choro agora se tornou descontrolado, minhas mãos tremiam tanto e em meus ouvidos se ouvia zumbidos estranhos como se estivessem com água pressionando meus tímpanos. Estava ali por tanto tempo que não sabia as horas e nem me importei com isso estava me sentindo a pior criação existente, o pior humano ou quase da terra. Depois de não ter mais lágrimas e me acalmar um pouco me levantei com dificuldade meu corpo doía, talvez por ficar tanto tempo na mesma posição mas meu corpo estava fraco demais para fazer o tal movimento simples de levantar e não consegui conter a fraqueza, ela me atingiu tão rápido que apenas senti meu corpo caindo sentindo meu joelhos baterem nos chão, e um zumbido agudo no ouvido certamente havia batido a cabeça, estava tão fraco que não lutei contra a queda. Após o zumbido do ouvido comecei a sentir uma dor na cabeça, e algo quente desceu através de meus olhos, tentei levar minhas mãos na direção da dor mas falhei mais uma vez, “como pode ser tão fraco Jungkook reaja” eu tentei abrir meus olhos mas a visão estava em tons avermelhados um tanto borrado, enxergava as luzes a minha volta como borrões de luz, sem lutar, sem gritar apenas eu e minha mente problemática ali deitado no chão sozinho, pensei “ Belo fim vamos ter Jungkook” enfim a escuridão me atingiu me fazendo desmaiar, talvez só assim a dor me deixaria em paz.
Não sei quanto tempo fiquei desmaiado, mas quando acordei dos meus profundos sonhos em minha frente estava uma senhora, seus olhos assustados me olhava enquanto gesticulava levando suas mãos a cabeça várias vezes enquanto falava ao telefone, suas mãos tremiam e as vezes ela ajoelhava e tocava no meu rosto, percebi que umas duas vezes ela tocou no meu peito para ver se ele fazia movimentos de respiração. Provavelmente falava com a emergência, meus ouvidos aos poucos foram se acostumando com os barulhos do ambiente mas só ouvia sons abafados, como se eu estivesse dentro de uma banheira mergulhando enquanto alguém gritava do lado de fora, não conseguia ouvir o que ela falava desesperada enquanto olhava cada parte do meu corpo procurando ferimentos, abaixei lentamente meus olhos para seus lábios e pela leitura labial consegui entender um “도와주세요” ajuda em coreano, por mais que eu tentava não conseguia falar ou me mexer e isso me assustou, já a minha visão estava com tons brancos e tudo rodava, e mais uma vez adormeci.
Eram como flash de memórias sempre que desmaiava acordava novamente vendo cenas diferentes, dessa vez havia paramédicos em minha volta estavam tentando um acesso venoso,enquanto um paramédico me furava com a agulha outro colocava um aparelho em meus dedos para ouvir os batimentos cardíacos. Novamente aconteceu o flash e quando fui recobrando a consciência vi um enfermeiro colocando algo em meu rosto, meu corpo formigava e sentia algo gelado no corte que foi feito pela queda. Quando consegui focar a visão novamente já estava em movimento indo em direção ao corredor, e vi alguém me olhando com os olhos marejados pelas lágrimas que segurava, o reconheci o meu jimin estava ali parado ao meu lado, eu precisava tocar nele, eu não queria apagar novamente mas sabia que poderia acontecer eu não conseguia me manter acordado, só para olhar para ele por que aquela dor que senti foi tão grande, que parecia uma perca, eu não aguentava mais esperar e ficar sozinho. Eu precisava dele agora, por mais que depois eu poderia me afastar, mas agora eu não tinha tempo, precisava dele queria implorar para que ele não morresse, para ele não me deixar de novo. Pois em em meus sonhos a imagem dele morrendo várias vezes ainda me atormentava, reuni todas as forças que tive para segurar seu pulso, ao toque senti meu corpo reacender seus olhos ficaram cada vez maiores estava com medo, “Não tenha medo meu amor” pensei em dizer mas isso o assustaria, por mais que pedir para se manter vivo poderia ser estranho e mas era a melhor opção, aos poucos formei as palavras na minha garganta, eu sabia que seria difícil mas eu deveria tentar.
-Po..r fa.favor naao mo..rra mais, fique co migo.- finalmente eu disse, eu queria mostrar a ele que eu não suportaria perde-lo mais, eu não tive tempo de amá lo da melhor forma. Que em todas as estações eu sempre estava sozinho, até hoje tivemos apenas um único beijo, que guardo em minha memória aqueles lábios saborosos que me permitiu sorrir, foi um beijo calmo e simples como eu queria sentir essa sensação de novo, o falar que o amo em todas as línguas existentes mas me permitiram apenas um único abraço e um único toque. Eu não aguento viver assim, por mais que sempre esperaria por ele de bom grado, mas isso estava me matando aos poucos.
Depois que terminei de falar ele ficou assustado, não via seus lábios se movendo provavelmente eu ficaria sem respostas.quando subi minha visão para ver seus olhos, em vez de brilho das lâmpadas seus olhos refletia chamas como fogo, percebi que ele parou de respirar por alguns segundos, e vi seu rosto perdendo a cor, como eu queria abraçar aquele corpo pequeno e te encher de carinho para mostrar que tudo ficará bem, eu sabia que que isso acabaria cedo demais, e seus olhos me mostravam isso, eu iria perde-lo mais uma vez, sem nem ao menos dizer quem eu era, e dizer o quanto eu o amo, eu estava desesperado e fraco demais para ajudá-lo, eu fechei meus olhos esperando o fim a enfim explosão acontecer. Mas ao abrir meus olhos novamente e observar sua mão pequena apoiar na maca que eu estava deitado procurando apoio e depois de um longo minuto cambaleando o corpo indo para frente e para trás não foi uma explosão e sim um baque, do seu corpo caindo em cima de mim, ele havia desmaiado, seu corpo pequeno repousou em meu peito, mesmo com dores e com fraquezas por um movimento involuntário consegui abraçar seu corpo em cima do meu com a minha mão livre enquanto o outro que estava com a minha medicação permanecia firme em seu pulso. Com carícias leves em sua nuca, arrumando seus cabelos para ficar mais confortável perto de mim mesmo sabendo que ele não estava sentindo minhas carícias, após lutar para permanecer acordado eu também me entreguei a escuridão, com seu corpo quente acima do meu, um sentimento de medo e angústia, e se eu acordar será que ele ainda vai estar ao meu lado?
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ENTRE O CEU E A TERRA EU PREFIRO VOCÊ
FanfictionPark jimin aos 17 anos finalmente conseguiu realizar seu sonho de ser um cantor em uma empresa disputada em Seul, mas o destino mais uma vez quis juntar o laço entre ele e um meio anjo jeon Jungkook que desistiu de tudo para fazer diferente nessa v...