Cap. 3 - Corações quebrados

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- Cadê a garotinha cherosinha do papai, cadê? Ah, é você, sim gatinha, é você!

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- Cadê a garotinha cherosinha do papai, cadê? Ah, é você, sim gatinha, é você!

Cada momento com Sofia é precioso. A garotinha está prestes a fazer 1 ano, e todos os dias agradeço a Deus por poder vê-la crescendo, feliz, saudável e por pensar que recebi uma nova chance. Passei 3 meses internado no hospital, outros 3 fazendo fisioterapia e há 2 meses voltei a fazer o que eu mais gosto, segurar minha garotinha no colo depois de um dia lotado no hospital. Tenho passado os dias entre cirurgias, passeios ao berçário quando Callie leva Sofia, mas principalmente visitas ao quarto da Lexie. Todos os dias, em todas as oportunidades que tenho passo no quarto dela, ela continua lá, serena, dormindo, como se nada existisse ao seu redor, caramba, 8 meses é muito tempo, muito tempo sem olhar nos seus olhos, sem escutar a sua voz, ou esbarrar com ela em um corredor qualquer...

- Mamã! - Sofia balbucia.

Olho em direção a porta e vejo Arizona, parada, como que retomando algum fôlego.

- Eu te ajudo. - levanto do sofá e deixo Sofia no cercadinho.

A loira continua parada junto a porta, com uma cara de dor, e os olhos marejados.

- Tá tudo bem Robbins, se apoia em mim. - junto meu corpo ao seu e ela deixa a bolsa sobre o balcão.
- Obrigada Mark, eu...eu só preciso sentar um pouco.

Ajudo a loira a sentar e logo volto ao balcão para trazer sua bolsa.

- Mamã! - Sofia fica animada ao ver a mulher.
- Pega ela pra mim, Mark, por favor.
- Claro, vem com o papai pequena, - carrego Sofia que vai com os braços abertos em direção a mãe - vai com a mamãe, vai.
- Oi filha, como foi o seu dia? - a mulher se derrete com os encantos da menina - O que você e o papai aprontaram hoje?

Tenho acompanhado a recuperação dela,, recém voltando ao trabalho, ainda sente dores por não ter se ajustado bem a prótese, mas o acidente com certeza construiu uma ponte entre nós. Lembro dela quando fomos resgatados, eu estava muito fraco, foram 4 longos dias tentando manter Lexie viva e meu corpo foi a mais completa exaustão. Depois que a equipe de salvamento nos colocou dentro do avião, lembro de pouca coisa, lembro dos aparelhos apitando por conta do coração da Lexie que parou algumas vezes, eu estava tão cansado, tão exausto que queria dormir, só pensava em dormir, mas lembro da voz da Arizona no meu ouvido " fica comigo Mark, fica, temos que voltar para as nossas garotas, vamos seu safado, você me deve isso!" Me perdi nos meus pensamentos até ouvir a risada da pequena enquanto Arizona conta alguma coisa.

- Callie tá subindo? - pergunto vendo o rosto com uma alegria infantil perder o brilho.
- Callie ficou no hospital, vim de táxi. - responde seca - Pode ficar com a Sofia mais um pouco? Preciso de um banho.
- Claro, se quiser posso cozinhar, o que acha? Meu plantão só começa mais tarde.
- Ótimo, vou tomar uma ducha e te ajudo.
- Fechado.

𝑷𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒂 𝑪𝒍𝒂𝒔𝒔𝒆 - 𝑺𝒍𝒆𝒙𝒊𝒆 𝑬𝒏𝒅𝑮𝒂𝒎𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora