Pov. Lexie
Fazem três meses que comecei a fisioterapia, e, apesar de nunca ter sentido tanta dor na vida, tô começando a ver os resultados. Cada dia é uma batalha, mas consegui dar meus primeiros passos novamente. Ainda é difícil, e cada movimento exige muito de mim, mas o simples fato de poder caminhar novamente, mesmo com dificuldade, é uma vitória enorme. Sinto uma mistura de alívio e esperança, sabendo que estou no caminho certo para a recuperação.
Eu ainda tenho alguns pesadelos, sonhos confusos, o Dr. Webber me mandou pra psicóloga, tenho seções todas as terças e quintas, ela acredita que meu trauma esteja bloqueando minhas memórias, mas a cada vez que tento lembrar de algo só sinto dor de cabeça.- Vamos lá garota, preciso que vá até a barra de novo, vamos, você consegue, acredito em você.- o fisioterapeuta incentiva.
Quando ia pensar que uma barra de metal ficava tão longe? Minha coluna ainda dói, tenho feito acupuntura, ventosas e cada um desses tratamentos traz um alívio momentâneo. Respiro fundo e olho para a barra à minha frente. Cada passo parece eterno. A dor latejante em minhas pernas é quase insuportável, mas tento me concentrar. Apenas mais um passo, eu penso, um passo de cada vez, tentando ignorar as lágrimas que começam a se formar nos meus olhos.
Quando estou quase chegando, minhas pernas simplesmente desistem. Sinto-as fraquejarem e, antes que eu perceba, estou caindo. O impacto com o chão é um choque, e a dor atravessa meu corpo. Não consigo segurar mais. As lágrimas que eu estava segurando finalmente começam a cair livremente. Sinto a frustração, a dor e o medo tomarem conta de mim enquanto choro, sem saber quando vou conseguir me levantar de novo.
Estou no chão, as lágrimas lavam meu rosto, quando ouço passos se aproximando. Levanto o olhar e vejo Meredith entrando na sala. Ela para por um momento, claramente incerta sobre o que fazer. Meredith nunca foi do tipo que demonstra afeto, mas ultimamente tenho percebido o esforço que ela faz para se aproximar de mim.
Ela se ajoelha ao meu lado, hesitante, e coloca a mão no meu ombro.
- Vai ficar tudo bem. - ela diz, sua voz mais suave do que o normal.
Tento conter as lágrimas, mas a frustração é demais. Sinto o toque dela, um tanto desajeitado, mas sincero, ela me ajuda com cuidado a levantar e me ajuda a voltar para a cadeira de rodas. Meredith não é perfeita, mas sinto o esforço dela, o cuidado. É um tipo de amor diferente, mas ainda é amor. Ela está tentando, e só isso já faz uma diferença enorme para mim.
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𝑷𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒂 𝑪𝒍𝒂𝒔𝒔𝒆 - 𝑺𝒍𝒆𝒙𝒊𝒆 𝑬𝒏𝒅𝑮𝒂𝒎𝒆
Fanfiction𝘑á 𝘱𝘢𝘳𝘰𝘶 𝘱𝘳𝘢 𝘱𝘦𝘯𝘴𝘢𝘳 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘴𝘦 𝘔𝘢𝘳𝘬 𝘦 𝘓𝘦𝘹𝘪𝘦 𝘯ã𝘰 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘴𝘴𝘦𝘮 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘪𝘥𝘰 𝘯𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘢 𝘥𝘳𝘰𝘨𝘢 𝘥𝘦 𝘢𝘷𝘪ã𝘰? 𝘕ã𝘰 𝘴𝘦𝘪, 𝘮𝘢𝘴 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘢𝘵é 𝘩𝘰𝘫𝘦 𝘢𝘭𝘶𝘨𝘢 𝘶𝘮 𝘵𝗋𝗂𝘱𝘭𝘦𝘹 𝘯𝘢 𝘮𝘪�...