Pov. Lexie
O ano novo veio rápido, trazendo um turbilhão de emoções. Enquanto eu me adapto ao ritmo intenso do treinamento, Mark está sempre lá, de um jeito que eu nunca imaginei que ele estaria. Ele entende minha loucura por esse trabalho, essa obsessão por melhorar, e isso é mais do que eu poderia pedir. Às vezes, chego exausta, mal consigo manter os olhos abertos, e ele simplesmente me segura, não precisa de palavras, só fica ao meu lado, segurando minha mão, me aninhando em seus braços oi acariciando meus cabelos.
A vida com ele é fácil, descomplicada, as vezes acho que ele é mais do que posso pedir.A vida com ele tem sido uma mistura de paz e intensidade, como se cada momento com Mark fosse um lembrete de que não importa o quão difícil o dia foi, ele está lá, como um porto seguro. Agora, voltamos a ser namorados, com "N" maiúsculo, e confesso que nada me fez mais feliz. Não houve um grande pedido, ou uma grande festa, não. Apenas voltei a usar um pequeno e simples anel que ele tinha me dado quando começamos a sair, e parece que junto com o anel, todo aquele amor, aquele calor no peito voltou e parece que todos os passarinhos voltaram a cantar e as borboletas voltaram ao meu estômago.
Som do chuveiro é abafado pela voz de Meredith que batia na porta do box.
- Tem certeza de que não precisa de mais tempo? - Meredith pergunta pela milésima vez.
- Vai me deixar tomar banho, né? - puxo uma toalha.
Pela cara dela, é mais fácil desligar o chuveiro de uma vez.
- Vai dar tudo certo, - sorrio saindo de fininho enrolada em uma toalha - estou sendo treinada pelos deuses da cirurgia.
- Até deuses podem cair Lexie, só quero que tome cuidado. - ela para na porta.
- Agradeço a preocupação, mas hoje é o meu dia, eu sinto isso.
- Tudo bem, o café tá em cima da mesa, qualquer coisa sabe onde me encontrar.Estranhamento, ela se aproxima e beija minha bochecha, juntando por segundos nossas testas, algo parecido com um aviso silêncio, um presságio.
***********************************************
Povo. Meredith
Observo Lexie se preparando para a operação, e o medo aperta meu peito, uma pressão que mal consigo descrever. Ela está focada, confiante, cada movimento dela parece tão seguro. E eu quero confiar, quero apenas sentir orgulho, como qualquer irmã deveria sentir. Mas o caso... eu li o prontuário. Eu sei o risco. E a realidade é que não posso dizer nada a ela, não posso sequer insinuar o que está em jogo.
O caso aqui aqui é diferente, tem uma complexidade que, por mais que eu queira, não posso prever como vai se desenrolar. Fico ali, com uma angústia que me deixa completamente inquieta, não sei, desde o natal, a proximidade entre nós...sinto uma necessidade constante de protegê-la.
Ela não faz ideia do que eu sei, e talvez seja melhor assim. Mas, enquanto a vejo atravessar aquelas portas, eu só posso torcer para que ela tenha a cautela, a sorte e a habilidade necessárias. Fecho os olhos por um segundo, e silenciosamente, quase numa prece, desejo que ela volte para mim, para nós, inteira e segura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑷𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒂 𝑪𝒍𝒂𝒔𝒔𝒆 - 𝑺𝒍𝒆𝒙𝒊𝒆 𝑬𝒏𝒅𝑮𝒂𝒎𝒆
Fanfic𝘑á 𝘱𝘢𝘳𝘰𝘶 𝘱𝘳𝘢 𝘱𝘦𝘯𝘴𝘢𝘳 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘴𝘦 𝘔𝘢𝘳𝘬 𝘦 𝘓𝘦𝘹𝘪𝘦 𝘯ã𝘰 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘴𝘴𝘦𝘮 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘪𝘥𝘰 𝘯𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘢 𝘥𝘳𝘰𝘨𝘢 𝘥𝘦 𝘢𝘷𝘪ã𝘰? 𝘕ã𝘰 𝘴𝘦𝘪, 𝘮𝘢𝘴 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘢𝘵é 𝘩𝘰𝘫𝘦 𝘢𝘭𝘶𝘨𝘢 𝘶𝘮 𝘵𝗋𝗂𝘱𝘭𝘦𝘹 𝘯𝘢 𝘮𝘪�...