unleashing the wrath

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REGULUS ARCTURUS B.
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Acordei em meio à escuridão, minha mente ainda turva pela dor e pelo feitiço que Walburga lançara sobre mim. Cada movimento era uma agonia, cada respiração um desafio. O feitiço ainda arde dentro de mim, uma ardência fraca, mas ainda assim, dolorosa.

Com esforço, consegui me sentar na cama, apoiando-me nas paredes frias do quarto. A dor pulsava em cada parte do meu corpo, mas eu não podia me dar ao luxo de sucumbir a ela. Olhei para o lado, encontrando um frasco de poção em cima da cômoda junto a um bilhete.

"Beba a poção para que ela cure parcialmente os cortes. Faça um curativo e logo depois desça, teremos visitantes pela tarde.

Walburga Black."

Revirei os olhos e rasguei o bilhete, jogando os papéis no chão do quarto. Peguei o frasco e o abri. O líquido era estranho, gosmento e com aparência nada saborosa, o cheiro era ainda pior! Algo azedo com um odor cítrico bem diferente e até aceitável. Bebi o líquido rapidamente, quase pondo para fora a poção. O gosto era terrível! Algo facilmente comparado a enxofre!

Ergui-me da cama, apoiando-me na parede em busca de apoio. Cada passo era uma sensação diferente, como se algo dentro de mim estivesse sendo quebrado. Arrastei-me até a janela, onde a luz fraca do sol iluminava fracamente o quarto.

Olhei para fora, observando o terreno sombrio da propriedade Black estendendo-se diante de mim. O frio penetrou em meus ossos, era um conforto bem-vindo em comparação com a dor que eu sentia dentro de mim.

Pensamentos tumultuavam em minha mente enquanto eu lutava para entender o que tinha acontecido. Pandora, Evan e Barty... todos eles marcados por Voldemort. E eu aqui, impotente sem forças para sequer estar lá por eles quando precisavam de mim.

Uma sensação de culpa me consumia, misturada com raiva e desespero. Eu havia falhado com aqueles que me amavam, e agora estou pagando o preço por minha própria fraqueza.

Eu me recuso a ser apenas mais um brinquedo nas mãos frias de Walburga.

Com um suspiro pesado, afastei-me da janela e comecei a percorrer o quarto, meu corpo protestando a cada passo. Mas eu persistia, abri a porta do quarto e desci as escadas. Não estou devidamente arrumado, mas não possuo vontade alguma de fazer isso agora.

Gemi baixinho quando pisei em falso no chão, fazendo meu pé dobrar e eu ter que me segurar no corrimão da escada para que não caísse abruptamente no chão frio. Desço o resto das escadas, adentrando a sala de jantar, onde encontro Walburga e Orion tomando café.

"Vejo que acordou, como está se sentindo, Regulus?" A mulher questionou, arqueando as sobrancelhas em uma falsa preocupação.

"Ótimo." Resmungo, sentando-me como se nada tivesse acontecido na noite anterior. "Não demonstre, Regulus, se está sentindo dor, finja que não está," penso.

"Uhm. Seu pai tem novidades para nós, ouso dizer que será algo incrivelmente bom." Ela bebericou um gole de seu café, sorrindo maldosa.

Olho para Orion, que lia o Profeta Diário sem olhar para nenhum de nós. "Os Mortluveer virão aqui está tarde, temos negócios a tratar e quero que você, Regulus, leve a herdeira deles para um passeio pelo jardim dos Black." Sua voz grossa saiu ríspida, como sempre.

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