Pela luz dos olhos teus - Jenna Ortega

Segredo

Jenna
Flashback.
Um ano atrás

ABORTO: Gatilho!!!!!!

Por que não parava de sangrar? Era possível menstruar tanto assim?

Emma: Jenn - ela bate na porta da minha sala.

Jenna: TÔ OCUPADA - gritei.

Minhas mãos, o meu tapete, todos sujos de sangue.

Emma: Mesmo assim, eu realme- a mesma se cala logo que entra na sala -  o....o que é isso?

Jenna: Não sei, acho que é minha menstruação, mas veio tão, aí - coloco a mão na barriga pela dor forte que vinha na região.

Emma: Tá tudo bem mesmo? - ela se ajoelhou ao meu lado.

Jenna: Não - meus olhos estavam afogados em lágrimas.

Emma: ALGUÉM CHAMA O AMBULÂNCIA, URGENTE!

Jenna: Não é pra tanto.

(...)

Doutor: Jenna? Eu lamento....

Lamenta pelo o que? Não é só uma menstruação? Eu vou morrer? Câncer? Porra o que esse cara tá falando.

Doutor: Seu corpo não foi capaz de manter com a gestação.

G E S T A Ç Ã O

Emma: AH! - o grito da mesma ecou pelo quarto.

Jenna: Você tá' enganado - Ri - eu não poderia estar grávida!

Doutor: Não, há dúvidas - ele coloca a mão sobre meu ombro - eu lamento.

1 dia depois...

Caminhar por aquele cemitério, era sempre um longo desafios, não por medo, afinal ali, eu estaria mais segura com os fantasmas do que com os vivos.

Mas sim por todas as lembranças que eu tinha com ela.

Jenna: Oi - me ajoelho deixando a flor sob o túmulo - Cada dia que passa, percebo o quão ruim eu sou, fui uma péssima mãe - não controlei as lágrimas ali.

Ela não ia me responder, por que eu insistia?

Jenna: Estava grávida de 5 meses, era uma menina....mas a gravidez era silenciosa - tentei puxar um pouco de ar, que me faltava - Se importa de dividir seu cantinho com ela? - e a única coisa que posso fazer agora, é te pedir Sn, poderia ser um feto, ou qualquer coisa, mas eu ganhei o título de mãe, de um anjo.

Me levantei, colocando alguns fios de cabelo para trás, e amenizando o choro, apenas fiz um sinal, para os coveiros abrirem o túmulo.

Se eu soubesse, não tinha sido desejada, mas seria tão amada, um monstro, eu fui um monstro de não estar atenta aos sinais. E então aquele pequeno caixão foi colocado ali, e as lágrimas desciam sem cessar, Emma me abraçou acariciando minhas costas.

Emma: Vai ficar tudo bem, eu sinto muito.

Foram as palavras da mesma, que por mais que fosse a intenção, não me acalentavam de forma alguma.