Cap.31

1K 94 13
                                    

POV Carolyna Borges

Metade das pessoas já tinham ido embora, e dei graças a Deus por ter chegado bem tarde.
Tinham algumas deitadas no gramado na parte da frente, outra ainda dançando na sala, e um monte de casais de agarrando nos cantos. Uma típica festa de colegial.

Tentei procurar por Malu e Dani na pista, mas elas já não estavam mais lá.

Priscila continuou me puxando para a cozinha, onde encontramos Clara tentando acalmar uma Vanessa muito bêbada e animada, que estava dançando desengonçada.

- Não acredito! - Priscila disse incrédula, soltando minha mão e pegando a irmã alterada pelos braços. - Você bebeu, sua idiota? Como vamos voltar pra casa? - ela gritou irritada. - Meu deus, papa vai nos matar!

- Me deixa Priscila, tá parecendo até que vocês duas são minhas mães. - Vanessa disse embolado, apontando pra Priscila e Clara e saiu pela porta dos fundos até o quintal.

Ouvi Clara suspirar cansada.

- Eu vou atrás dela. - disse e saiu.

Priscila bufou irritada se encostando no balcão. Fui até ela e a abracei pela cintura.

- Ei, relaxa. Clara não bebeu, ela vai levar o carro. Diz pro seu pai que vocês vão dormir lá em casa. Você sabe, minha mãe está em Nova York e meu pai não vai se importar. - disse, roçando nossos narizes.

- Hm... - ela disse sorrindo de olhos fechados. - Está me chamando pra dormir na sua casa, Borges?

- Com certeza. - respondi sorrindo
maliciosa.

- Ótimo. Prepare sua cama no chão. - ela falou se desvencilhando dos meus braços e marchando até a parte dos fundo da casa, me deixando pra trás.

- Ei, prima! - Couto chegou do além, me assustando.

- Onde você se meteu? - perguntei dando um gole na cerveja que Clara tinha deixado.

- Eu estava na garagem, com seu carro. - cuspi o líquido no chão.

- VOCÊ O QUE? - gritei indignada.

- Fica calma, nervosinha. Estou te dando um presente pra corrida de amanhã.

- Que tipo de presente? - perguntei desconfiada.

- Só me segue, priminha. - disse indo pra garagem.

- Você deu uma festa pra ficar mexendo no meu carro? - perguntei debochada.

Eu não gostava nada que mexessem no meu carro, principalmente sem minha permissão, mas já estava acostumada com os abusos de Couto.

- Não até eu apostar 800 pratas com o
Hutcherson. - ele disse acendendo a luz da garagem e revelando meu carro. Tinha que ter aposta envolvida, revirei os olhos.
- Vai, entra aí nessa lata velha.

- Você está brincando com a sorte, Nicholas.
- ameacei antes de entrar no meu carro.
Mereço.

- Ta, presta atenção. Tá vendo esse botão vermelho perto do volante? - assenti - Você vai saber a hora certa de apertar ele. +

- O que? Você não vai me falar o que isso faz? - perguntei franzindo a testa.

- Não. - respondeu simplesmente. - Só agradeça a Deus depois por ter um primo tão ligado em tecnologia de carros. - se fosse só de carros estava bom.

- Obrigada Deus, por me dar um priminho nerd. - disse saindo do meu carro.

Eu não me importava com o que era aquele botão, confiava no Couto de olhos techados.

Street Racer-CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora