Não cultive sentimentos por mim

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⚠️Alerta para capítulo com temas mais sensíveis! Sentimentos e pensamentos depressivos; relato de crises depressivas⚠️

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Ace estava muito envergonhado depois de sua bebedeira e de algumas coisas que se lembrava das horas que passou conversando com Marco.

Se lembrava ainda do momento que ficaram se encarando enquanto ele trocava de roupas e aquilo fazia seu estômago revirar e seu peito acelerar. Conhecia bem essas sensações e não podia aceitar que algo assim estivesse acontecendo novamente.

Não queria passar por isso de novo. O fazia lembrar... De alguém que queria esquecer. Por isso, logo decidiu não deixar ir mais para frente e focou mais no serviço e no seu filho.

Marco logo notou que as coisas não pareciam do mesmo jeito nos próximos dias, mas não falou nada sobre isso, também dando aquele espaço para eles colocarem a cabeça no lugar porque ele mesmo não tinha certeza do que estava acontecendo. Mas infelizmente aquela desculpa esfarrapada de Ace ser seu funcionário logo se tornou apenas um detalhe.

Mas também não desejava forçar nada entre eles. Percebia como ele tinha o filho no centro de seu mundo, era normal se preocupar com os filhos e dar grande parte de sua atenção para eles. Porém Ace parecia centrado só nisso.

Aquilo incomodou Marco, e constantemente percebia o moreno priorizar tudo à sua volta para Luffy. Parecia que ele só existia para isso.

Várias vezes percebeu que o moreno se esquecia de comer e em uma rotina tão robótica de trabalho ou em cuidados com o filho que surpreenderia qualquer um. Se passou pouco mais de duas semanas assim e em nenhum momento Ace aceitou sair com Hancock ou até mesmo Izo que tentou o tirar dali, ele nem saia se não fosse para levar Luffy para um passeio.

Ele ainda usava as mesmas roupas de quando chegou, e até quando ganhou roupas, assim como Luffy ganhou, ele recusou. Marco só descobriu aquilo depois e não conseguiu se segurar antes de comprar várias roupas. Só não encontrando ainda o momento certo para dar. Aquilo tudo não saia de sua cabeça, mas estava difícil se aproximar. Ace o afastava se não tivesse haver com o serviço, ele não era grosso, mas ainda não dava nenhuma abertura.

E não tinha como Marco se desligar da presença dele, afinal estavam o tempo todo de baixo do mesmo teto, se esbarrando constantemente.

E o loiro ainda passou a noite e dia inteiro pensando no sorriso dele quando ele entrou no banheiro de repente o pegando completamente pelado e Marco se tampou ficando envergonhado. Algo que tirou boas risadas sinceras de Ace.

Foi algo tão bobo e espontâneo, mesmo assim mexeu demais com todo seu corpo. Se imaginou atravessando aquele banheiro para calar seus risos com a boca grudada na sua, sentindo sua respiração, seu toque, agarrar seus cabelos e quadris.

Como um adolescente se masturbou a noite até conseguir dormir e o olhou enfezado no dia seguinte. Por que ele ainda continuava distante sem dar aberturas nem para conversarem de forma mais íntima.

Então Marco jogou bem baixo naquela manhã enquanto estavam na cozinha. Resolveu preparar Tamagoyaki e o chamou para o ensinar, seria bom caso precisasse de ajuda na cozinha e Ace aceitou.

Mas durante isso flertou muitas vezes vendo sua resposta tímida e surpresa. Até tocou suas mãos desnecessariamente para mostrar como mexer nos ingredientes e sorriu quando ele se virou mais confuso e agitado.

Marco encantado se aproximou vendo ele grudar na bancada da cozinha, encostou as mãos ao lado de seu corpo, os rostos próximos.

- O-o que está fazendo Marco?

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