3- What Alexandria has to offer?

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Semanas depois

A vida é realmente muito engraçada, se tem uma coisa que meu pai sempre me pediu em vida é para ter fé. Foi isso que mantive em toda a minha vida pós-apocalipse, talvez eu tive demais e agora estou aqui...

Enquanto nos aproximávamos de uma comunidade nova, meu coração batia descompassado no peito. A sensação de estar finalmente em um lugar seguro era avassaladora, quase surreal depois de tantas provações pelas quais passamos desde o início do apocalipse. Olhava ao redor, observando as casas bem conservadas e as pessoas que pareciam viver uma vida quase normal ali. Uma mistura de esperança e desconfiança se instalava em mim, como se eu não pudesse acreditar que finalmente encontramos um refúgio.

Aaron, o homem que nos trouxe até aqui, era gentil e prestativo, mas a desconfiança que aprendi a cultivar nesse mundo destruído ainda persistia em mim. Será que poderíamos confiar nele? Será que poderíamos confiar em Alexandria?

À medida que éramos recebidos pelos habitantes da comunidade, sentia a tensão no ar. Rick, sempre vigilante, analisava cada detalhe em busca de possíveis ameaças. A interação com os moradores locais era estranha, quase surreal, como se estivéssemos em um sonho do qual poderíamos acordar a qualquer momento.

Meu coração se dividia entre a esperança de encontrar um lar seguro para mim e para o grupo e a desconfiança em relação à aparente perfeição de Alexandria. Sabia que as coisas nem sempre eram o que pareciam e que a verdadeira natureza das pessoas só se revelava com o tempo.

Enquanto me via envolvida na apresentação de Alexandria, minha mente estava absorta nos adultos que dialogavam com Deanna, a líder da comunidade. Ela se revelava como uma mulher de estatura média e semblante doce, transmitindo uma aura de gentileza. Sua forma humana de conversar, chamando cada um de nós pelo nome, era acolhedora e me deixava intrigada.

Observava atentamente a interação entre Deanna e nosso grupo, tentando decifrar se sua bondade era genuína ou apenas uma fachada. Seria possível confiar plenamente em alguém que se mostrava tão receptivo logo de início? Ou haveria segredos escondidos por trás daquela aparência amigável?

Apesar das minhas dúvidas e desconfianças, compreendia a importância de manter uma postura amigável diante de Deanna e dos habitantes de Alexandria. Nossa segurança e bem-estar dependiam da conquista da confiança daquela comunidade, mesmo que isso significasse deixar de lado minhas reservas e incertezas.

Enquanto eu me questionava sobre o que o futuro reservava para nós em Alexandria, permitia-me vislumbrar um lampejo de esperança em meio ao caos que nos cercava. Seria aquele um verdadeiro refúgio, um novo começo para nós? Ou apenas mais um desafio a ser superado em nossa jornada de sobrevivência? A resposta permanecia incerta, mas por ora, eu me permitia sonhar com a possibilidade de encontrar um lar seguro e acolhedor em meio a um mundo tão hostil e imprevisível.

Enquanto Carl parava ao meu lado, meus pensamentos se dispersavam e se concentravam nele. Caminhando juntos em direção a casa que foi nos fornecida, meu coração se agitava com uma mistura de medo e incerteza. Cada passo adiante parecia me afastar não apenas da zona de conforto que conhecia, mas também da barreira de distância que eu mantinha em relação a Carl. - amaldiçoei a Beth por ter me contado aquilo.-

Seus olhos perspicazes e sua preocupação sincera me deixavam inquieta, como se conseguissem penetrar a fachada de indiferença que eu tentava manter. A simples ideia de que seus sentimentos ultrapassassem os limites da amizade me assustava, levando-me a agir com reserva e frieza para manter uma certa distância emocional.

Lost on you - Carl grimes/ TWDOnde histórias criam vida. Descubra agora