Querido Diário,
Perdoe-me pelo relato (bem) atrasado, mas é que essa semana foi muito corrida e eu não tive disposição pra lhe escrever a noite (novamente peço-te desculpas). Mas já adianto um pouco que não teve muitos acontecimentos interessantes (ao meu ver claro)
Bom, como tudo o que é bom dura muito pouco, Lala (Alagoas) voltou e infelizmente voltei a trabalhar. Quando digo que infelizmente não é porque eu odeie meu trabalho, longe disso, eu literalmente ganho dinheiro fazendo o que eu mais gostava quando moleque (vulgo, dançar), mas tipo, eu adoraria ganhar dinheiro sem precisar trabalhar, reescrevendo essa frase, eu queria ser herdeiro, pronto falei (mas tudo o que eu herdei foram apenas as paranóias do meu pai e o estômago fudido da minha mãe)
Mas acima de tudo, eu sempre gostei muito de dançar, eu me sinto verdadeiramente livre enquanto eu danço, tipo: é como se o mundo tocasse uma agradável música enquanto eu me movo, e todo o mundo esvaziasse e só sobrasse eu, meus fones e o Spotify (bom, mas nesse caso só sobra eu, Lala, Tins, a caixinha de som e a Rondônia gravando).
Minha história com a dança sempre foi meio conturbada. Eu sempre gostei bastante de dançar quando criança, mas aos 11 anos meu pai me proibiu porque, segundo a cabeça homofóbica dele, isso era coisa de viado e "ele não tinha criado filho pra ser viado" (sim, eu ouvi isso a minha vida toda, e foi um dos inúmeros motivos que só comprometeram meu processo de "descobrir" minha bissexualidade).
Mas se você pensa que eu abaixei a cabeça e parei de dançar está totalmente enganado, eu comecei a dançar escondido, e com 14/15 anos eu entrei pro clube de dança que tinha lá na escola, inclusive foi até o Tins que me indicou pra isso, sou muito grato a ele por ter me aberto essa porta. Aí quando eu tava no 1º ano do médio eu ganhei o 1º lugar num concurso lá da escola e eles resolveram avisar pra minha mãe (que jurava que eu tinha parado com isso há muito tempo). Acho que eu nunca fiquei tão desesperado na minha vida, cheguei até a passar mal de ansiedade, eu tava morrendo de medo do meu pai descobrir isso e acabar comigo. Mas graças a Deus minha mãe não contou pra ele, e melhor ainda, ela reuniu todos os meus amigos e fez uma surpresa no dia da premiação (e pros curiosos de plantão, sim, eu acabei me emocionando, mas eu juro q foi só um pouco)
Eita, me perdi! O que a gente tava falando mesmo? Ah sim, sobre meu trabalho. Mas acho que não tenho mais muita coisa pra falar, então foda-se, vou falar de outra coisa.
Bom, na quarta-feira a Bahia chamou a gente pra uma roda de capoeira lá no fim do mundo. Bom, eu não quero me gabar mas eu me acho um ótimo capoeirista (um dos melhores da região Norte inclusive). Mas é claro que eu não sou tão bom quanto a Mazo, a Cat, o carioca e a Paraíba
Inclusive não se enganem com o tamanho da ruivinha porque ela é o satanás de saia (uma vez ela me fez desequilibrar, caí e fiquei 1 semana com o tornozelo inchado).Mas aí você me pergunta: mas vocês não tinham mais o que fazer além de se reunirem no cu do mundo pra jogar capoeira? Claro que sim, mas a gente prefere deixar essas coisas pra depois (pesquisas do Instituto MR comprovam que a procrastinação aumenta a produtividade), e outra, todos os nossos B.Os já estavam quase resolvidos, a gente tem direito de descansar.
Eu poderia falar como foi o jogo, mas acho importantíssimo citar que a Wandinha do norte foi com a gente só porque eu insisti pra caralho (e também porque eu inventei que a Lala iria aparecer lá, mas essa parte ela não assume nem morta), mas ficou de cara amarrada até a cacheadinha chegar, aí, aí ela ficou foi feliz (muito gayzinha, não dá).
Eu juro pra vocês que ela tava tão hipnotizada vendo a Alagoas jogar que eu juro que a Lala iria ficar desidratada de tanto que a Roraima secava ela (mas o tanto q ela tava babando iria reidratar a coitada)
Cara, eu tenho tanto pra falar sobre a Roraima (e sobre todo mundo que mora comigo) que eu poderia escrever uma dissertação sobre cada um deles (quem sabe o meu próximo relato seja sobre eles), então vou tentar relembrar dos últimos acontecimentos da semana
Ah, esqueci de pontuar que a gente acabou dormindo lá pela Bahia mesmo porque eles só foram terminar a "resenha" lá pelas 20h da noite, e nem fudendo que eles iriam gastar um tempão se deslocando até em casa. Mas o foda é que eu não vim preparado pra dormir fora de casa, até porque eu achava que a gente só ia lá passar a tarde e voltar (tudo bem, isso foi bem ingênuo da minha parte conhecendo o histórico do pessoal), então eu só fui com uma ecobag, celular, carteira e um sonho, e isso me deixou muito puto
Pra minha sorte o Maranhão foi super gente boa comigo e me emprestou carregador, uma blusa pra dormir e tal (até um fone ele me emprestou, ele é um divo), então meio que isso aliviou um pouco o meu ódio. Não tô lembrando de muita coisa mas eu lembro que eu dormi num sofá desconfortável pra caralho e a gente saiu de manhã bem cedo (um tempo depois eu descobri que eles só dormiram lá como uma tentativa de nos fazer socializar com mais gente, fiquei duas vezes mais puto com isso. Obrigada Pará)
Bom, antes do sono tomar o controle total do meu corpo eu só queria acrescentar que a Amazonas ficou lá pela Bahia e o Pará só veio pra casa pra pegar as coisas dele, já que ele vai passar o final de semana com o Ceará (ou algo do tipo).
Acho que o relato de hoje é esse, agora irei de encontro ao abraço quentinho de meus cobertores
De seu amigo meio ausente, Amapá
‧₊˚🖇️✩ ₊˚🎧⊹♡
Oiiii meus divos, tudo bem com vocês???
Novamente já peço desculpas porque o capítulo tá muito curtinho e não tenha ficado de acordo com suas expectativas (até pq a autora quase nem tem tempo de escrever)
Bom, eu não tenho postado esse tempão porque eu tô em ano de Enem e pra coroar eu agora arrumei uma menina pra dar aula (pq infelizmente eu sou pobre fudida e minha família mais ainda), então eu só tenho tempo pra escrever no meu tempo livre (qual tempo livrekkkkk), então já quero avisar que os capítulos vão demorar mais a serem postados
Mas a boa notícia é que eu já tô começando a escrever o 7, então esperem q vem coisa nova por aí
Bom, espero que tenham gostado do que leram e me perdoem a demora. Bebam água e passem repelente ❤️❤️
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Querido Diário
FanfictionNa falta de uma terapia, Amapá começa a escrever um diário, e ele torna aquele caderno seu porto seguro, alguém que jamais o decepcionaria, independente do que ele contasse ⚠️Atenção: Todos os relatos são contados do ponto de vista do Amapá (até por...