Querido Diário,
Ontem foi a festa do Pará, e desde já peço perdão pela minha letra horrível (infelizmente a ressaca veio) e também peço desculpas por não ter conversado com você ontem, visto que a casa estava cheia e eu não estava sóbrio o suficiente para escrever.
Ok, pelo incrível que pareça eu tive uma ótima noite de sono, já que dormi assim que a luz voltou e acordei às 10h da manhã, e o mais impressionante não foi o fato da Amazonas perder a hora e acordar 8h30 (entendo, ela está bem cansada com os acontecimentos da última semana) e sim ela ter deixado todo mundo dormir até tarde, porque, segundo ela, precisamos estar descansados e bem humorados (ela olhou pra mim nessa hora, não sei o porquê) para aproveitar a festa do Pará. Pra você ter uma ideia, o último a acordar foi o Acre, que se levantou às 12h30.
Vou te dizer que me senti mais bem humorado e descansado (e não senti aquele maldito enjôo matinal), mas em compensação, o meu café da manhã foi o almoço, e posso te garantir que comer um prato de açaí com farinha e camarão assim que você acorda não é uma das melhores experiências do mundo, principalmente quando o açaí tá carregado de tempero
Assim que deu umas 15h, a gente já tinha começado os preparativos pra montar a festa, e umas 15h30 o capeta chegou com o cabeçudo, já que eles tinham que ajudar a Amazonas na cozinha (ou melhor, o Pará tinha que ir, já que era bem capaz do Ceará botar fogo na porra toda).
Quando ele passou por mim, ele arremessou um pacote de balões na minha direção, e disse que aqueles dali era pra eu esperar ele chegar para ele me ajudar a encher. Eu simplesmente nem liguei pra o que ele falou, e voltei a conversar com o Tocantins, que me ajudava a terminar de encher o último saco de balões.
Enquanto ele falava animadamente sobre as músicas que iriam tocar na festa, eu acabei reparando no quanto ele ficava muito fofo todo animado, o que me acabou me deixando com um sorriso bobo pairando em meu rosto, o que não passou despercebido pelo Pará, que logo soltou:
— Se olhar tirasse pedaço, Tocantins já tinha sumido— E foi acompanhado por risadas pelo cabeçudo, que se encontrava grudado em suas costas.
Puta que pariu, como eu odeio esse desgraçado, e o pior foi que o pobre do Tocantins ficou super sem graça e fingiu ir tomar uma água só pra escapar deles. Eu fiquei puto pra caralho e ameacei subir para o quarto, mas infelizmente a Amazonas não me deixou subir, em vez disso, ela me colocou na cozinha, já que ela precisava de alguém para confeitar o bolo e os doces.
Sem querer me gabar, mas eu sou um ótimo confeiteiro. Foi uma das poucas coisas que eu aprendi com minha mãe, já que ela fazia bolos pra fora pra ajudar a sustentar lá em casa. Futuramente escreverei algo sobre meus pais, só que isso não é o foco agora, o foco é na obra de arte comestível que eu decorei (com uma ajudinha do Acre, até porque um artista tem seus ajudantes), uma pena que a única coisa que estragou foi o topo de bolo com a cara daquele satanás (satanás, me desculpa a ofensa).
Eram umas 18h quando a Piauí chegou para se arrumar com a Rondônia, e até perguntou se a gente precisava de ajuda, só que a gente já tinha acabado quase tudo, a única coisa que faltava era ajustar o lugar das bebidas, o que era função da Rondônia (ela foi correndo ajudar a mulher dela com as bebidas, achei muito fofo).
Um tempinho depois, já começamos a nos arrumar e foi o caos de sempre. Era um "onde está meu shampoo" pra lá, um "quem pegou meu hidratante" pra cá ou um "quem foi o arrombado que pegou meu perfume" por ali. Eu vou te ser sincero: eu secretamente amo esse caos, porque ele é a essência brasileira no seu estado mais puro possível. Mais brasileiro que isso só os churrascos com piscina em dia de jogo.
Um tempo depois e já estávamos todos prontos pra receber os convidados, que estavam com fantasias simplesmente incríveis e eu todo simples de Super Mario (não me julgue, eu adorava esse jogo quando era mais novo).
A começar pelos Sul e o Paraná como Barbie e Ken, e até a Naná estava de vestidinho rosinha (fiz questão de tirar uma foto com ela assim). Também é extremamente importante ressaltar o quão possessivo o Paraná é, porque atrás do colete rosa do sul (sim, ele era a Barbie) estava escrito "Propriedade do Paraná" em letras garrafais rosa choque (nada ridículo, imagina).
Mas sem dúvidas a melhor fantasia foi a Brasília de deusa grega. Eu jamais tinha visto ela tão linda daquele jeito: a tiara de louros dourados pairando sobre sua cabeça, o longo vestido branco com uma fenda no lado esquerdo, o salto alto dourado dando um toque de elegância e sem esquecer a maquiagem que dava o toque final naquela obra prima (agora eu entendi porque o Buenos Aires estava hipnotizado nela).
As outras fantasias também estavam legais (o Norte de bombeiro estava um tesão), mas o que estava melhor ainda eram as bebidas (aquele drink de melancia estava espetacular), e você sabe bem que quando a bebida não mata ela humilha, aí quando eu fui reparar eu já estava lá na pista dançando junto com o Acre e a Capixaba, e já estava chamando a antissocial (vulgo Roraima) para dançar com a gente. E o mais incrível é que ela veio (nem eu acreditei nisso, talvez seja o poder do vinho)
Quando deu mais ou menos 00h30 eles me chamaram pra jogar buraco com eles, e eu deveria ter acreditado quando a Piauí falou que era a rainha do baralho, porque das 7 partidas que a gente jogou, ela ganhou 5, o Matinho uma e o Minas a outra (perdi 50 reais só nessa brincadeira aí).
No intervalo entre uma rodada e outra eu percebi um Buenos Aires levemente desconfortável enquanto conversava com um paranaense animado (até demais), então eu resolvi parar de jogar e fui conversar com o portenho (que parece que deu graças a Deus quando viu aquele Ken espalhafatoso se afastando)
Depois de um tempinho conversando ele parecia bem mais confortável do que antes, só que nesse meio tempo conversando ele assumiu que o problema não era nem o Paraná, e sim as luzes piscando sem parar e aquela música horrível estourando os tímpanos do coitado. Mas o bom foi que ele e a Lia foram embora logo depois (acho que nem ela aguentava mais)
Nesse meio tempo que eles foram embora eu subi pra procurar alguma coisa (não lembro bem o que era), só que eu acho que eu acabei dormindo nesse pouco tempo que eu subi, porque eu me lembro de ter acordado com a caixinha de som berrando "Voando pro Pará" no meu ouvido (Nem imagino quem são os envolvidos). Eu bati a porta na parede e desci aquela escada com fogo nos olhos pra tentar achar os responsáveis por isso, mas o máximo que aconteceu foi receber um abraço da Bahia me chamando pra cortar a porra do bolo.
Talvez ela tenha percebido que eu desci pronto pra matar um e tentou me acalmar (e conseguiu). Mas eu tenho um leve pressentimento de que o quase marido dela tem envolvimento nisso e ela só não quer ficar viúva antes da hora (e olha que a coitada ainda nem casou)
Eu não tenho muito pra contar sobre o resto da festa, só que todos nós tiramos uma foto e cantamos parabéns pra ele 4h30 da manhã (eu subi era mais ou menos 1h20 e me acordaram 4h20) e que o bolo estava delicioso (brigadeiro de açaí+brigadeiro normal=combinação do caralho).
Ah, quase esqueci: a Bahia e o Buco foram dormir no meu quarto. Não sei dizer que horas eles foram dormir porque assim que eu botei a cabeça no travesseiro eu dormi.
Por enquanto é isso, escrevo agora só na hora de dormir
De seu amigo, Amapá
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Oi gente, sumi mas voltei KKKKKKK
Primeiramente gostaria de pedir desculpas pela demora na postagem desse capítulo (infelizmente o ensino médio está matando a autora aos poucos) e também peço desculpas porque esse capítulo não ficou bom do jeito que eu queria (acontece 😔)
Mais uma vez eu peço pra vocês sugestões sobre o que eu posso colocar ou tirar da história e também aceito críticas e elogios (mas sempre lembrando que é o Amapá que está escrevendo, a autora só é a porta voz dele)
Enfim, prometo a vocês que eu voltarei a postar regularmente (uma vez por semana) e prometo que vou tentar acrescentar tudo o que vocês me sugerem
Tenham uma boa noite e bebam água meus anjinhos❤️
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Querido Diário
FanficNa falta de uma terapia, Amapá começa a escrever um diário, e ele torna aquele caderno seu porto seguro, alguém que jamais o decepcionaria, independente do que ele contasse ⚠️Atenção: Todos os relatos são contados do ponto de vista do Amapá (até por...