A Professora Doutora...

723 44 2
                                    

Saber ao certo quando sua adoração tornou-se um amor platônico e abrasador eu mesma já não poderia saber, no entanto ter seus olhos castanhos cravados em mim durante toda a explicação da matéria, meus olhos tentavam desfocar dos dela, sentia a brasa se apoderar de minhas bochechas quando ela prendera sua atenção em minha pessoa, minha memória não permitia que as palavras extraídas de sua caligrafia fossem esquecidas, Natalia havia tingido seus lábios de um batom nude, uma das poucas vezes que ela os pintara. Sim, todos os detalhes, o cabelo castanho de corte impecável,  seu colar inconfundível, seu vestido largo, e o modo como seu braço definindo recebia destaque com aquela vestimenta...

" Sentes o aflorar de tuas paixões e encubra-te dos aflitos hipócritas, se desejas amar-me, toque-me, e minhas lágrimas de luxúria mostrarão a ti que não estiveras perdida no mar de emoções. Ama-me...."

Natália nem ao menos olhava mais para seu caderno, seus olhos curiosos fitavam os meus, senti minha saliva descer mais densa, seus pés direcionavam os passos até minha mesa.

Então minhas narinas sentiram o familiar cheiro de rosas afetar meu coração, ela sentou-se em minha mesa, fazendo meu peito acelerar ainda mais. Meus dedos tomaram um leve estremecer, o suor recente começava a acumular-se em minha testa. Ao menos agora, seus olhos fitavam os colegas de classe.

" Misture-se ao meu suor, e faça desta junção o perfume perfeito de nosso ato, baile comigo, cante-me palavras singelas, sussurre ao meu ouvido enquanto suas mãos deslizam em meus caminhos tortuosos, toque-me, sinta-me vir a ti, trêmula e desejosa, faça-me tua, como a muito tencionava. Tome de meu gozo, e tenhas certezas de que apenas tu terás este prazer.... amo-te."

Céus, maldito momento em que li aquela carta que ela deixara... com tanto sentimento e entrega que às vezes me confundia, ansiava que suas palavras fossem de fato direcionadas a minha pessoa, acredite, minha mente insana fazia de meu corpo um templo imaginado.

O soar do sino me acordara de uma reflexão profunda, talvez o modo como me perdi nas palavras tranquilamente por ela escolhidas por ela, meu corpo correspondia loucamente, sentia meu tecido úmido, o que imaginava durante suas aulas e até mesmo fora delas me enlouquecia.

Para o findar de meus sonhos, juntei meus livros, nem ao menos me importando o fato dela ainda estar sentada em minha mesa, então sua mão pousou na minha e sua voz entrecortada e doce me acalentou por mais uma vez.

- Por favor,Carol, professora Carol, fique, preciso tirar uma dúvida em particular com você. Espere meus colegas saírem. - Ela levantou em um salto e seguiu rumo a sua mesa no centro. A simples observação de que nós ficaríamos juntas sem mais ninguém me entontecia, nervosismo misturado com desejo? O que ela queria? Será que deixei transparecer minha aflição? Ela sabia? Meu Deus dê-me forças. O corredor silenciou-se, desci até ela, com a bolsa a tira colo, arrumei meus óculos que teimavam em cair.

- Natália?! - Me olhou de um modo completamente diferente, era quase palpável o calor que emanava dos olhos castanhos, ela descruzou suas pernas delineadas e levantou-se. Seus movimentos lentos e calculados pareciam os de um gato, então já não mais a via, ela fora para trás de onde eu estava, meu corpo tremeu quando seus dedos deslizaram a única alça que seguravam minha bolsa, então senti seus dedos adentrarem minha camisa, e tocarem logo abaixo do umbigo, meus pelos eriçaram, e meu cérebro batalhava entre a razão e a emoção, sua boca colou-se ao meu ouvido, enquanto suas mãos invadiam incendiadas meus seios, o gemido dela me queimava, me sentia uma boneca em suas mãos.

- Carol, você é tão macia, dizia enquanto sua língua deslizava em meu pescoço, sentei-me em sua mesa, sentindo o corpo dela subir em mim, céus como isso começara? Apenas poderia dizer que já não mais conseguiria viver sem isso, droga, Carol! Você está apaixonada por uma aluna! Dane-se, preciso.

- Natá...lia! - Farfalhei quando seus dedos deslizaram por dentro de minha saia e tocaram o tecido que protegia minha entrada. Ela deslizou o indicador ali, seus olhos em chamas juntamente com os meus. Lambeu com gosto meu ombro balbuciando uma verdade incontestável.

- Carol, olha.... hummmmm! Que delícia é sentir o líquido encharcar sua entrada. Como você é perfeita. Ela descia seu rosto, sabia muito bem onde iria parar, assim que sua língua áspera me lambeu, gemi, Natália tocava com toda destreza de uma amante apaixonada e o modo como ela degustava-me era prazeroso, minhas pernas automaticamente se abriam, deixando minha intimidade úmida exposta, ela segurava minhas coxas com tanta força que suas unhas marcavam-me, talvez desejasse marcar seu território? Só de pensar já me excitava, aliás, com ela tudo era luxúria, e plenamente erótico.

Minhas mãos seguraram com afinco as quinas dianteiras da mesa, ela sugava com prazer, enquanto minha entrada transbordava. Sentir sua língua quente tentar invadir minha entrada pela primeira vez me proporcionando uma sensação mágica. Nunca havia ido tão longe assim, mas eu queria mais do que qualquer outra coisa no mundo...

-Por favor ! - choraminguei, movimentando meu quadril para sua face, abrindo minha entrada para ela, então seu dedo me invadiu como uma tempestade em meio ao turbilhão do mar. Minha carne fazendo o intruso deslizar sem o menor obstáculo e meu corpo se contorcia de volúpia... Natália em mim, sorria, seus olhos facilmente poderiam se confundir com estrelas da noite...

- ahhh, Natália! - Seu dedo solitário recebeu mais um, dilatando-me um pouco mais, era perceptível quanto  prazer ela sentia ao me fazer sua em uma mesa estreita, e quando seus dedos curvaram e minha umidade escorreu por entre seus dedos, ela se maravilhou com o gozo. Gemi sem muito alarde, mesmo porque não seria propício a entrada de mais alguém naquela sala ...

- Ana Carolina Sofredini, você é perfeita! - o prazer era visto ali, nos olhos arregalados da jovem mulher que eu amava em segredo.

- Professora Carol, você não faz ideia do quanto imaginei essa cena... eu precisava... Eu desejava....

- Minha Natália, vamos! Vou levar você para minha casa, vamos fazer isso como deveria ser.... - Entrelaçei nossos dedos levando-a até meu carro, eu estava extremamente perturbada, no entanto, Natália me dava uma segurança absoluta, sentir sua mão apalpar minha coxa a cada troca de marcha fazia-me crer que meus sentimentos eram espelhados aos dela. E ali recordei seu poema naquela carta.

- O seu poema era lindo, Natália! Não pude esquecer dos versos durante a aula. - Ela riu ao escutar minhas palavras.

- Você gostou mesmo, Meu amor?!  Ela sorria travessa. - Sabe como pensei nele? - acenei um não. - Vê-la de frente a mim, tão cheia de amor e entregue me fez escrever aquelas palavras. Carol, amo você! Seja minha musa eterna, e todos meus poemas serão direcionados a ti, meu amor.... - Apenas sorri envergonhada, mas em minha face estava escrito exatamente tudo o que ela precisava ouvir.

Contos Narol Onde histórias criam vida. Descubra agora