Passando por um período de invasão midiática em sua vida, boatos começam a surgir sobre sua sexualidade, sendo assim o agente de Pedro achou que a melhor opção era contratar uma namorada para o ator.
(💕) AMOR POR CONTRATO, 💐 ━━━ CAPÍTULO 3 ━━━ Cuidados.
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CONVIVER COM PEDRO ERA MAIS SIMPLES DO QUE PARECIA. Havia se passado uma semana desde que os dois haviam se encontrado pela primeira vez, e a conversa foi fluindo entre os dois.
— Tá, então sua cor favorita é rosa? — perguntou ele, após uma série de assuntos aleatórios.
— É, parece meio óbvio, mas hoje em dia parece que o rosa está sendo esquecido pelas meninas. — balançou a cabeça e gesticulava com a mão. — Mas eu permaneci no rosa.
— Eu acho fofo. — sorriu, mostrando sua covinha e logo levou a taça com o resto de vinho até a boca.
Os dois estavam sentados no tapete da sala do apartamento onde ambos estavam ficando. Haviam jantado juntos e agora degustavam de um vinho tinto enquanto a TV estava em algum filme que eles não estavam dando a mínima.
— E a sua? — tombou a cabeça levemente para o lado, franzino o cenho de um jeito fofo.
— Eu gosto bastante de amarelo. — deu de ombros. — Verde também é uma cor legal.
Cecília assentiu enquanto olhava para o homem. Ele havia cortado o cabelo recentemente, mas ele estava bagunçado, deixando ele ainda mais atraente. Estava vestido de maneira despojada, usava apenas uma camiseta preta e uma bermuda com tecido de moletom cinza claro e estava descalço.
— Frank me disse que amanhã você vai treinar comigo. — deixou a taça na mesinha, junto com a de Cecília que havia parado na terceira taça, antes que começasse a ficar altinha demais.
— Uhum. — balbucinou com um suspiro contrariado. — Eu não posso só ir e ficar sentada te esperando? — perguntou.
— Não. — balançou a cabeça. — Seremos um casal saudável, então você vai treinar sim.
Cecília balbucinou reclamando que nem uma criança. Por mais que a relação dos dois tenha evoluído significativamente, eles ainda não se sentiam totalmente á vontade em relação aos toques, então se mantiam mais afastados.
— Esse final de semana também iremos até a casa de Sarah. — informou ele, deixando a cabeça encostar no encosto do sofá. — Vai ter uma festa sábado a noite, seria um bom momento para te apresentar a alguns amigos.
— Será que eles vão gostar de mim? — questionou para si mesma, acabando por sair mais alto do que ela gostaria.
— Eles vão, Cecí. — levou a mão esquerda até o ombro direito dela. — Fica tranquila, é impossível não gostar de você.
— Você só está sendo gentil... — sorriu levemente. — Acho que vou deitar, Pedrito, amanhã preciso acordar cedo, né. — brincou, ficando de pé enquanto ele a olhava.
— Pode ir. — suspirou, passando a mão no cabelo. — Boa noite, Cecí. — desejou. — Até amanhã.
— Boa noite, Pedrito.
💋
O despertador de Cecília começou a tocar antes das seis. Frank havia lhe avisado que Pedro prefiria treinar bem cedo, porque normalmente era o horário mais tranquilo. Revezava entre correr na orla da praia ou treinar, mas pelo menos duas vezes na semana tinha que correr.
A mulher não queria levantar, mas escutou passos no corredor, o que indicava que o homem já havia acordado, considerando que o quarto dele era logo depois do dela.
— Argh, que ódio. — reclamou, levantando-se contra vontade. Agradeceu por seu quarto e o de Pedro serem suítes, assim não teriam que dividir banheiro.
Mas assim como há coisas boas, também há coisas ruins. Assim que colocou o pé no chão sentiu o início de uma cólica e olhando o calendário em seu celular comprovou que aquele era o dia em que deveria descer. Sua sorte era que havia pensado nisso e tinha passado em uma farmácia para comprar o que iria precisar.
Mesmo tomando remédio a cólica insistia em querer dar as caras e ela não sabia como que iria ter disposição para treinar com Pedro.
— Bom dia. — ele diz, assim que ela aparece na cozinha onde ele estava fazendo café.
— Bom dia. — se sentou na banqueta, tentando se mover o menos possível. — Pedrito, não sei se consigo ir hoje. — disse sem jeito.
— Por que, Cecí? — franzio o cenho olhando para ela.
— Estou com um pouco de cólica, não sei quanto tempo vai demorar para o remédio fazer efeito. — fez uma careta ao sentir a pontada ficar mais forte.
O homem assentiu em compreensão, pegando a xícara de café e oferecendo uma para ela.
— Não sei muita coisa, mas o pouco que sei sobre isso é que caminhar as vezes alivia. — se sentou ao lado dela. — Pode ir comigo e ficar sentada lá enquanto me espera, depois podemos comprar algumas coisas para fazer um chá, sei lá. — murmurou esfregando os olhos por ainda estar com sono. — Depois temos o resto do dia livre, ai você pode deitar.
— Tá tudo bem, Pedro. — colocou a mão no ombro dele e deu um leve aperto. — Acho que não vai ser tão intensa. — murmurou.
— Vou ser bonzinho e deixar você só assistir hoje. — brincou com um sorriso no rosto. — Mas amanhã você vai treinar comigo sim. — apontou o indicador para ela, como se fosse uma mãe dando uma ordem.
Foram caminhando até a academia, que não era tão longe do apartamento onde estavam. Pedro estava com um short um pouco acima do joelho cinza escuro, camiseta cinza que parecia um pouco apertada para ele, meias coloridas até a canela e tênis esportivo.
Mesmo que não fosse treinar, Cecília vestia um short legging preto, top preto, uma regata azul bebê e tênis esportivo.
— Já tem algumas pessoas com celular na mão. — murmurou Pedro, como se falasse um segredo para ela. — Não vai demorar para que comecem a te investigar.
— Bom... o plano do Frank está dando certo. — entrelaçou o braço esquerdo com o direito dele, sentindo os músculos do bíceps.
Pedro apenas assentiu enquanto sorria. Chegando na acadêmia não tinha quase ninguém, somente duas pessoas que pareciam focados demais para ir até Pedro.
— Você pode ficar sentadinha ali. — apontou para um banco que estava ali. — Segura meu celular para mim? — perguntou, tirando o objeto do bolso.
— Claro, Pedro. — estendeu a mão e pegou o celular da mão dela. — Cuidado para não machucar.
Pedro treinou costas e peito naquele dia. Procurou não estender muito, afinal a mulher não reclamou de desconforto, mas era notório que ela não estava muito bem.
Passou na farmácia que era caminho e comprou remédio para cólica, um saquinho com camomila para fazer chá e alguns chocolates.
— Sabe que não precisava fazer isso, né? — perguntou enquanto ele carregava a sacola.
— Sei, mas que tipo de namorado seria eu se deixasse você com dor? — passou o braço pelo ombro dela, deixando ela mais perto. — Não faço ideia de como é essa dor, mas minha irmã reclamava muito, então eu sempre procurava ajudar e não vai ser diferente com você.
