Mason
Mesmo depois do meu charme formidável ela conseguiu responder-me. Confesso ter ficado algo impressionado para alguém que é virgem.
- Tu és mesmo virgem? - atira-me a t-shirt à cara.
- Pareces-me 'tar muito melhor. - pega nos seus pertences deixados em cima da minha secretária. Percebo que se prepara para ir embora.
- Se 'tiver a morrer ligo-te.
- Sim... não faças isso.
- Não queres mesmo que eu te leve? Ou então sempre podes ficar aqui. Ao que parece o Spencer não vem a casa hoje.
- Seria má educação não agradecer a oferta, ainda assim recuso sem grandes hesitações.
- O outro vem te buscar não é?
- Vincent. O nome dele é Vincent.
- Vai dar no mesmo.
- Mas sim ele 'tá à minha espera lá em baixo.
- Sendo assim eu levo-te até à porta.
- Antes tens de vestir a camisola que eu te atirei.
- Ok, visto pelo caminho.
Deixo-a ir à frente. Aproveito para analisar a miúda que estava à 00:11 a sair do meu quarto da forma mais inocente possível, confirmo que tem um bom perfil de trás.
Abro-lhe a porta de saída.
- Manda-lhe cumprimentos. - a Brooke já tinha avançado uns passos:
- Vai descansar Mason.
Brooke
Era tarde. As luzes das ruas de Seattle eram brilhantes, como o loiro do seu cabelo. Deslocou-se desde casa até a um apartamento desconhecido para me vir buscar. Ele é muito fofo e transmite-me segurança.
Acho que é isso que eu procuro em alguém.
Seguimos o caminho a conversar sobre a noite de hoje, até ele me deixar no alpendre onde aconteceu:
- Seria pedir muito que no fim de semana viesses jantar com os meus pais?
- Isso soa a algo que uma namorada faria... - dou uma gargalhada, visto que não estava a falar a sério.
- Estaríamos a exercer as nossas funções nesse caso.
- Não percebi.
- Eu esclareço. - nesse momento beija-me e eu só consigo retribuir, pois sentia-me bem, e realizada e sim... feliz.
Esta foi toda a descrição que eu fiz à Nia sobre ontem à noite, ao que ela me interroga:
- Ou seja tu queres fodê-lo a ele?
- Tens sempre de ser assim tão direta? - ela dá aos ombros. - E como assim «a ele»? - volto a concentrar-me nos apontamentos que me esforçava para terminar o mais rápido possível.
- Pelo que tu me contaste no mesmo dia 'tiveste a oportunidade de beijar os 2 gostosinhos que 'tão interessados em ti e escolheste pegar o Durant em vez do Hawkings.
- Pra' começar o Mason não me vê além de uma amiga e isto já nos dias de bom humor dele. Além disso não é como se eu pudesse escolher entre os 2, isto não é um jogo em que eu clico na opção de qual deles quero.
- Sweetie não anda muito longe disso...
- Se o moreno quisesse tinha a minha boca de mão beijada. - penso 2 vezes no que disse e faço-me entender: - No sentido em que se ele quisesse tinha-me beijado ali, na hora.
- Isso não é bem assim. - pouso a caneta em cima das folhas impressas.
- Nia é a verdade, por vezes sinto que o Mason é demasiado invasivo.
- Mas foi o Vincent que te beijou a ti.
- Não vamos comparar.
- Ai vamos sim! 'Tás quase a insinuar que o meu bad boy pressiona muito, sendo que quem 'teve pertíssimo de tocar esses lábios fui o Hawkings e escolheu não invadir o teu espaço, enquanto que o teu loirinho decide beijar-te do nada.
- Não aceito esse argumento pelo simples, porém completamente determinante, facto de que o da tua team nem sequer sente nada por mim.
- É eu não vou continuar a bater no ceguinho... - digito nas teclas do computador, sem dar grande importância às teorias da minha melhor amiga.
- Essas ilusões são coisas que tu vês, porque assim as queres ver. - ela fecha-me o computador de repente, fazendo com que nos encarássemos uma à outra.
- Achas mesmo que se ele não sentisse alguma cena tinha trocado contacto visual contigo durante tanto tempo? É de referir também que ele se deixou 'tar de tronco nu, no quarto, com uma distância entre vocês reduzidíssima. Tens razão totalmente natural. - afirma irónica, dando um gole no café.
Encontramo-nos numa cafetaria perto da Universidade, para partilhar opiniões e os nossos progressos sobre o trabalho que devemos entregar ao Professor Carter este domingo.
Este é dos meus locais de restauração prediletos, uma mistura de vintage com retrô, uma área dedicada à leitura, outra ao convívio e até a vários estilos musicais. Não me poderia identificar mais com um sítio.
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O meu único crime foi apaixonar-me
RomanceRomance escrito em português de Portugal. Brooke Peters, uma reservada estudante de Direito, é abordada uma noite por um suposto criminoso que lhe pede ajuda. Ela não o conhece de lado nenhum e o que Mason não sabe é que o caso que lhe propõe é um t...