Brooke
Eu não queria magoá-lo, no entanto a minha ansiedade social estava a refletir-se e a vir ao de cima. Já passei momentos muito maus graças à minha ansiedade, de todo que queria voltar a revivê-los, ainda para mais sem qualquer apoio familiar por perto.
A Nia está de viajem, os meus país moram noutra cidade e a pessoa mais próxima de mim neste preciso momento é um rapaz que conheci há 1 mês. Sem querer desmerecer o impacto que ele tem tido nos meus dias desde que chegou, não quero obrigá-lo a ter de lidar com este tipo constrangimentos.
As minhas restantes amigas de faculdade não preenchem meticulosamente os requisitos para esta situação em concreto, portanto julgo ter tomado a decisão mais acertada e racional.
Pedir desculpa e seguir para onde eu sei que posso conviver sem qualquer desconforto. O meu humilde e doce lar, junto de um livro e um café gelado feito por mim mesma.
- Esperas por mim lá fora? - o Mason limita-se a assentir compreensivo.
Respiro fundo, ganho forças para me levantar daquele chão de casa de banho, ajeito o vestido e tenho coragem para abrir a porta. O meu amiga deixa o local depois de mim e poucos metros mais tarde seguimos direções distintas.
Ele vai ao encontro dos amigos e eu sou praticamente obrigada a enfrentar o meu date, que esperava por mim já há quase 10 minutos.
- Demoraste, 'tá tudo bem?
- Na verdade eu nem sei como te dizer isto mas... - penso no que estou prestes a fazer. - Preciso de ir pra' casa.
- O quê? Porquê? Passou-se alguma coisa? Não gostas de marisco é isso? - dou superficialmente uma gargalhada.
- Acredita que tu não fizeste nada de mal. Pelo contrário. Neste momento eu só não estou mesmo no meu melhor e se há coisa que não quero fazer é estragar a nossa noite inteira. - suspiro: - Apesar de já o 'tar a fazer, ao tomar esta atitude.
- Se realmente não te sentes bem nunca te poderia obrigar a ficar, mas espero verdadeiramente que não tenha sido por minha causa. - ia responder-lhe quando ele acrescenta: - Gosto mesmo de ti Brooke. - acho que isto ainda me magoou mais.
E o pior foi o que aconteceu depois.
Nada. Não aconteceu nada, porque eu não consegui retribuir a declaração de sentimentos.
Não entendo porquê e estou a sentir-me mal até agora por isso. A minha teoria lógica é que tenha sido graças ao meu pânico social, que me bloqueou qualquer sentimento por outro alguém. Por vezes é capaz de suceder.
- És capaz de amanhã me deixares recompensar-te?
- Não quero que sintas essa necessidade.
- Vou me culpabilizar se não disseres que sim.
- Só se disseres que sim ou meu convite do início da noite. - sorri de uma forma bastante atraente.
- De ir a tua casa um dia?
- Esse mesmo.
- Então amanhã assim o farei. - sorrimos um para o outro.
- Peters? - ouço o Mason chamar-me. Direciono o meu olhar para ele e depois para o Vincent.
- Ele vai levar-te?
- Não. - não me perguntem que merda foi esta agora, eu só achei que naquele momento não seria a melhor ideia relevar o pormenor que o moreno me levaria a casa. - Vou a pé.
- Se quiseres eu posso de levar.
- Deixa 'tar, eu realmente preciso de espairecer, só isso.
- Então... vemo-nos amanhã. - denoto alguma atrapalhação da parte dele ao despedir-se de mim.
Em qualquer filme ou livro este seria o momento em que eu oficializava o nosso primeiro beijo, porém ao que parece a minha consciência ainda não mo permitia.
Dou-lhe um beijo na bochecha.
Ao retirar-me, virando-me para trás constato que o Mason mantinha o campo de visão em nós, provavelmente porque permanecia à minha espera.
Lamento tê-los feito passar por todas estas situações hoje.
Sou um desastre. Especialmente o meu coração.
Mason
Se fosse eu já lhe tinha dado um beijo ali.
Portanto ou ele é burro ou eles realmente ainda não namoram.
Outra terceira opção é que: ela não sente isso tudo por ele. O que quer dizer que eu tenho hipótese.
A minha amiga aproxima-se. E eu agora sorrio-lhe algo contente pela minha última reflexão.
Ela ainda parece em baixo.
- Podes por favor sair 1 ou 2 minutos depois de mim? - o meu sorriso passa a uma expressão um tanto confusa. Todavia depois percebo o porquê e limito-me a anuir, fazendo o que ela me pediu.
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O meu único crime foi apaixonar-me
RomanceRomance escrito em português de Portugal. Brooke Peters, uma reservada estudante de Direito, é abordada uma noite por um suposto criminoso que lhe pede ajuda. Ela não o conhece de lado nenhum e o que Mason não sabe é que o caso que lhe propõe é um t...