Amor infernal - Hazbin Hotel

Do you think i'm scary?

Dias se passaram desde a expulsão de Ophelia, Adam estava desolado e Lute tentava reanima-lo de toda forma mas não tinha jeito algum de fazê-lo sorrir.

— Senhor, precisa levantar para que possamos decidir o que fazer.- Lute falava enquanto tentava puxar o homem que permanecia imóvel na cama, Adam resmungava e parecia estar bêbado.— Adam, poderia parar de choramingar por causa de uma traidora?- esse foi o fim da piada para o Primeiro Homem. Perder as duas esposas para um nanico e agora a sua mais nova "ficante" não assumida para o inferno também?

— Não a chame assim novamente.

— Como?

— Não ouse abrir essa boca para chamá-la de traidora!

— Ela nos trocou por causa desses... desses merdinhas?

— ELA NÃO ME TROCOU! ela não é igual a Lilith ou Eva!

Adam berrava. Foi a primeira vez que saiu da cama após o que tinha acontecido, podia não parecer mas o rapaz realmente gostava dela, apenas não sabia como reagir sobre o sentimento por conta dos relacionamentos passados, talvez. Lute o olhava, não com orgulho, não com raiva, mas com pena. No momento que Adam perceberá esse olhar sentiu seus olhos lacrimejando.

Quem diria... o Primeiro Homem chorando por conta de um anjo caído.

POV Ophelia

Ophelia olhava para o céu, onde costumava morar antes de ser expulsa por suas ideologias, por conta de seus pensamentos teve que ir embora de seu lar mas por uma sorte divina foi muito bem acolhida pela filha de Lúcifer e o mais irônico que possa ser é ter sido acolhida pelo próprio Anjo Caído também.  Suas asas foram arrancadas e a maneira como caiu resultou em diversas cicatrizes pelo seu corpo, uma mulher que já foi tão bela quanto sangue em neve agora estava destruída. Como alguém poderia amar isso?  Bem, posso citar pelo menos três nomes nessa lista.

A mulher de cabelos pretos e cacheados se apoiou na enorme varanda que fora concedida em seu aposento quando escutou três leves toques em sua porta. Não demorou muito tempo para que a porta se abrisse e a visão de Alastor pudesse ser vista.

— Ophelia, querida! - O grande homem se aproximou dela com o mesmo sorriso de sempre, mesmo  depois de tudo ela não sabia como confiar nele novamente. Ela morreu por culpa dele, certo?

— Alastor... como é bom vê-lo novamente- Não havia se passado dez minutos desde que haviam se visto, ele não a deixa em paz desde que viu ela depois de anos separados.

— Como posso deixar minha pequena noiva sozinha? - Brincou, mesmo não querendo ela deixou um sorriso escapar. "Droga" pensou e olhou para ele.

Alastor estava tão diferente de como era que era quase impossível de dizer que aquele realmente era o cara que amou durante anos em sua vida na terra, mas de alguma forma aquele Alastor gentil ainda estava ali e ela sabia disso.

— Que eu saiba não teve se quer um pedido, "Meu Lorde"- ela zombou

Esse apelido usado contra ele chegava a ser maldade, fazia ele se arrepiar e isso o fazia parecer fraco perante ela. Mesmo tentando disfarçar ele sabia os efeitos que Ophelia causava nele. Alastor coçou a garganta, tentava desviar o seu olhar dela, mas era quase impossível.

— Você me acha... medonha? - Ophelia perguntou, ela olhava novamente para frente sem sequer olhar para Alastor ao perguntar isso. O homem voltou a sua atenção para ela e quase não sabia o que falar, ele apenas travou.

Não culpe Alastor por isso, ele queria dizer o quão linda ela era e como ela era divina, mas era como se estivesse preso.

Ele riu.

— Não seja tola.- Segurou o rosto da mulher e virou para ele.— Que isso nao se repita mais- Disse e foi embora. Ophelia não entendeu, mas sabia que aquele sempre foi o jeito dele.

Um longo suspiro foi a única coisa que pode se escutar dela, mas o que Alastor e Ophelia não sabiam é que estavam sendo observados. Adam sempre mantinha um olhar sobre o submundo, não por que era a coisa favorita dele - confesso que ele é um belo fofoqueiro-, mas sim porque precisava.

"Medonha? Droga, você é divina!" Era a única coisa que ele pensava.