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O quarto de Avani foi decorado com temas de pervinca e marfim

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O quarto de Avani foi decorado com temas de pervinca e marfim. Era seu oásis, uma ostra de pérolas onde ela podia passar horas.

Ela se deitou em sua cama de pelúcia, sentindo os lençóis macios e arejados acariciarem sua pele. Seu quarto cheirava a lavanda e baunilha, e a lareira tinha sido encantada para queimar uma chama pálida em vez do vermelho ardente de sempre, mantendo o ambiente.

Sempre que alguém visitava seu quarto, geralmente ficava chocado. Eles esperavam tons escuros de preto, verde ou talvez vermelho e roxo. A aura pacífica do quarto era muito diferente da presença tempestuosa de Avani, que geralmente tinha dificuldade de ficar quieta por um momento sequer.

Mas Avani achava que seu quarto era adequado para ela. Se ela não pudesse ter paz dentro de si, ela a forçaria a vir de fora. Um sentimento estranho, mas ela nunca tinha sido do tipo filosófica.

Avani sabia que Tom a encontraria mais tarde, e ela estaria mentindo se dissesse que não queria que ele a encontrasse. Ainda assim, a ideia de ficar esperando por ele não parecia muito atraente. Então, ela decidiu tomar um banho.

Em seguida, vestiu sua camisola de seda, uma peça macia e frágil que chegava até os joelhos. Deitou-se novamente na cama, dessa vez com a pele fria do banho. Seu cabelo cheirava a coco e amêndoas. Era estranhamente terapêutico.

Ela ouviu uma batida. Esperou um bom minuto antes de abrir a porta.

Tom entrou e Avani olhou para os corredores de sua casa, certificando-se de que ninguém o tinha visto entrar em seu quarto. Em seguida, ela trancou a porta, encostando-se nela enquanto observava Tom avaliar seu quarto.

— Seu quarto não é o que eu esperava que fosse.

Avani cutucou preguiçosamente as unhas. — Já me disseram isso antes.

Tom observou o quarto dela com grande detalhe. Os aposentos de uma pessoa diziam muito sobre ela.

Ela tinha uma enorme cama de dossel no meio do quarto e, em vez de cortinas, longos fios de pérolas estavam pendurados nas hastes. Elas pareciam reais.

Seu quarto gritava riqueza e, de alguma forma, isso irritou Tom. Ele havia crescido na pobreza e, mesmo agora, não podia se dar ao luxo em que os Chaudhry viviam.

Além da diferença de idade entre Tom e Avani, a infância e as condições econômicas deles também estavam a quilômetros de distância. Não é de se admirar que os dois fossem tão diferentes. Eles mal passaram duas horas sem discutir.

— Por que você disse ao meu pai que eu fumava? — perguntou Avani, dando um passo em direção a ele.

— Foi um erro honesto.

— Não, não foi.

Tom mastigou o lábio antes de dar um risinho baixo. — Não, não foi.

Avani zombou. — Idiota.

𝖒𝖔𝖔𝖓𝖑𝖎𝖌𝖍𝖙 {𝖕𝖗𝖔𝖋𝖊𝖘𝖘𝖔𝖗 𝖙𝖔𝖒 𝖗𝖎𝖉𝖉𝖑𝖊}Onde histórias criam vida. Descubra agora