Visita Inesperada

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Ao abrir a porta olhou com uma expressão incrédula.

- Boa noite, Pitel.

- Fernanda, você por aqui?

- Por que o espanto? — disse a morena com um meio sorriso nos lábios.

- Bom, porque nunca havia vindo até a minha casa e de repente é a segunda vez que vem em menos de dois dias. Algum problema?

- Eu poderia entrar? Se não for incômodo. — Fernanda disse impaciente.

- Ah, sim claro. Por favor.

- Obrigada. — disse adentrando a sala - O que foi?

- O que foi o que? — Pitel a observava dos pés a cabeça.

- Por que está me olhando desse jeito como se eu fosse um animal exótico?

pitel não pôde deixar de rir sem jeito.

- Suas roupas.

- O que tem minha roupa, Pitel?

- Nada. É que eu nunca te vi assim... Desse jeito... Despojada.

Fernanda usava uma calça jeans justa, uma blusa branca decotada, e um casado preto de linho. Não pôde deixar de gargalhar com o comentário da morena.

- Pra quem toma vinho de sutiã na cozinha de casa, não creio que esteja em posição de opinar sobre meus trajes.

Pitel corou.

- À que devo a honra da visita, Senhorita Bande? — disse tentando mudar o rumo da conversa.

- Você está tão desorientada que anda esquecendo os objetos pessoais no trabalho. — Fernanda estendeu a mão mostrando um celular.

- Nossa! — disse estendendo a mão para pegar - Meu celular?!

- Pelo visto não tinha notado até agora.

- Sinceramente não.

- Quando eu digo que você anda trabalhando demais, você se irrita.

Um silêncio constrangedor pairou no ambiente.

- Que cheiro é esse? — Fernanda perguntou.

- Ah, não! O risoto! — Pitel saiu disparada até a cozinha. - Não acredito! Que droga! Queimou.

- O que? — Fernanda a seguiu preocupada.

- Eu estava fazendo um risoto e deixei no fogo baixo enquanto atendia a porta. Achei que seria rápido, não estava esperando ninguém.

- Nossa, me desculpe!

- Tudo bem. — disse mexendo a panela - Não foi sua culpa.

- Agora estou me sentindo responsabilizada.

- Não se preocupe, Fernanda.

- Olha, eu até faria outro jantar para você, mas eu não sei cozinhar.

- Por que isso não me surpreende? — Pitel disse sorrindo ironicamente.

- Eu vou relevar, mais uma vez, essa sua audácia que está ultimamente aflorada, — disse com bom humor - e vou me oferecer para lhe pagar um jantar.

- Não, não precisa, Fernanda. Eu dou um jeito, faço outra coisa. Não se preocupe.

- Ok... Posso pedir uma pizza então?

- Fernanda...

Pitel mal teve tempo de protestar, Fernanda já discava no celular o telefone de uma pizzaria.

My Boss - PitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora