Eu A Amo!

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Boa leitura vidas

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- Pitel você disse alguma coisa? - Buda chamava a mulher na sua frente que mantinha o olhar fixo em um ponto ao longe sem o fitar.

- Pitel, você ainda está aí?

- Sim. Eu... - disse voltando a si - Eu me distraí.

- Está tudo bem? De repente sei lá, você tá meio pálida, parece que viu um fantasma.

- Não, é só uma sombra do passado. - Disse tentando retirar o nervosismo que crescia em seu peito naquela hora.

Buda a encarava confuso, mas preferiu não questionar.

- Então vamos pedir o jantar? Quer dizer, você ainda quer jantar comigo?

- Como amigos, é claro. Vamos selar a nossa amizade com esse jantar com a minha promessa de que eu não vou mais me insinuar romanticamente pra você. - sorriu sem jeito.

Pitel mal prestava atenção no que o homem falava. Seus olhos não saíam da mulher morena sentada a alguns metros dali.

- Num dia ela diz que me ama e poucos dias depois está jantando acompanhada, toda animadinha. Safada. Francamente Fernanda - sussurrou raivosa com o olhar fixo em sua ex-chefe.

- Como disse? - Buda continuava sem entender.

- É... Vamos sim. Jantar, isso mesmo.

- Pitel, você está bem? Se preferir podemos ir embora, eu vou entender.

- Não, quer dizer, sim. Na verdade eu prefiro ir, Buda. Não estou me sentindo
muito bem.

- Tudo bem, vamos então.

- Mas se eu sair agora ela vai me ver. -- continuava fitando à frente arregalando
os olhos..

- Ela quem?

- Hã? Quem? - encarou o homem.

- Acho que você não está bem mesmo. · sorriu - Podemos ir então?

- Não. Eu acho melhor nós ficarmos. Talvez o jantar me faça bem.- disse tensa tomando um pouco de água tentando aliviar a situação.

- Você tem certeza? Podemos marcar para outro dia.

- Nao. - sorriu forçadamente ao observar Fernanda numa conversa cheia de sorrisos
com uma elegante mulher morena à sua frente.

— Eu vou ficar para ver até onde vai esse jantar.

Buda a fitava cada vez mais confuso, mas apenas assentiu e chamou o garçom.

Pitel engolia a comida como se fossem pedras cortantes rasgando a sua garganta.

Tomava um gole de vinho após cada garfada na tentativa de conter o misto de sentimentos nada nobres que passavam por si.

- Eu não entendo como as pessoas são relapsas quando se trata da própria saúde. - Buda dizia em uma conversa que era praticamente um monólogo, enquanto Pitel ainda mantinha os olhos, faiscando de raiva, fixados na morena na outra mesa.

- Manter hábitos saudáveis não é difícil e evita muitos problemas. O número de pacientes dentro de um hospital diminuiria consideravelmente se as pessoas fossem menos negligentes ao cuidar da saúde mental e física.

- Sim, é mesmo. - a morena assentiu sem nem saber do que se tratava - Cara de pau. Cínica! Dissimulada. Sem vergonha !- sussurrou irritada.

- O que? - Buda a encarou com os olhos arregalados.

My Boss - PitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora