Prólogo Part. 1

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Fim.
Todo história tem um início, algumas durante o decorrer seguem narrativas diferentes até se reencontrarem novamente contando a mesma história, mas está, começa pelo o fim.
A fase infantil, o ciclo inicial de toda a vida humana que livros e filmes romantizam, entretanto, é realmente belo uma criança e a sua curiosidade enquanto molda a sua personalidade a cada dia, porém, algumas rachaduras no caráter sendo construído é bastante comum ocorrer esse erro e propagar que reflita em sua fase juvenil e, espelhar em sua fase adulta. Como um vírus, pais despreparados foram contaminados pela a ideia de terem um filho, iniciando um novo ciclo de despreparo de cuidados com a criança que futuramente terá problemas psicológicos, todavia, existem professoras preparadas que não nasceram com desejo de serem mãe, mas, com dons da maternidade e dedicadas a salvarem essas crianças de um futuro sombrio, como a Addison que pertence há essa categoria de salvadoras de gerações. A pequena professora rodeava o brinquedo gira-gira, segurando com firmeza na barra de ferro, controlando a sua força enquanto o brinquedo girava arrancando gargalhadas altas de seus alunos que logo são silenciadas com a expressão de "eca" após um coleguinha despejar seu vômito giratório no ar. Addison deu um longo suspiro mantendo a calma, afinal, esse acidente é comum em seu trabalho como educadora infantil. A professora guiou as crianças a descerem do brinquedo, formando uma pequena fila para acompanhá-la de volta até a sala de aula.
Uma, duas, três... Vinte e duas crianças a professora ajudou a trocarem de roupa, a educadora observava o relógio pendurado na parede em cima da porta, exausta após um longo dia de trabalho, ela esperava poder chegar em casa e trocar seu uniforme, porém, recorda que mora sozinha e precisaria limpar a sua casa após o expediente de trabalho, sentia falta de seu ciclo infantil, talvez seja por isso que escolheu trabalhar com essa fase com tamanha importância e especial. Finalmente o último pai chegou para levar o seu filho, a professora continuou o seu expediente, varrendo a sala, organizando os brinquedos aos seus lugares iniciais, fechou as janelas e as cortinas, espiou a sala mais uma vez enquanto desliza o dedo sob o interruptor de luz e fechou a sala. A professora caminha pelo os corredores escuros da escola, haviam cruzes penduradas nas paredes do prédio religioso que ao invés de servirem de imagem protetora, causa um desconforto sombrio, principalmente à noite, mas o pavor da pedagoga piora ao chegar na parada de ônibus, o seu admirador a aguardava no seu lugar fixo ao lado do arbusto, observando atentamente Addison se sentar e aguardar pelo o veículo que a levaria para a casa. A pedagoga rapidamente se assustou ao perceber que está sozinha no ponto de ônibus com o homem de atitudes suspeitas, a garota agiu com inteligência e disfarçou estar falando no celular com sua amiga Malia, ambos usavam palavras pensadas que pudessem utilizar a descrição do lugar exato da professora e cronometrando o tempo que ela está no local, felizmente o ônibus chegou e Addison agradeceu sua amiga salvadora antes de desligar a ligação. O percurso do veículo pareceu ainda mais longo pelo cansaço da mulher trabalhadora e dedicada, entretanto, ela se mudou recentemente para um apartamento mais próximo de seu serviço, meia hora sentada no seu assento e pode levantar pois chegou a seu destino. A professora desceu do ônibus e uniu suas forças dando passos apressados até a entrada do prédio, usou a chave com o seu chaveiro que dizia "Melhor Prof" para abrir a porta da entrada e seguiu pelo o corredor em direção a escada, a cada degrau um suspiro cansado, o último degrau um longo suspiro de vitória. Novamente ela usou a chave com o seu destaque mérito e utilizou na fechadura para abrir a aguardada porta de sua casa, a professora sentiu uma brisa em suas costas que lhe causou um arrepio pela a sua espinha, decidiu logo acender um incenso. A professora dá um pulo ao escutar o som de notificação do seu celular, uma mensagem de suas duas amigas perguntando se ela chegou bem em casa.
- Cheguei bem sim, nenês. Vou tomar um banho e encontro vocês na frente da casa assombrada. – Addison gravou um áudio de mensagem de voz e mandou no grupo que tem com suas amigas no aplicativo. As Powerpuff W, elas se classificam como as meninas super poderosas, Addison responsável e líder como a Florzinha, Bernadette gentil e meiga como a Lindinha e Malia de pavio curto e brigona como a Docinho, o W é a uma inicial, uma homenagem nostálgica para o grupo de dança que ambas criaram quando mais jovens.
A casa mal assombrada é o ponto de encontro das amigas, um pouco rude talvez pois três jovens morreram na casa, existem teorias que eles se suicidaram, algumas que eles foram assassinados, todavia, o caso deles nunca foi solucionado, não havia testemunhas, ninguém nunca soube explicar o que aconteceu com os três jovens, e claro, com um mistério famoso consequentemente lendas e histórias sobre os espíritos dos amigos vagarem a casa logo foi criado, alguns disseram terem escutado um dos amigos chamando pelo o outro em desespero, outros que escutam o som de águas turbulentas como se alguém tivesse se afogando, provavelmente porque a única informação que a polícia obteve foi que os três amigos morreram em tempos diferentes, o primeiro amigo morreu na cozinha, o segundo amigo morreu minutos depois segurando o primeiro em seus braços e o terceiro afogado no banheira, existem suspeitas de envenenamento mas a polícia nunca revelou. As três amigas que são fãs de histórias de terror rapidamente criaram o hábito de se encontrarem em frente à casa que se sentem acolhidas para desabafarem sobre os seus problemas, para onde a professora está a caminho.

Sorria, incline a cabeça, avelude a voz e seja gentil, os quatros processos que Bernadette repetia como um disco arranhado a cada cliente que precisou atender, alguns clientes tornam um processo simples em quase impossível, acreditam que agressões e abusos precisam de toque, mas palavras de xingamentos por alguém que só está fazendo o seu trabalho pode aos poucos desgastar a vontade de continuar a cada dia. A pequena de cachos loiros que é conhecida por seu sorriso encantador está cansada, melhor colocação: Exausta. A atendente de caixa como todos gostam de reafirmar o seu trabalho como forma de rebaixamento, empenhou sua força em cada processo seletivo da vaga para estar próxima do seu sonho profissional, a moda, ela trabalha de segunda a sábado em uma loja de tecidos, criando em seus pensamentos diversos modelos de peças entre os grandes rolos de tecidos expostos na loja, idealizando o dia que ela pudesse estar comprando esses tecidos e criando suas peças autorais. Como a pequena nasceu com a vontade e o dom nas mãos, ela trabalhando fazendo peças por encomendas, esperando o dia que seja o seu único trabalho.
- Ei. – Exclamou a colega de Bernadette, batendo com o punho sobre a bancada tentando chamar a sua atenção. A outra funcionária tem um temperamento difícil e uma falha de compreensão de limites, ela sempre demonstra essa falha com a pequena dona da moda. – A sua amiga desnutrida lhe deixou isso. – A voz de Raquel demonstrou sem censura o desgosto da amizade de Bernadette com Malia a qual se referiu de "desnutrida" por sua falta de melanina. Era um bilhete que a amiga entregou propositalmente para a sua "fã" repassar o recado que não poderia lhe encontrar no seu serviço para seguirem juntas até a casa mal assombrada.
A pequena não conteve uma risada com a provocação de sua amiga que poderia apenas ter mandado uma mensagem, mas desde que Raquel encurralou Bernadette no banheiro com agressividade após uma crise de ciúmes, Malia tem irritado propositalmente para manter a funcionária problemática longe de sua amiga. Felizmente, existem outras funcionárias e integras como Paloma, ela sempre auxilia a modista contabilizar o que entrou no caixa para encerrarem o expediente juntas, hoje não seria exceção. Encerrando todas as notas contabilizadas e guardadas, Bernadette seguiu até o quarto dos fundos da loja, precisava bater o ponto, seus passos apressados pelo o medo, a pequena sempre teve pavor de escuro e a iluminação da loja é falha. A funcionária deu um suspiro aliviada após bater o ponto, mas logo é surpreendida com um pavor com a luz do cômodo apagando sozinha, a garota agarrou no primeiro móvel que encontrou, a cadeira, seus movimentos são travados pelo o medo, a respiração pesada e rápida até a luz acender novamente, sem pensar duas vezes, Bernadette corre pelo o corredor em direção a saída antes que a luz falhasse outra vez, estranhamente sentiu a sensação de estar sendo observada, talvez impressão pelo o susto anterior.
- Não surte, Bernadette. Está tudo bem. – A garota afirmou em voz alta para que pudesse se ouvir em uma tentativa de acalmar-se.
A futura modista direcionou-se até a sua bicicleta, subiu no meio de transporte e pedalou até a sua casa, ela mora em uma casa apenas quinze minutos de distância de seu trabalho que é favorável para um cochilo extra antes de começar o dia. Logo ela chega em casa, guarda sua bicicleta na garagem, o imóvel é aconchegante, as paredes no tom de rosa pastel, os móveis na cor branca, como a Dreamhouse da Barbie, ao contrário do apartamento de Addison que as paredes são brancas e os móveis na cor preta, Bernadette arremessa a sua bolsa rosa em cima da cama em seu quarto, caminha pelo o corredor enquanto retira a sua blusa lisa rosa, vestindo agora uma na cor azul pastel, ela retira a calça jeans e veste uma saia branca, mantendo apenas a sandália de glitter prata. A modista abre o seu armário e reforça o perfume, logo fechando as portas do móvel. Em seu celular, ela usa o aplicativo de caronas para o destino a casa mal assombrada, com a sua rotina diária de horror, três amigos assombrados como ela e suas amigas não é tão assustador.

Amor da sua morteOnde histórias criam vida. Descubra agora