IV.

335 34 32
                                    

Oi :)

Me desculpem por esse capítulo ter demorado mais um pouquinho. Eu machuquei meu joelho e tava bem pra baixo esses dias, além da dor né, aí não tava conseguindo escrever muito haha

Mas aqui estamos! :)

Esse capítulo é menorzinho, mas foi onde eu achei o melhor lugar pra parar, que eu achei que fazia sentido, sabe? O próximo deve ser maior.

Espero que gostem.

—/—

— Que? E-eu não sei do que tá falando não, Ramiro. — Kelvin desconversou, deixando suas mãos cairem e se afastando de Ramiro, virando de costas para ele.

Ramiro manteve a expressão curiosa no rosto enquanto observava Kelvin, suas mãos repousando nos próprios quadris.

Mesmo que ele ainda tivesse um pouco de...dificuldade com esse assunto, Ramiro não era burro, e ele sabia que Kelvin queria mais do que amizade dele. Às vezes, principalmente no meio da noite quando ele se deitava sozinho e conversava com a lua, Ramiro admitia para si mesmo que haviam sentimentos ali dentro dele, que ele imaginava como seria sentir os lábios carnudos de Kelvin contra os dele.

Um tempinho atrás, numa noite na frente da pousada, eles tiveram um momento enquanto dividiam um prato de macarrão - e Ramiro ainda pensava nisso, toda vez tudo ficava bem parado e silencioso. As bocas se tocaram por um segundo apenas, o suficiente para fazer o coração de Ramiro bater forte o bastante para até assustá-lo, mas bem dentro dele Ramiro conseguia admitir que queria mais - queria sentir o gosto do outro, queria sentir aquela língua afiada dentro da sua boca, queria tudo.

Ele ainda tinha as vozes indistintas na cabeça dele, dizendo que ele era homem e não podia querer. Mas desde que Ramiro havia começado a passar mais tempo com Kelvin, as vozes haviam ficado mais baixas. A cada dia, Ramiro tinha mais argumentos para afastá-las. E ele se importava menos.

Porque haviam tantas coisas na sua vida que as pessoas diziam que era errado e ele não se importava. Então, por que se importar com isso? Por que continuar se privando?

Ramiro estava ficando tão cansado disso.

Êêe intão porque que ocê virou pra lá assim, e foi pra longe d'eu? — Ramiro perguntou, tomando um passo em direção à Kelvin.

— Porque... Porque você sabe que eu não gosto quando a gente começa a falar dessas coisas, já te falei.

Ramiro deu uma risadinha baixa, dando mais um pequeno passo para a frente até que ele estivesse parado bem atrás de Kelvin, seu peito contra as costas do outro. Ele tirou uma das mãos do próprio quadril e a colocou na cintura de Kelvin, sorrindo quando ele percebeu o mais novo parando de respirar por um momento.

Num gosta, é? — Ele perguntou, abaixando a cabeça para sussurrar no ouvido de Kelvin. — Porque pra mim tá pareceno que ocê gosta sim, Kevín.

— R-Rams, não pode fazer isso comigo, não. — Kelvin murmura, seu braço envolvendo o próprio corpo e sua mão encontrando a de Ramiro.

— Eu falano, Kevín... Ocê gosta, num gosta? Fala, conta pr'eu, só tá nóis dois aqui, pode falar. — Ramiro insistiu, seu rosto de aproximando cada vez mais do pescoço de Kelvin.

— Eu... Eu, ah, Ramiro — Kelvin suspirou quando os lábios do outro deslizaram sobre o seu pescoço rapidamente, o toque tão leve que ele duvidaria ter realmente acontecido, se também não tivesse sentido a respiração dele ali.

CONTROLOnde histórias criam vida. Descubra agora