VI.

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Oie.

Desculpa a demora, meu povo.

A depressão tava foda esses tempos, e quando eu não estava trabalhando ou estudando, toda a minha energia estava indo para... me manter viva, basicamente rs. Mas tô começando a ver a luz no fim do túnel, então né, vamos lá.

Espero que gostem desse capítulo bem atrasado ❤️

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O tempo que Ramiro e Kelvin passaram deitados na cama juntos pela primeira vez foi curto, mas Kelvin tinha certeza que ele nunca esqueceria cada segundo. Os braços fortes de Ramiro o abraçavam apertado, e Kelvin não conseguia lembrar de nenhum outro momento em que ele havia se sentido tão seguro.

Ele adorava o contraste da pele negra contra a sua, deslizando a ponta dos dedos e desenhando imagens abstratas no braço do outro, indo do cotovelo ao pulso e de volta.

já tem que ir? — Kelvin perguntou, depois de olhar para o relógio e reparar que já estavam ali há quase uma hora.

Pió que eu tenho sim, Kevín. Tenho que prepará as coisa lá na prantação, que a colheita começa semana que vem, aí fico cheio de trabaio.

— Hmmm, é homem trabalhador né, Rams?

— Eu , e ocê num isquece não.

Os dois riram, Kelvin suspirando feliz quando Ramiro depositou um beijo leve no lado do seu pescoço. Kelvin apertou o braço de Ramiro, levantando-o e beijando a pele escura, antes de gentilmente sair do abraço do outro.

— Tá bom, tá bom. Vou deixar você ir. Só porque eu tenho que tomar um banho.

Kelvin se levantou e parou ao lado da cama, ainda nu, franzindo as sobrancelhas quando olhou para a barriga ainda suja das atividades com Ramiro.

— Ô piquitito, ocê fica ainda mais safada aí, sem rôpa e com a barriga desse jeito.

Kelvin riu outra vez e apontou para Ramiro com um dedo.

— Você não comece alguma coisa que a gente não pode terminar agora, Ramiro. Se acalme aí, e... mais tarde a gente conversa.

Ramiro levantou da cama também, as mãos grandes imediatamente achando o lugarzinho preferido na cintura de Kelvin e apertando de leve. Ele inclinou o suficiente para juntar seus lábios ao de Kelvin novamente, num beijo rápido mais cheio de carinho.

— Eu , Kevín. Mai eu aviso ocê quando acabá lá na lida, tá bão?

— Tá bom, meu amor.

Ramiro abriu um sorriso grande e meio envergonhado, o olhar caindo para o peito de Kelvin enquanto ele apertava a cintura do outro novamente.

— Eu gosto quando ocê chama eu assim.

Kelvin parou de respirar por um segundo, seu coração apertando de um jeito pouco familiar, uma felicidade que era desconhecida pra ele. Uma sensação que ele ainda não conseguia acreditar que realmente estava ao seu alcance.

— Então eu vou chamar o tempo todo.

Kelvin se ergueu na ponta dos pés, as mãos uma de cada lado do pescoço de Ramiro enquanto ele enchia o rosto do outro de beijos; nas bochechas, no queixo, nos lados da mandíbula e até na ponta do nariz, antes de beijar sua boca mais uma vez.

— Agora vai, antes que eu não te deixe ir mais.

Kelvin se soltou de Ramiro, tomando alguns passos para trás, fisicamente se esforçando para resistir à tentação de continuar o tocando.

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