....oi
Desculpa a demoraaaa! Outra fic tomou conta da minha cabeça (through an open window, vão ler, é kelmiro tbm!) mas voltei com esses nenéns 🥹)
Espero que gostem :)
—/—
Kelvin parou de comer por um momento, deixando o garfo na vasilha e pegando a garrafa de suco, tomando um gole longo antes de encarar Ramiro de novo.
— Cê quer mesmo saber, Rams?
— Quero, Kevín, fiquei pensando e martelando o que que é que é que ocê quis dizer esses dias tudo. Conta pra mim?
Kelvin deu um sorriso pequeno com o entusiasmo de Ramiro, segurando o rosto do outro delicadamente entre as duas mãos e deixando um beijo leve nos seus lábios antes de se afastar novamente.
— Tá bom. Mas ó, eu... eu nunca fiz nada não, viu? Eu só... pensei, mesmo, sabe? Pensar não é proibido né, e pensar assim só na minha cabeça mesmo... Faz mal pra ninguém, não.
Ramiro riu baixo, balançando a cabeça enquanto colocava o resto da comida de volta na mesa, deixando suas mãos livres.
— Ô Kevín, mas ocê sabe que eu sou a última pessoa que ia julgar ocê se ocê tivesse feito alguma coisa né?
— Ah, verdade, né?
Eles se olharam por alguns minutos, antes de caírem em uma risada confortável, Kelvin relaxando outra vez, porque esse breve momento de leveza o lembrou que eles estava sempre seguro com Ramiro.
— Tá bom. — Kelvin concordou, acenando com a cabeça.
Ramiro abriu um sorriso grande, e Kelvin se distraiu por um segundo só assistindo o jeito que o rosto do outro se movia quando ele sorria.
— Teve uma vez... — Kelvin começou, se contorcendo um pouco na cama antes de continuar. — Teve uma vez lá no Naitendei mesmo, que eu tive um cliente que tava sendo meio violento comigo, sabe? Ele queria fazer umas coisas, assim, que eu não queria não, mesmo por dinheiro. Aí quando eu falei que não, ele veio pra cima de mim, né.
Kelvin parou porque Ramiro havia começado a resmungar, e ele esticou uma das mãos para acariciar a barba do outro.
— Para com isso, eu tô bem, deixa eu terminar de contar.
— Tá bom, desculpa.
— Bobo. Então, aí eu... eu sou rápido, né, cê sabe que eu sou rápido, então eu consegui bater assim bem no saco dele, sabe? E corri pro outro lado do quarto. Na hora que aconteceu eu tava com tanta adrenalina assim, que eu... queria continuar sabe? Mas aí as meninas tinham ouvido o barulho todo e correram lá pro quarto e o Nando expulsou o cara de lá. Mas depois disso... Eu ficava imaginando umas coisas, né.
— Mai que coisas, Kevín? — Ramiro perguntou, a voz suave.
— Ah, Rams... Eu imaginava assim, e se eu fosse pra Florbela, ou, ou um pouquinho mais longe, sabe? E achasse alguém que quisesse... Companhia. E se a gente fosse pra algum lugar só nós dois, e ele quisesse alguma coisa que eu não queria, né? Aí... eu me defenderia, né?
— E... e como que ocê ia se defender, benzinho?
— Cê sabe o Cacá, meu amigo? Que conhece o moço da farmácia? Então... Eu ia pegar uns remédios, sabe? Que nem a gente pegou pra Petra aquela vez. Ia amassar bem amassadinho, e colocar na bebida dele antes de ele fazer mais qualquer outra coisa sabe, só pra garantir. Aí quando ele estivesse assim todo cambaleando, ele poderia... ter um acidente, né? As coisas acontecem.
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CONTROL
FanfictionRamiro despacha as pessoas que o patrão dele manda. Isso a cidade inteira sabe e não é novidade. O que eles não sabem é que Ramiro não reclama nem um pouquinho. E que as encomendas do patrão às vezes nem são suficientes para saciar a certa... vontad...