VII.

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Oi :)

O capítulo de hoje é um pouco mais longo, pra compensar a demora haha

(desculpem os erros, viu, essas últimas semanas foram fogo.)

Espero que gostem :)

—/—/—

Kelvin não poderia negar que se sentia extremamente aliviado que esse final de semana havia finalmente chegado ao fim. Mesmo que tivesse sido necessário que Kelvin abandonasse suas fantasias de passar todos esses dias vendo Ramiro, a comunicação constante entre os dois durante esse período o ajudou a manter a ansiedade à distância.

Na noite de Domingo, Kelvin quase não conseguia se conter, praticamente flutuando de um canto do salão para o outro, enquanto servia bebidas e se certificando que os clientes não precisavam de nada. Ao mesmo tempo, Kelvin não parava de checar o celular, passando mais e mais tempo ao redor da entrada à medida que a noite continuava, na esperança de ver Ramiro assim que ele chegasse.

E viu.

O coração acelerou quando viu o carro estacionando, e Kelvin tanto se distraiu (lembrando da tarde que passaram juntos, de quantas ideias ele ainda tinha de mais tardes, noites, e manhãs a serem passadas na companhia do peão), que só uma nova mensagem de Ramiro o tirou da própria cabeça.

Kelvin respondeu rapidamente, e mesmo tendo estendido o convite para Ramiro vir até ele, Kelvin se viu andando em direção ao carro ele mesmo, assistindo enquanto Ramiro saía do veículo.

— Oi Kevín. — Ramiro cumprimentou, a voz suave.

— Tava com saudade, Rams Rams.

Ramiro riu baixo, olhando ao redor rapidamente enquanto erguia as calças pelo cinto, antes de tomar mais um passo com direção à Kelvin. Ramiro esticou as mãos, as palmas calejadas segurando a cintura do mais novo delicadamente e o puxando para mais perto.

— Tava é? — Ramiro provocou, um sorriso convencido no canto dos lábios, que logo suavizou. — Eu tamém.

— E cê não vai mais viajar agora não, vai?

não, Kevín. E amanhã o patrão disse que num vai precisar d'eu, ele que vai viajar com a Dona Irene.

— Ah! Verdade? Então amanhã eu posso ter você pra mim o dia inteiro?

— Pode... Mai o que ocê vai fazer, ou o que nóis vai fazer?

Kelvin riu baixo, uma mão cobrindo um lado do rosto. Ele tinha tantos pensamentos e planos sobre o que gostaria de fazer com Ramiro que até tinha dificuldade em transformá-los em palavras e falar em voz alta.

— Que tal a gente começar por hoje a noite? Cê quer entrar? — Kelvin perguntou.

Ramiro levantou a cabeça novamente, olhando para a direção do bar que se encontrava não tão movimentado, considerando o dia da semana.

— Na verdade, eu queria perguntá, piquitito... Ocê que ir lá no meu quartinho?

— E-eu? Lá no seu quartinho?

— É... Eu, eu queria dormí garradinho com ocê hoje, dá?

— Meu deus, Ramiro. — Kelvin respirou fundo, descansando as mãos no peitoral de Ramiro e sua própria cabeça nos dedos trêmulos. — É tudo que eu mais quero.

—/—

Kelvin sabia que se ele quisesse ser responsável, ele voltaria para dentro do bar, avisaria Luana e Zéza que estava saindo, e pegaria uma bolsa com uma troca de roupas, mas... Ele não queria nada que o tirasse de perto de Ramiro outra vez.

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