I Can Barely Breathe

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É a primeira vez que eu escrevo usando esse fancast como molde para o Blaise, mas sinceramente eu acho bem a vibe do personagem mesmo.

Boa leitura <3.

Levar as coisas a sério era uma questão muito seletiva para Ronald. Uma partida de quadribol amistosa? Muito sério. Sua mãe brigando com ele por coisas fúteis? Meio sério. Alguma coisa acontecendo com algum desconhecido? Nada sério.

Não que ele não vá verificar o último, Rony realmente adora saber da vida dos outros por diversão.

Agora que ele entrou nessa fase mais íntegra de confiar mais nas próprias decisões e intuições, algo dentro dele dizia que essa carta era realmente séria. E ele entrou numa dúvida mortal entre acreditar em sua intuição ou ir pela lógica e só ignorar.

- Cara, e se for sério? - Harry perguntou enquanto eles caminhavam juntos para os últimos tempos de aula do dia. - Você percebeu alguém te olhando estranho hoje durante as aulas?

- Não. - Respondeu rápido até demais, sua paranoia fez ele ficar atento a qualquer mínimo detalhe e ele não tinha visto nada mais do que o habitual de sempre. - Eu não sei não, a ideia de ter um admirador secreto é tão livro adolescente.

- Você ainda é um adolescente. - Harry lembrou com um sorrisinho.

- Eu estou dizendo que é irreal, Harry. - Rony se corrigiu. - É só um desejo de uma garota de quatorze anos, na vida real ninguém faz isso realmente. - Tentou explicar seu ponto.

- Cara, nós vivemos em um mundo onde um maluco sem nariz quer fazer genocídio global e a coisa mais irreal que você consegue pensar é em ter um admirador secreto? - Harry ainda tinha aquele sorriso no rosto que Rony odiava. - Fique aberto às possibilidades meu amigo.

- O que eu faço então, senhor espertalhão? - Rony cruzou os braços, ambos parados em frente a porta da sala de aula.

- Espera, se esse admirador for de verdade ele vai mandar outro sinal. - Rony não gostou do que ouviu, Harry sabia que ele odiava demonstrações muito grandiosas. - Fique calmo, não é como se ele fosse te dar um buquê de flores no meio do salão principal.

- Assim espero. - Abriu a porta da sala.

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- Ao meu sinal, venham um por um entregar seus trabalhos e pegar as provas corrigidas desse semestre. - O professor pediu. Rony esperou pacientemente que os alunos mais afobados como Hermione fossem na frente para depois levantar calmamente e ir buscar suas coisas.

Ele tinha ido melhor do que o esperado, era bom em matérias que não precisavam de cálculos ou muita concentração, ficaria com notas boas se continuasse nesse ritmo na matéria.

Se sentou em seu lugar e continuou vendo os pontos em que errou, foram coisas bobas. Distraído, ele não percebeu quando uma outra cartinha em formato de avião entrou pela janela da sala, passando em frente aos olhos de Harry que estava uma carteira ao lado, e pousando a sua frente.

O detalhe? Dessa vez o aviãozinho estava acompanhado de uma flor pendurada no papel por um pequeno fio vermelho. A flor era uma rosa vermelha num tom bem vivido, seu caule verde estava sem espinhos e bem inteiro, o que significava que tinha sido colhido e aparado a mão.

O professor não havia notado por causa da pilha de tarefas acumulada em sua mesa, mas a maioria dos alunos da grifinória e alguns da Corvinal estavam muito curiosos para saber porque Ronald Weasley recebeu uma cartinha e uma flor.

Into You - BlonOnde histórias criam vida. Descubra agora