Amor, o próprio

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Já viram como seus fios de cabelo

Caem como dominó sobre a sua testa?

Seus olhos iluminam a cidade

Seu riso soa como uma festa


A sua fala é como a dos gregos

Filósofos de uma velha época

Nota coisas que ninguém entende

É como Gogh, a frente de sua era


Ela nunca se sentiu em casa

Neste ordinário mundo nosso

Ela pensa que ninguém pode vê-la

Mas eu posso, eu posso


Genoveva, Genoveva

A flor mais excêntrica do jardim

Ouvi dizer que anda chorando

Já é noite e o sono nada de vir


Por que aceita menos do que merece?

Por que tem tanto medo da solidão?

Se os anjos cantam por onde quer que passe

E a sua mente é um encantador furacão


Você pensa que é de porcelana

E que está quebrada para sempre

Mas seus ossos são feitos de ouro

A dor só te torna mais excelente


Eles não sabem de nada

Então que se danem eles

É maior do que tudo isso

Um milhão de vezes


Se me pedisse, eu te daria a lua

E todas as estrelas que existem no mar

Se me cantasse canções de amor

Eu jamais te deixaria a esperar


Querida, você não vê?

Sempre estive e estarei aqui

Esperando pacientemente

Que um dia olhe para si

Coletânea de poemasOnde histórias criam vida. Descubra agora