Capítulo 8

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Marília narrando...

Já se passaram três meses desde o que aconteceu comigo e com a Maiara. Eu cheguei até a pensar na possibilidade dela repensar sobre sua relação com o Fernando, mas no fim, bom, no fim ele saiu na vantagem. Apesar de todas as conversas e todas as coisas que já havíamos dito pra ela, ela ainda escolheu dar uma outra chance a ele, já que a primeira não foi o suficiente.

Eu tentei me manter neutra dessa vez mas não consegui. Impossível ignorar todas as coisas que ele já fez ela sentir. Mas, também fica difícil ignorar o fato de que de alguma forma diretamente ou indiretamente ela meio que aceita tudo e qualquer coisa que vem dele.

Eu tento ignorar todos esses fatos pra manter uma amizade tranquila com ela, apesar de sempre soltar alguma piadinha que no fundo eu sei que a incomoda de alguma forma, afinal, segundo ela, ele é o homem da sua vida. Bom, ela só esqueceu de lembrar dela quando estávamos na cama a três meses atrás onde ela gemia o meu nome e não o dele. Enfim, águas passadas!

Término de me arrumar pra ir na tal balada que a Maraísa, havia falado a tempos atrás. Estava realmente afim de aproveitar a noite.

(...)

Estávamos no camarote, senta em uma poltrona que tem ali. Tem algumas mesas em nossa frente onde ficam apoiados alguns dos combos de bebidas que havíamos pedidos. Pra minha infelicidade, ele está aqui. Grudado na Maiara, como se ele fosse a pessoa mais incrível, Amorosa, dedicada. Só de olhar pra eles me dá raiva.

— Vou pra pista! — Aviso enquanto me levanto.

— Vou com você! — Maiara diz.

Vejo o Fernando, segurando em sua mão. — Daqui a pouco nos vamos, amor!

Eu apenas olho e reviso os olhos, saio dali e sigo até a pista de dança. A música era boa, agitada. Estava um pouco movimentado no momento afinal, era sexta-feira.

Começo a dançar como se existisse apenas eu naquele lugar. Sentia cada batida daquela música que estava tocando. De alguma forma eu me sentia leve e livre fazendo isso, era como se de alguma forma todos os meus pensamentos desligasse.

Percebo que algumas mulheres se aproximam de mim timidamente, eu apenas olho e continuo fazendo o que já estava fazendo. Hora ou outra uma delas se aproxima um pouco mais e acaba que fica dançando de frente pra mim. Eu a olho nos olhos e percebe que tem outras intenções. Não posso negar que a morena dançando em minha frente realmente me chama a atenção. Ela é linda, suas curvas estão muito bem desenhadas em sua roupa, seu sorriso é bonito e teus olhos convidativos, mas não deixo transparecer o meu pequeno interesse, apenas termino de dançar, dou um sorriso e resolvo voltar pra onde eu estava. Precisava de outra bebida.

— Aproveitou Marília? — Maiara diz assim que chego. — As mulheres pareciam fascinadas em você.

— Tá com ciúmes, Maiara? — Falo rindo, me sento e pego uma bebida.

— Eu mesmo não! — Ela diz enquanto me observa. — A ciumenta aqui é você. Pra falar a verdade as vezes até desconfio que você sente algo por mim, já que não faz questão alguma de se dar bem com o Fernando.

Eu paro e não digo nada, apenas dou risada. Pra minha sorte a música era um pouco alta da onde estávamos e nesse momento ela estava um pouco perto demais pra dizer isso o que dificultava as outras pessoas de ouvir o que ela dizia.

Levo a boca a bebida que estava em minha mão. Fico ali por alguns minutos até que percebo a tal morena vindo em nossa direção.

— Marília... — Ela diz assim que se aproxima do camarote. — Não quer voltar pra pista?

Paixão inesperada. - Mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora