Paixão inesperada. - Mailila

Capítulo 14

Maiara narrando...

Eu acordo e me dou conta de onde eu estava e tenho a certeza de que todas as cenas em que passava em minha mente não era apenas um sonho, mas real. Me viro com cuidado e olho pro lado e a vejo dormindo como um anjo. Dou um sorriso e faço um pequeno carinho em teu rosto. Sem dúvidas eu poderia ficar por horas aqui a observando dormir mas não queria ficar com a sensação de que todos ao me ver conseguisse desvendar os meus pensamentos.

Me levando com cuidado da cama, pego minhas roupas que sobraram sobre o chão a as visto sem fazer barulho. Pego meu celular e vejo que e cedo ainda. Saio do quarto da Marília, e desço as escadas com cuidado torcendo pra não encontrar ninguém.  Passo pela sala quase que correndo e vou até a porta da frente, quando giro a maçaneta...

— Maiara.. — Ouço dona Ruth me chamar. — Onde tá indo correndo desse jeito?

— E..é tenho compromisso! — Falo rápido demais tentando disfarçar o nervosismo.

— Por que não senta e toma um café? — Ela diz se aproximando.

— Queria muito. Mas eu realmente não tenho tempo agora.

— Maiara..

Sei que ela vai insistir e acabar me convencendo, mas no momento não tenho nem cara pra me sentar na mesma mesa que a Mãe da Marília, depois de tudo que fizemos na madrugada.

Forço um sorriso. — Desculpa tia, prometo voltar com mais tempo um outro dia. — Jogo um beijo no ar e logo saio pela porta sem esperar que ela me responda.

Vou até meu carro, entro no mesmo, me sento sobre o banco e suspiro soltando todo ar que havia em meu pulmão. Olho em direção da porta e balanço a cabeça em negativo. Dou partida no carro e percebo que faço todo o caminho com um grande sorriso em meus lábios.

Não demora e já estou estacionando o carro em frente a minha casa. Desço e sigo até a porta, a abro e logo entro em casa. Olho em volta e não vejo ninguém. Deixo minha bolsa sobre a mesa que tem ali e respiro fundo tentado assimilar tudo que havia acontecido.

— Irmã! — Ouço a Maraísa e me viro assustada. — Onde você estava? — Ela diz se aproximando e diminuindo o tom de sua voz.

— Me assustou! — Falo a olhando. — Por que você está quase sussurrando?

— Espero que você tenha uma desculpa boa! — Ela diz segurando em meu braço.

Quando estou prestes a responder vejo o Fernando, aparecer. Ele desce as escadas e me olha com uma cara de poucos amigos.

— A-amor! — Forço um sorriso e logo olho pra Maraísa, como se perguntasse o que ele estava fazendo ali. — Faz tempo que chegou?

— Tempo suficiente pra saber que você não dormiu em casa! - Ele diz irritado.

— Vou deixar vocês conversarem. — Maraísa, diz se afastando e eu seguro em seu braço como se pedisse pra ficar, mas ela se afasta e nos deixa ali.

— Não estava afim de ficar só! — Confesso.

— E foi pra onde? — Ele se aproxima e começa a me observar. — Não mandou mensagem, não respondeu as minhas mensagens e nem deu satisfação.

— Fernando, você estava fazendo show. Eu te mandei mensagem e você nem ao menos visualizou. Não ia ficar esperando a sua boa vontade.

— E você acha que isso te dá o direito de ir pra onde bem entender?

— Não estou te entendendo!

— Não se faça de sonsa. — Ele se aproxima e segura em meu braço.