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..............................Los Angeles...........................

Miles estacionou o carro na frente de uma enorme
mansão branca que tinha uma aspecto de um local abandonado, o branco das paredes amarelado, as plantas altas e um velho conversível amarelo na frente.

- Você tem certeza que esse homem mora aqui? Ou você me trouxe aqui para me matar, talvez um sequestro?

Paulina estava horrorizada com o que estava vendo, o local estava caindo aos pedaços.

- Voltamos ao fato dos americanos serem psicopatas? E eu matar você? Bom se essa fosse a ideia não teria mostrado para todo mundo que somos amigas. Não, não quero. Ele perdeu tudo, esse local foi o que restou e o carro velho. Talvez foi o preço pela liberdade, eu realmente não sei. São coisas que não meto.

- Ok! Mas não explica a sua ligação com ele.

Paulina cruzou os braços e encostou no carro de Miles que notou a outra parada quase na porta do homem, deu a volta revirando os olhos.

- Olha - Ela coçou a cabeça - todo mundo se conhece aqui. Ele trabalhou com meu pai, o cara era foda, concordo com o que ele fez era horrível mas tenho carinho por ele .... Talvez você não entenda, mas eu, euzinha o ajudo, ele está velho e não sei o tamanho da culpa dele mas... - Paulina riu achando levemente fofo aquela - O que foi? Por que você está rindo? Tenho cara de palha...

Miles ficou muito sem graça, o tema era muito delicado. Ela ajudava um homem que ia contra toda a sua trajetória para que mulheres fossem livres.

- Ow, não - Paulina se afastou do carro - Não é isso, foi fofo. Você quando desarma - Miles arqueou a sobrancelha - fica fofa, parece uma criança. Eu não entendo mesmo, mas quem sou eu para falar alguma coisa eu me apaixonei pela a protagonista da série que fui contrata, fiz uma música pensando mais nela e traia o meu namorado praticamente perfeito. E quando ela me mandou embora eu fui pra sua casa, e mal nos conhecíamos e agora estou presa aqui em um contrato e ela na U.T.I de um hospital. Quer mais?

Antes que a cantora americana pudesse pensar em responder alguma coisa, já que Pau falou tão rápido que não deixou ela pensar. Elas ouviram?

- Miles? O que está fazendo aqui? E quem é essa?

Era um homem franzino de meia idade, com uma barba branca para fazer, cabelos mal cortados, um pijama velho e surrado que um dia havia sido de marca provavelmente.

- Mark - Ela foi em direção a ele e o abraçou - Podemos entrar? Ela é uma amiga minha, precisamos falar com você, é urgente.

Ele ficou olhando desconfiado para ela mas concordou em deixar ela entrar.

- Tudo bem, - falou ainda desconfiado - mas deixem o celulares no carro - Miles fez exatamente o que ele pediu, sem pestanejar pegou o celular dela e de Paulina e colocou dentro do carro. Eles adentraram ao hall que era todo em mármore e uma fonte desativada logo a uns trintas passo da porta. Com toda certeza aquela casa deveria ter sido magnífica quando nova, e voltaria muito bem a ser se bem tratada. - O que tanto esta admirando nessa casa velha garota?

Ele falou com Paulina que olhava todas as parede com pequenos fios de ouros em algumas partes. Miles cutucou a morena que parecia nunca ter visto uma casa antes.

- Oie, perdão sua casa é muito bonita apesar de ...- Ela arregalou os olhos e se tocou do que ia dizer - Eu apenas gostei da estrutura e da arquitetura.

Ele parou bem em frente a ela e sorriu como a muito tempo não sorria, Paulina parecia um frescor, naquele momento, ao seus dias e só então ele notou o sotaque.

- Você não é americana, México?

Ele questionou e Paulina sorriu afirma sua nacionalidade com orgulho.

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