Terapia

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Paulina não tinha certeza de que a sua Piscologa estava envolvida naquilo ou ela apenas realmente era boa o suficiente para saber o que ela estava escondendo. Mas depois daqueles meses fingindo que tudo estava da forma como estava ela precisava dar uma cartada final, não podia mais ficar esperando um passo em falso que não poderia acontecer. Além do mais ela já estava exausta de se manter parada e não ver nada acontecendo enquanto o resto do mundo girava normalmente. E como em uma sacada de muito bom gosto do destino Lud que a observava de longe pareceu sentir a vontade da outra mulher. A loira tinha para si que a mulher faria uma grande besteiras em querer desafiar pessoas tão poderosas. E em uma noite, parecia que ela tinha o time de Paulina também em sua mente, a loira invadiu o apartamento da outra, foi até o quarto e esperou. Quando Paulina chegou foi possível ouvir os passos até a porta que foi aberta de forma ágil mas suave, assim que Pau deu o primeiro passo para dentro do quarto ela deu um pulo se desequilibrando ao ver sua então ex parada em frente a janela de boné e uma camisa verde e velha.

- Misericórdia quer me matar do coração? - Falou enquanto colocava a mão no peito - O que você está fazendo aqui? E como entrou? - Paulina estava do outro lado da cama indignada.

- Vim pedir para você parar de se meter nessa história...

A morena começou a rir alto, colocou a mão na cintura.

- Acho melhor você voltar para o seu túmulo, não foi a sua escolha?

- Não seja maldosa essa não é você... - Paulina se virou, sentou na cama e começou a tirar os sapatos - Sei que não tenho direito...

- Olha que bom que você sabe disso, muito interessante... olha eu não sei como você entrou aqui - Paulina começou a retirar sua roupa, levantou - se e ficou completamente nua - mas quando eu sair do banho espero que tenha saído - Ludwika respirou fundo e revirou os olhos, ela viu a mulher andar até o banheiro mas em vez de ir embora sentou-se na poltrona em frente a cama e esperou cerca de uma hora até que Paulina apareceu novamente - A porque eu estava na esperança de não te ver aqui?

- Você sabia que eu não ia embora antes de conversarmos...

Paulina no fundo não queria mesmo que a outra fosse embora, e realmente tinha a esperança de sair e ainda encontrar com ela lá parada. E seu coração realmente deu um descompasso quando a viu novamente mas tentou não deixar aquele sorriso de canto de pessoa feliz aparecer.

- Posso chamar a polícia? Como vai explicar seu além túmulo.

Ludwika colocou o livro que estava lendo no criado-mudo ao lado da cama e levantou-se, deu a volta na cama, e ficou perto o suficiente para fazer a morena tremer na base, o cheiro daquele corpo não mudava e aqueles olhos azuis a desafiando era uma verdadeira tentação.

- Chama a polícia, chama a imprensa, aproveita e chama a Cristina.

" Porque eu não consigo odiar essa mulher?"  Pensou Paulina que estava se segurando muito.

- Está com fome? Por que eu realmente estou... e já que você não vai embora vamos comer?

- É seria bom comer algo - Lud virou de lado e estendeu a mão - Logo depois de você.

Elas foram para cozinha, Pau começou a fazer uma macarrona, e Lud sentou-se em frente à bancada que ficava na cozinha. Elas estavam tão nervosas quanto a primeira vez que estiveram naquela situação.

- Como entrou aqui?  - Lud se ajustou no banco - Qual é? Se você entrou qualquer outra pessoa pode entrar.

- Esse prédio é da Interpol e ...- Pau olhou chocada - a vai o Salinas que ajeitou ele para você. Eu sempre fico de olho em você...

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