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Existe caminhos que se entrelaçam com um nó tão forte que se torna eterno.

Miles levou Paulina para um hangar enorme no meio do nada, extremamente afastado da cidade.

- Que lugar é esse?

Ela perguntou buscando uma referência mais profunda.

- Um hangar não está vendo? Oxi!! - A morena revirou os olhos para ela e ela deu risada - É de um amigo e ele vai disponibilizar o piloto para que você possa voar.

- Preciso tirar minha mãe de lá também.

Comentou com um olhar triste

- Sim, mas peça para o seu irmão fazer isso...Assim não vai levantar suspeita sabe que não pode ser vista lá. Amin meu advogado mandou aqui uma mensagem dizendo que os termos foram feitos do seu lado. Por que a gente não leu mesmo?

- Estamos bebadas, Pau, deve ter alguém dela trabalhando comigo ... Meu Deus, nem o advogado posso confiar. Ok vou pensar, vamos fazer um story dentro do carro e dizer que ficaremos uns dias em off para compor uma nova música.

- Olá! - Apareceu um homem alto loiro, por volta do seus cinquenta anos com uma clássica jaqueta de couro, botas, calça jeans e camiseta verde clara. O óculos aviador finalizava o look. - Está tudo pronto, vamos?

Paulina olhou para Miles com um certo receio de entrar naquele avião.

- Amiga vai, eu cuido do resto e do story. Confia nele que vai dar tudo certo. Avisa seu irmão por ligação - Elas se abraçaram - e é isso te espero de volta.

-Obrigada! Vamos?

Ela disse olho para ele que fez sim com a cabeça, esperou ela sair e perguntou para Miles se era a sua nova namorada " Olha até que daria certo mas não é não, somos amigas mesmo. Cuide dela por favor!" Ele fez sim com a cabeça e entrou dentro do jatinho que estava em sua frente. Miles esperou eles saírem para ir embora, ela teve uma sensação de vazio. No fundo ela estava começando a sentir uma queda pela morena, mas não iria ultrapassar o limite.

Dentro do avião Paulina encostou a cabeça no banco e deixou as lágrimas caírem, ela sentiu culpa e depois medo, depois raiva. A mistura intensa de sentimentos a fazia querer sair correndo. Ela pensou em como se livrar de Cris sem chegar a uma situação em que ela tivesse que escolher entre a vida dela e da mulher. Mas então ela simplesmente esqueceu de tudo quando viu no seu celular a foto dela com Lud dentro do quarto de hotel abraçadas. Como era surreal aquela relação, ela lembrou do beijo gostoso, da boca com lábios suaves, daquele sorriso que a fazia parecer menina. Ela definitivamente estava amando aquela mulher, deixou sua mente ir para longe imaginando um almoço em família e como sua mae iria dizer que a loira era baixinha. Ela queria apenas isso, queria o direito de viver aquela história. Paulina percebeu o quanto sua carreira estava em perigo, Cris atualmente tinha tudo nas mãos dela e como ela iria tirar o controle da carreira dela de uma mulher como aquela? Naquele momento pelo menos ela não via saída para a situação, pensou em mil possibilidades, mas não tinha como saber em quem confiar.

O jatinho pousou certa de três horas e quarentinha e cinco minutos depois em uma pista de pouso clandestina que ficava a cerca de uma hora da cidade do México, havia um jeep esperando por eles todo preto e com os vidros escurecidos. Paulina esta sentindo-se em uma novela ou filme de traficantes, ela achou melhor nem perguntar que lugar era aquele e quem eram aquelas pessoas. Quando saiu do avião o rapaz que a trouxe disse para ela que eles as ordens fosse que ela ficasse por lá três dias e retornasse. Entrou para ela um telefone descartável e disse que deveria ligar para ele daquele aparelho e o número já estava salvo ali. Ela agradeceu e entrou no carro, havia duas mulheres dentro dele, uma dirigindo e a outra sentada no banco da frente.

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