Sonhos

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- Achei que você não iria mais acordar, estava quase chamando o médico. Como está se sentindo? - Paulina abriu os olhos devagar, ela estava em outro quarto do que aquele que dormiu, a luz era baixa e com uma imensa dor de cabeça. Sua visão ainda era meio embaçada. Quando ela notou que realmente estava na frente de Ludwika ela não conseguia falar, ou até mesmo respirar. Seus olhos estavam arregalados, seu corpo estava gelado e ela não sabia se berrava, sai correndo ou se estava morta – Ok! Você está processando a informação. Mas sim sou eu, e antes que fique brava com razão, apenas me escute por .... – Lud não teve tempo de terminar sentiu os lábios de Paulina encontrarem com o seu, elas não raciocinaram apenas sentiram. Lud não entendia direito como aquela mulher em sua frente queria na verdade amá-la e não bater nela, e sinceramente ela nem quis questionar. Quando notou sentiu a morena subir no seu colo e tirar sua blusa ela foi falar algo mais o dedo da morena em seus lábios a impediu.

- Seu coração?

Foi a única pergunta que ela ouviu, a única coisa que ouviu foi preocupação e isso foi gasolina onde já havia fogo.

- Melhor que nunca.

Novamente beijada, os lábios de Paulina não pouparam nenhuma parte da pele clara da mulher em sua frente. Ludwika por sua vez também não perdeu tempo, ela retirou a blusa de outra com cuidado, desceu a língua pelo seu pescoço e colo. Sem notaram estavam completamente nuas, depois de tanto tempo seus corpos se encaixaram e seus sexos estavam encarnados e sedentos por contatos. E elas se amaram quase que a noite toda, até que não aguentaram mais e seus corpos suados caíram na cama pedindo arrego. Ficaram em silêncio por um espaço de tempo.

- Achei que você ficaria brava – Falou Lud ofegante – Que fosse me xingar, e me pedir todas as explicações possíveis.

Paulina ficou séria, virou de lado apoiando sua cabeça e olhando para Lud. Traçou o nariz dela e respirou fundo.

- Estou brava, na verdade eu queria te bater, Mas.... Eu na verdade estava esperando por isso – Lud franziu a testa – Quando eu soube da notícia, - Ela baixou o olhar – sofri muito eu... - Lud deixou uma lágrima cair – não chora, eu quase enlouqueci, mas então lembrei de algo que uma das motoristas que me levou até você no quarto de hospital me falou "Era algo tipo, mantenha a fé e nada que parece é na verdade" e ela me disse que eu deveria me lembrar disso no pior momento. Então a minha ficha caiu, comecei a ligar alguns pontos e tinha certeza que você estava viva. Mas curti o luto na frente de todos, então um dia o Salinas me disse que tinha um local que me faria bem, e ele estava realmente preocupado comigo, eu vim com a esperança de que ele me levasse até você.

- Estou impressionada, muito impressionada.

Elas encontraram as testas e sorriram uma para a outra.

- Mas ainda quero uma explicação, eu mereço uma explicação.

A loira colocou a cabeça pra cima e contou tudo que podia.

- Conheço a Cristina desde pequena, ela era minha admiradora no colégio e bom, eu realmente não era a melhor pessoa. Nunca dei moral para ela, é complicado e ia dar moral para mulher? - Pau franziu a testa e olhou desconfiada - Vai você entendeu - A morena deu um beijo nela - Deixa eu continuar depois continuo isso...

- Sim, é importante.

- Eu humilhei ela um dia, idiotice de adolescente, e então eu só vi ela depois quando o Salinas entrou disfarçado na seita...

- Ele... disfarçado?

- Bom, ele faz parte de um organização governamental que reúne todas as Américas, ele sabia onde estava entrando e eu quando me casei com ele sabia onde estava metida. Ele descobriu ela lá, mas demorei muito tempo para entender quem ela era, isso é o resumo do resumo.... Mas sinceramente quando eu vi ela sendo sua empresária já sabia quem ela era, e ... bom... Quando escolhi você para Mãe só tem duas já tínhamos um plano contra ela....

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