A Minha Canção Favorita

O mundo em seus olhos

No dia seguinte, o sol nasce com um esplendor dourado sobre a casa de férias. À medida que os primeiros raios de luz penetram pelas janelas, Raviel é despertado pelo calor iluminando suavemente seu rosto.

Ele se espreguiça preguiçosamente na cama, sentindo-se revigorado pelo descanso tranquilo da noite anterior. Lentamente, ele se levanta e se dirige até a janela, onde é recebido por uma vista deslumbrante do jardim repleto de plantas que balançavam ao vento matinal.

Decidindo explorar um pouco mais o ambiente ao redor, Raviel desce as escadas e se depara com o aroma tentador de café fresco vindo da cozinha. Lá, encontra Chiisa preparando o café da manhã, enquanto os outros membros do grupo se reúnem ao redor da mesa.

—Bom dia, pessoal! —Raviel cumprimenta, sentindo-se mais disposto pela energia que permeia o ambiente.

—Bom dia, dorminhoco! —Chiisa brinca, oferecendo-lhe uma xícara de café.

Enquanto desfrutam de um café da manhã animado e cheio de conversas, o grupo começa a planejar as atividades para o dia. Desde explorar a praia próxima até fazer caminhadas pela natureza exuberante que cerca a casa, há uma infinidade de opções para escolher.

Após o café da manhã, a turma se divide em pequenos grupos, cada um partindo para uma aventura diferente. Raviel, Toshiruz decidem explorar a trilha que leva até uma cachoeira escondida nas proximidades, enquanto Eeiris e Chiisa decidem passear pela cidade, e os outros optam por passar o dia relaxando na praia.

Enquanto caminham pela trilha sinuosa, os dois compartilham histórias e risadas, aproveitando ao máximo cada minuto. E conforme se aproximam da cascata, o som ensurdecedor da água caindo ecoa pelo ar, aumentando sua empolgação.

Quando finalmente chegam à cachoeira, são recebidos por uma visão de tirar o fôlego. A água cai de uma altura impressionante, formando uma piscina natural de água cristalina na base. Toshiruz não hesita em retirar sua camisa e se jogar na água refrescante, rindo enquanto tenta jogar água no flamenguista.

—Calma aê, poh, vai molhar minha roupa! —Raviel reclama, enquando tira a camisa e desvia da água jogada em si.

Logo após, o egípcio pula com tudo na água, fazendo um som bem alto. Assim inicia uma pequena guerra entre os dois, que ficaram há tempo demais nessa cascata.

Após algumas horas de diversão na cachoeira, o clima começa a esfriar, indicando que era hora de ir. Raviel e Toshiruz se vestem de volta e vão em caminho até a sua casa.

Todos se reúnem finalmente em sua residência, e Ravi vai direto tomar um banho para não ficar resfriado, logo depois é a vez de Toshi, que já começou a espirrar.

O moreno vai para seu quarto e fica um tempo deitado, pelo cansaço do dia. alguns minutos depois ele se levanta e se direciona até a janela de madeira.

Raviel Pov

Eu estava em frente a janela do quarto observando o sol da tarde pintando o céu com tons dourados, era algo bonito de se ver apesar de parecer meio clichê.

Nesse momento, ouço alguém entrando, mas não dou muita atenção a isso até sentir uma mão em meu ombro, era Toshiruz.

Ele apenas me dá um Oi e se senta ao meu lado, logo desviando o olhar para o céu, admirando a beleza dos tons alaranjados que se tornavam um azul escuro conforme a chegada da noite. O vejo sorrir de uma forma bem genuína, transmitindo calma e tranquilidade.

—Você sabe, Ravi, os olhos dourados do céu agora combinam perfeitamente com os seus. —Ele fez uma pausa em sua fala.  —É como se a própria natureza estivesse elogiando sua beleza.

"Que cara gay" pensei, mesmo sentindo um estranho calor se espalhar pelo meu peito com o elogio inesperado, e um sorriso sincero surge em meus lábios.

—Acordou poeta hoje, hein? —Digo com um pequeno sorriso no rosto, apoiando meus braços na superfície de madeira.

Vejo ele apenas apenas abaixando a cabeça, ainda com uma expressão alegre em seu rosto, apesar de parecer exausto.

—Às vezes é bom deixar o poeta dentro de mim se expressar um pouco. —Ele responde com um leve riso, seus olhos ainda fixos no céu.

Ficamos em silêncio por alguns momentos, apenas apreciando a serenidade da paisagem diante de nós. O vento sopra suavemente, fazendo as folhas das árvores dançarem e os cabelos de Toshiruz balançarem levemente.

—Você tá bem, Ravi? —Ele pergunta de repente, desviando o olhar do céu para me encarar com preocupação em seus olhos, talvez por eu estar mais quieto que o normal.

—Tô bem. Só um pouco cansado, acho. Mas nada demais. —Respondo sinceramente, tentando dissipar qualquer preocupação que ele possa ter.

Ele assente, parecendo satisfeito com minha resposta. Voltamos a nos concentrar na vista à nossa frente, desfrutando do momento.

—É bom ter você aqui. —Ele diz de repente, sua voz suave e reconfortante.

Sinto um calor familiar se espalhar por todo o meu corpo, aquecendo meu coração. Não consigo conter o rubor em meu rosto, mas isso não importa tanto agora.

—É, fico feliz de estar aqui. —Respondo sinceramente, só me permitindo ser um pouco tchola.

Ficamos ali por mais algum tempo, apenas observando o céu. No fundo, sei que esses momentos simples são os que mais valorizo, a sensação de estar conectado com alguém de uma forma tão genuína é algo especial.

Com o sol se pondo lentamente no horizonte, e a luz do dia se transformando em escuridão, nos levantamos e nos dirigimos cada um para dua cama. A noite promete ser tranquila e agradável, assim como essas férias.