Um tempo para relaxar

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Os dias anteriores foram estressantes para Raviel, porém, independente disso ele já estava se sentindo bem melhor. O moreno despertou cedo, se espreguiçou e decidiu que faria algo legaal para compensar os amigos naquela manhã.

O egípcio desceu silenciosamente para a cozinha, determinado a preparar um café da manhã perfeito e alguns planejamentos para o dia. Ele começou a preparar panquecas, ovos mexidos e suco fresco. O cheiro tentador logo se espalhou pela casa, atraindo seus amigos um a um.

Eveline foi a primeira a aparecer na cozinha, atraída pelo aroma delicioso.

—Bom dia, Ravi! Caramba, isso parece ótimo, já tá pronto? —Ela exclamou, com um sorriso largo.

— Bom dia, Evandra! Tô terminando uns ainda, mas já tem pronto. —Respondeu, entregando a ela um prato com uma pilha de panquecas.

Em seguida, Toshi entrou na cozinha, ainda um pouco sonolento, mas com um sorriso caloroso ao ver Ravi.

—Bah, Ravi, acordou cedo, né?  —Disse ele, pegando uma caneca de café.

Logo todos se reuniram na cozinha, desfrutando do café da manhã. A conversa era leve e cheia de risadas, um momento feliz depois dos ocorridos.

Depois do café, decidiram que passariam o dia em um parque de diversões. Já no local, enquanto andavam à procura de um brinquedo especifico, Raviel se pegou perdido em pensamentos, o sorriso no rosto mascarando a tempestade interna. Queria evitar pensar, mas se sentia mal por isso, afinal ele sabia que era o errado nessa história.

—Ravi, o que você está pensando tanto? —Carol perguntou assim que percebeu o distanciamento do garoto.

—Ah, nada demais. Me distrai um pouco. —Ele respondeu, voltando à realidade.

Enquanto exploravam as atrações, Raviel se esforçava para parecer animado, mas sua mente vagava. O som das risadas e dos brinquedos contrastava com outro fragmento do passado que emergiu.

"—Ei, Ravi, vamos no parque? Você quase não tá passando tempo comigo. —Uma figura indistinta falava com ele, e Raviel sentia sua consciência pear, mas ainda assim a necessidade desesperada de escapar dele era maior.

—Nah...deixa pra próxima, vou estar meio ocupado esses dias. —Deu qualquerdesculpa que encontrou, adiou isso até chegar o dia de se mudar"

Ele balançou a cabeça ligeiramente, tentando afastar essas lembranças. Eles se aproximaram da roda-gigante, e Raviel olhou para ela, sentindo-se um pouco tonto, não pelo brinquedo, mas pelas memórias.

"Acho que parque de diversões não foi uma boa escolha" Pensava consigo mesmo.

—Ei, vamos nessa? —Perguntou Toshi, puxando-o gentilmente.

—Ah, vamo, foi mal aí. —Respondeu, entre alguns risos, tentando focar no presente.

Mais tarde, enquanto eles passeavam pelo parque, Carol o chamou para comprar algodão-doce. O egípcio aceitou, tentando aproveitar o momento.

—Obrigado, Carol. depois eu te pago! —Disse ele, tentando soar animado.

—Relaxa, isso é um presente. —Ela sorriu, mas logo fechou um pouco a cara, parecendo preocupada. —Você parece distante hoje. Tem certeza de que está bem?

—Eu...estou sim...só pensando demais, talvez. —Raviel respondeu, dando uma risadinha nervosa.

—Raviel, eu sei que algo está acontecendo, e tudo bem se você não quiser falar comigo, mas tenta conversar com alguém, tá? —A  slime falou com um sorriso meio triste no rosto.

—É, eu já falei com o toshi, acho que estou melhorando. —O moreno tentou acalmá-la, o que parece que surtiu efeito, ela solto um suspiro aliviado ao ouvir.

Enquanto essa conversa acontecia, o meio oni  estava diante de uma barraca de jogos no parque de diversões, com os olhos fixos em um ursinho de pelúcia que pendia na prateleira superior. Ele sabia que seu amigo não se sentia tão bem, então queria animá-lo mesmo que um pouco, não era grande coisa, mas ainda assim era algo.

—Ué, Toshi, por que você quer aquele ursinho? —Eeiris perguntava com curiosidade no olhar.

—Você vai ver, mas paciência. —O albino falou com determinação.

Com um sorriso confiante no rosto, Toshiruz entregou o dinheiro para a pessoa que administrava a barraca e pegou as bolinhas para jogar no alvo. Ele respirou fundo, focando toda a sua concentração no objetivo à frente.

Ele lançou as bolinhas com precisão, uma após a outra, mas parecia que o alvo estava fora de alcance. Mas ele não iria desitir ainda,não se deixou abater por isso e continiou tentando.

Finalmente, na última tentativa, a bolinha acertou em cheio no alvo, fazendo com que uma campainha soasse e as luzes se acendessem. Toshiruz quase soltou um grito de alegria, mas não faria isso para não parecer louco. O homem pegou o ursinho de pelúcia e o entragou nas mãos do sulista.

Ele segurou o ursinho com um sorriso triunfante, sentindo-se realizado por ter conseguido o prêmio. Com o ursinho em mãos, ele correu de volta para onde Raviel e Carol estavam. Dante e Eeiris que assistiram ele jogar, apenas o seguiram já entendendo seus planos.

—Ae, Rafael Carlinhos, olha o que eu ganhei para você! —Exclamou Toshiruz, exibindo o ursinho com orgulho.

Raviel olhou para Toshi, seus olhos se iluminando ao vê-lo. Ele pulou no albino com entusiasmo para abraçá-lo, sentindo seu coração acelerar novamente.

—Muito obrigado,Toshi. Você é incrível! —Seu rosto radiante de felicidade, era difícil ficar triste quando estava perto do gaúcho, seu estômago sempre ficava cheio de borboletas com a sua presença.

Toshiruz retribuiu o abraço, sentindo-se feliz por ter conseguido alegrar Ravi. Enquanto os tcholas se abraçavam, Eve e Chiisa voltaram com vários tickets que conseguiram jogando.

—Já tá ficando tarde, é uma boa hora para voltarmos para casa. —A ruiva falou, enquando Eveline ia até o "caixa" para guardar os tickets no cartão.

—Concordo, já tô com sono. —O morcego aranha falou com a voz um pouco baixa.

Mais tarde, quando chegaram na casa de férias, o grupo organizou uma sessão de cinema improvisada. Espalharam almofadas e cobertores pelo chão da sala e escolheram alguns filmes favoritos para assistir. Durante o filme, Ravi e Toshi sentaram-se próximos, compartilhando uma tigela de pipoca.

Durante o filme Eveline se revoltou com um dos personagens, agora estava ela e Raviel xingando a peste. Eeiris e Carol choravam pelo final triste do protagonista. Dante, Chiisa e Toshi já estavam dormindo seu sétimo sono.

A noite continuou com os quatro escândalosque estavam acordados, e, ao final, cada um foi se recolhendo para seus quartos, já Carol acordou o Dante para ele ir deitar e a chiisa acordou um pouco antes com a barulheira que tava.

Já o oni, ele ainda tava lá dormindo profundamente, o Karim ficou com pena de acordá-lo, então aproveitou que tinha força o suficiente e pegou o albino no colo.

Após deixar o branquinho em seu quarto, Raviel deitou-se na cama, já caindo no sono. Com um sorriso satisfeito, fechou os olhos e finalmente adormeceu.

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