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Arminda Ezra

- Tem alguém em casa?

Na frente da casa eu podia avistar a Cordélia desinformando alguns bolinhos que estavam quentes. Ela logo reconheceu a minha voz e saiu na a dianteira para o meu encontro com um grande sorriso no rosto.

- Arminda - abriu a parte de baixo da porta de madeira - vamos. Entre. Estávamos esperando você.

- Como você está? - adentrei

- Estou bem - nos envolvemos em um sincero abraço - e você minha amiga?

- muito bem. Como estão os preparativos para o nosso jantar de hoje a noite?

- Estão todas as cooperadoras reunidas na casa da senhora Stella.

- fico tranquila com tantas pessoas se mobilizando... - fiz carinho em seu ombro direito.

- a obra não pode parar minha amiga... - Cordélia me arrastava para dentro de casa - vamos para a cozinha, os bolinhos estão quentinhos.

A simplicidade de cada casa do vilarejo nos deixava mais horrorizados com a desigualdade entre a vila e as casas que rodeavam o castelo, que era localizado após a grande ponte. Onde alguns tinham farturas e as casas cobertas de lustres e outros se contentavam com aquilo que o seu suor conseguia manter.

- tia Arminda - Pietra saiu da cadeira que rodeava a pequena mesa, e correu em minha direção.

- Minha pequena! - ah coloquei em meus braços; Mas vendo pelo lado atual, Pietra não era tão leve como calculei... - Como anda a minha princesa preferida?

- A senhora só tem eu de princesa, tia Arminda... - me olhou como se falasse a coisa mais óbvia que ela havia falado na semana, e eu a mais ridícula.

- Você tem razão minha querida. - ah coloquei no chão - como você cresceu tanto em um só dia?

- Porque eu me alimento muito bem, tia. Frutas... verduras... - seu ar era de superioridade mas ao mesmo tempo de diversão.

Cordélia e Dylan só faziam rir da situação.

-Está aprendendo muito bem - baguncei seus cachos.

- olha aqui seu bolinho Arminda.

Com pano envolvido em suas mãos e no pequeno bolo, Cordélia correu em minha direção e colocou cinco bolinhas na mesa.

- Muito obrigada minha amiga... - este parecia estar delicioso.

- eu ajudei! - Dylan brincalhão colocando a mão em um dos bolos mas, em seguida levando um pequeno tapa em sua mão de sua noiva.

- Comendo não é mesmo? - revidou a moça entrando na brincadeira, me rendendo uma longa gargalhada.

- como eu iria resistir aos dotes culinários da minha amada? - com um olhar galanteador Cordélia parecia derretida pelos olhos azuis do seu companheiro.

- Vocês são muito fofos meus amigos.

- Não se preocupe querida, daqui a pouco tempo será você com o seu futuro amado. - beijou a bochecha do seu noivo e sorriu para mim.

- Creio que chegará o dia, mas não agora. Temos algo muito importante a ser programado e executado. - mordi um pedaço de bolinho.

- Por falar nisso. Conversei com alguns homens do vilarejo e eles concordaram comigo para ajudar com o que for necessário para a obra do templo. - afirmou Dylan.

- Não temos material suficiente ainda... - essa frase me trouxe a realidade.

- Começaremos com o que temos. Logo, logo você vai ver, tudo estará acabado. - o rapaz de cabelos dourados nunca desanima.

Por trás da ilha E Os Sete Pecados Capitais Onde histórias criam vida. Descubra agora