5

11 1 0
                                    

Arminda Ezra

- Não é nada - exclamou o barba branca - está tudo sob controle.

- Não é o que parece. - exclamou o homem negro descendo de seu cavalo. - De quem é essa criança?

- É... é... é...

- É nossa, ela está conosco - adiantou Dylan. - estávamos passando e nos deparamos com essa cena.

- Então o senhor está importunando a criança, senhor?

- Não estou nada, ela me deve!

- E quanto uma criança de cinco anos lhe deve senhor?

- muito!

Enquanto a conversa se estendia eu me aproximava ligeiramente até a menina. Mas quando avancei em sua direção a força foi maior e acabamos ficando enganchados, todos os três como uma corda humana ao redor da ponte.

-Socorro! - gritou a menina que estava segurando o sapato do Solan.

- Solte meu sapato criança imprestável!

- Por favor senhor tente cooperar, estamos quase caindo!

Como uma escadinha eu segurava a mão da garotinha para que eu não me encontrasse nas profundezas da mata desconhecida. Já ela se agarrou ao pé do senhor, e o idoso em questão era segurado por Dylan, a gentil moça e o soldado.

-Vamos puxar vocês no três! - gritou o soldado.

- Um!

- Dois!

- TRÊS! - gritaram em união.

Mas sem sucesso. Quando dei por mim meu corpo estava flutuando, caindo em deriva em direção a mata desconhecida, até pude sentir o impacto da terra dura o que avistei só era escuridão...

Quando finalmente abri meus olhos pude contemplar uma brisa maravilhosa sobre meu rosto. Eu admito que não tive vontade de abrir os olhos, mas a vontade de contemplar a imagem falava mais alto. Quando finalmente pude abrir meus olhos percebi que nenhum daqueles que caíram comigo estavam ao meu lado, e que uma paisagem completamente maravilhosa estava sobre meus olhos.

Bem adiante se encontrava um castelo completamente de ouro e um esplendor enorme caído sobre ele, à minha frente havia um rio que se iniciava no castelo e seu fim não podia contemplar. Ao derredor pude contemplar vários seres ainda não detectados por mim; quem seriam essas pessoas?

O sentimento que se aflorava dentro de mim era que eu estava em casa; Nunca havia estado neste lugar antes, muito menos sabia onde era, mas uma coisa eu tenho certeza: a paz e a tranquilidade que carregava confirmava dentro de mim, que sim, esse era meu lar.

Mas toda essa cena foi tirada da minha atenção, pois uma voz semelhante a de um trovão chamou-me de uma forma peculiar.

- Valente? - virei-me para ver quem falava comigo.

- o senhor fala comigo? - Virando vi um ser semelhante ao filho do homem, vestido de um vestido comprido e com cinto de ouro, mas o que me espantava era que na mesma intensidade que eu poderia ver um homem, eu pude contemplar um leão dourado.

- Todos aqui estavam ansiosos pela sua chegada, Valente. - clamou o homem que me hipnotizava por seu esplendor.

- acho que o senhor se confunde, meu nome não é Valente. Mas sim Arminda.

- Tenho a plena certeza minha criança qual é seu verdadeiro nome. Mas aqui gostamos de falar que o seu nome é Valente. Não pelas guerras mas sim pela força.

Por trás da ilha E Os Sete Pecados Capitais Onde histórias criam vida. Descubra agora