Ter um bebê definitivamente não fazia parte de seus planos, ainda mais quando são praticamente adolescentes entrando na fase adulta de suas vidas, e já precisando lidar com a pressão da mídia e milhares de olhares em cima de si, sendo estrelas do Ba...
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Ele sente-se coisado.
Sinceramente, Pedri não arrumou uma palavra para descrever o que sente, já que não se trata de euforia, raiva, medo, nervosismo ou qualquer coisa do tipo. Ele simplesmente não sabe o que sente, mas de fato, ele sente algo. Começou com uma sensação estranha no pé da barriga, que ele até pensou ser o bebê, mas não era. E isso continuou seguindo, a ponto de deixar sua mente nublada, suas mãos trêmulas e no meio do caminho ele ter que passar o carro para Gavi.
Quando ele precisou sentar-se e esperar um pouquinho até que a médica designada a si finalmente pudesse lhe atender, Pedro sentiu a situação piorar ainda mais. Sua perna estava ficando cada vez mais inquieta, balançando a todo segundo, enquanto sua mão faltava esmagar a de Pablo... Coitado do seu namorado.
- Você está bem mesmo?
Ele olhou de relance para o namorado enquanto arqueava uma sobrancelha. Pedri quis revirar os olhos, mas pensou seriamente nas palavras do namorado... Não, ele definitivamente não está bem, mas não é um mal-estar do tipo físico. E ele não sabe como explicar isso a Pablo.
- Sim, ou não, quer dizer, eu não sei. Eu meio que me sinto... Estranho? - Pedri deu uma pausa enquanto olhava para a parede branca - Tipo, eu não sei o que eu sinto, mas eu definitivamente estou me sentindo estranho. É meio que uma sensação de euforia, que eu não sinto desde que estreei no time, e isso está me deixando sufocado porquê eu não sei como lidar com essa sensação e...
Pedri parou em meio a divagações enquanto seus lábios se entreabriu e uma luz parecia iluminar no topo da sua mente.
Cacete, isso é ansiedade.
Somente agora ele realmente entendia o motivo de suas mãos estarem trêmulas e suas pernas bambas, ele está em meio a uma possível crise de ansiedade. É como se ele estivesse voltando no tempo, quando vestia o uniforme do Barça pela primeira vez, fazendo sua estreia ao lado de ninguém menos que Lionel Messi, nesse dia, ele sentia que iria colocar tudo para fora e que não iria conseguir nem respirar quando finalmente entrasse no gramado.
E bom, apesar de situações diferentes, nesse momento ele sente-se da mesma forma. Somente a ideia de que quando entrar na sala a sua frente, a sua ficha vai cair totalmente, ele sente-se mole como gelatina, e o ar parece não chegar ao seu pulmão. Tipo, caramba ele está finalmente indo ver seu bebê, ouvir os batimentos cardíacos da criança que está se desenvolvendo dentro de si, e isso lhe lembra a situação que ele viveu anos atrás, sendo um momento perfeito, mas também assustador pra caramba, onde ele fica dividido entre sorrir à toa ou chorar como se não houvesse amanhã.
Sua atenção voltou-se para o namorado quando sentiu a mão de Gavi apertar a sua, e Pedri conseguia ver o desespero nas camadas mais profunda de Pablo, mas ainda sim, seu namorado conseguiu colocar um sorriso nos lábios e lhe entregar um olhar de mais puro amor e carinho, um olhar encorajador que gritava para Pedri que sim, Pablo estará ao seu lado não importa o que aconteça. E talvez sejam os hormônios, mas isso lhe causa uma imensa vontade de chorar também, porquê mesmo ainda sendo um adolescente, Pablo está aqui, firme e forte para ser o seu pilar de apoio.