...𝐸 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑒 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑣𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑒𝑙𝑒𝑠-7

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09/04/1704

?? -Adna

13:19

Local: Mundo afora

Naquela bela tarde de.... E alguém se importa com dia da semana? Dois pré-adolescentes curtiam a vida como nunca na monótona e insípida Mavie City utilizando as pernas como jovens ativos deveriam usar, conversavam sobre coisas bobas e sem importância, mas tomavam cuidado porque senão quem passasse por perto ficaria atordoado se ouvisse as atrocidades que diziam, enquanto passeavam por aí como se fossem órfãos (mesmo que Apuh fosse praticamente órfão, pois os adultos estavam pouco se fodendo pra sua existência) e tivessem acabado de fugir de algum centro de reabilitação que tinha por perto. O jovem e a garota começaram a se cansar e se encostaram em uma ponte de concreto que havia por perto, e contemplaram a paisagem da movimentada metrópole, e então perguntaram um ao outro como algo feito por seres humanos com no máximo 2 metros de altura conseguiam construir coisas tão grandes como prédios de 120 metros, logo Apuh se deu à lógica e explicou que tinham diversas máquinas e mecanismos que ajudavam os adultos a chegarem alto, e Nogal, surpresa perguntou como ele sabia disso e de onde que ele tirou essa ideia: -Beeem do meio do meu...- antes que dissesse o que iria dizer, o ruivo se calou e citou a explicação -Na verdade, eu vi algumas coisas que os construtores usaram pra fazer o forro do quarto do Pedro quando minha mãe estava grávida dele, claro que usaram só escadas e algumas fitas de medição, mas ainda assim foi alguma coisa, não? -A menina que estava ao seu lado se convenceu com a resposta, e assim que se entreolharam em concordância, Nogal mencionou família e seus malefícios, sobre mães ruins, pais não presentes e irmãos indesejados, logo falando que nada ali era como funcionava sua família, mas ainda assim, ela não achava algo tão legal assim, ter que cuidar de menino chato o tempo inteiro, ter que trabalhar para só sustentar gente que não faz nada, e também ter que cuidar de alguém imprestável que nem deveria estar lá, o que Apuh logo deduziu que nessa última fala ela estivesse se referindo a Lg, pois era muito incomum ver algo que prestasse vindo do de olhos rosados pelo menos na opinião do ruivo, e a imagem que sua amiga pintava do mesmo não era nada agradável, mas simplesmente esperava que ele fosse bem mais legal que isso, nunca interagiu com o mais novo o suficiente para ter uma intimidade, só dormiram na mesma cama uma vez porque Cherry no dia anterior havia reclamado dos espirros frequentes, mas só. Foi continuada a escuta das reclamações "indiretas" sobre o primo "muito querido" de Nogal, e Apuh sabia que a coisa mais sábia que deveria fazer era ficar calado pra não falar merda, antes que desse em bola de neve, até que ela parou repentinamente e ficou feliz novamente como se tivesse descarregado toda a raiva que tinha se acumulado com qualquer coisa que tivesse acontecido, claro que ele não a julgava, era assim também, falava a merda que podia só de raiva e ficava de boa depois com o mundo, e não tinha problema nenhum com isso.
Logo os dois começaram a comentar sobre a nova escola que estavam, sobre os assuntos, os professores legais (e os não tão legais), e seus mais novos assuntos de aula, Nogal falou que não havia gostado do novo professor de matemática, mas que a de ciências era praticamente perfeita, falou sobre os novos colegas que havia feito, enquanto o garoto só a escutava nessa parte, pois não tinha muita tendência a fazer amigos (pra falar a verdade ele fazia inimigos com muito mais facilidade) e mencionou sobre a sua escolha de lugares para sentarem, dessa vez Apuh interferiu, pois eram lugares para a dupla em si, sobre essas coisas triviais eles pararam quando desencostaram da ponte que estavam escorados.
Continuando a caminhada pela cidade, os dois tiveram a brilhante ideia de entrarem em um barco e viajarem pelo Rio Esmeralda sem serem vistos, da qual foi frustrada por uma amiga de Lilith ter os achado antes mesmo de virarem a esquina e os levar pra casa, com o ruivo xingando e zombando da maldita o tempo inteiro, e pela cara de Nogal, estava pensando a mesma coisa.

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