A magia da descoberta-20

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25/09/1705

Algeless-Adna

01:00

Local: Dorothy James n-14

-Nogal e Apuh? Romance? -Retorquiu a garota na cama de seu primo, falar que ela e seu amigo estavam namorando era um ultraje tortuoso -E aí né mermão? Qual foi? Você faz o que quiser com qualquer um, mas usar minha amizade com Apuh para manipular Lg dizendo que estamos em um romance é um ato cruel -Continuou, visivelmente indignada com essa declaração distorcida que Jazz estava fazendo - E mais indignada ainda por Lg estar acreditando naquela atrocidade - Qual era o problema de Jazz e por quê ele simplesmente havia parado de querer brigar com Apuh para aplicar em Lg?

-Minha amizade com Nogal não é um romance. -Retrucou Apuh, que visivelmente achou aquela afirmação tão ofensiva quanto ela, o que fez Lg os olhar com uma confusão iminente, mesmo que antes olhasse a prima com um ódio mortal (Nogal não fazia a menor ideia do por que ele a olhava assim, talvez fosse pelo jeito que ela o tratava antes, então não contestou).

    Nogal sentiu a adrenalina pulsar em suas veias enquanto as palavras de Jazz ecoavam em sua mente, como uma batida ensurdecedora. O olhar confuso de Lg a incomodava, e a indignação crescia em seu peito. Como ele poderia acreditar em algo tão absurdo? Era como se Jazz estivesse puxando os fios de uma marionete, e ela estava determinada a cortar essas cordas.

    "Não é justo," ela pensou, a voz de Jazz soando como um eco distante. "Ele não pode usar a nossa amizade assim." Sua lealdade a Apuh era inabalável, e a ideia de que sua relação com ele poderia ser distorcida por manipulações a deixava furiosa.

-Você sabe que isso é mentira, Luiz! -Exclamou, seus olhos se fixando no primo. -Apuh é meu amigo, nada mais. E você não deveria acreditar em uma palavra que Jazz diz! Ela se levantou da cama, seu corpo tenso com a frustração, sentindo a necessidade de se posicionar firmemente. O olhar de Lg a deixava em dúvida, e a ideia de que ele pudesse estar ferido a perturbava ainda mais.

    O silêncio pairou no ar por um breve momento, e ela viu a expressão de Lg mudar, como se estivesse processando suas palavras. Mas antes que pudesse continuar, Jazz interveio, lançando um olhar arrogante.

-Você só está defendendo Apuh porque gosta dele, Nogal. Não se engane. -A afirmação soou como uma lâmina, cortando o espaço entre eles. Ela notou uma protuberância estranha no chão embaixo do irmão.

    Porém ignorou o inchaço quando sua indignação transbordou. -Eu não gosto dele desse jeito! E mesmo que gostasse, isso não justifica a sua manipulação! -Sua voz saiu mais alta do que pretendia, mas a verdade precisava ser dita. Ela se virou para Apuh, buscando apoio, mas ao mesmo tempo, a preocupação a dominava. -Apuh, você está bem? Não deixe que ele te afete assim. -Enquanto olhava para Apuh, sua expressão mostrava confusão e desconforto, mas também uma centelha de determinação. Ele era forte, e ela se lembrava do quanto era importante para Lg e para ela. A ideia de perder a amizade deles por causa das intrigas de Jazz a deixava aflita. Entretanto, a garota nem teve muito tempo para isso, pois a protuberância se abriu imediatamente e engoliu Jazz com toda a força.

-Amém! -Apuh declarou vendo Jazz ser engolido pelo buraco, quer dizer, até a coisa aumentar e engolir ele também. E com a força de um buraco negro, o vórtice consumiu tudo o que estava naquele quarto, Nogal e Lg tentaram se afastar até a janela, mas com uma dose de azar foram engolidos pela coisa também. -Não! -Nogal gritou, olhando em pânico enquanto a força do vórtice os puxava. O mundo ao seu redor se distorcia, e a sensação de ser arrastada para dentro da escuridão era aterrorizante. A única coisa que ela conseguia ver era o rosto de Apuh, que refletia a mesma desesperada luta pela sobrevivência.

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