Eu sou polícial, verme, porco, tira ou até mesmo rato. Eu não sou um policial convencional, eu sou do BOPE, da tropa de elite da polícia militar, na teoria a gente faz parte da polícia militar, na prática, o BOPE é outra polícia. Nosso símbolo mostr...
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🇧🇷 𓏲Tutorial de como fazer a escritora feliz
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"Carolina" de "Seu Jorge" ecoava por Santa Marta, um grupo de pagode se juntou na praça com seus instrumentos e rapidamente as pessoas chegavam, sambando, bebendo e cheirando. Petra se sentia perdida no meio daquelas armas, drogas e pessoas, era óbvio que, a quase dois anos morando na favela, ela já tinha o conhecimento de como seria, mas não sabia o que era diversão a tanto tempo que acabou se rendendo ao convite de um colega, alí surgiu uma oportunidade de se distrair e dançar um pouco, e era isso que ela fazia no momento: Sambava com um sorriso no rosto e barra do vestido voando.
O povo brasileiro sempre foi citado e definido como quente, vibrante, um povo propriamente dito alegre e por alguma razão, o Rio sempre foi a estética brasileira, as músicas, a fauna, a flora, até mesmo as favelas e as pessoas que ali residiam, desde a nascença ou não. O Rio engole as pessoas, toma a energia e as reestruturam. Pela primeira vez Petra se sentiu a latina americana dos filmes internacionais, o samba no pé e os cachos voado enquanto os outros a olhavam e aplaudiam sua performance.
Tudo parecia perfeito, a garota pensava, sem brigas e tiros. O que ninguém imaginava era que o Batalhão de Operações Especiais estavam com dia e hora marcada para subir no morro e acabar com tudo, e esse dia era exatamente aquele. O dia de alegria
Um barulho alto aconteceu ao lado, em um piscar de olhos corpos foram esparramados no chão, pessoas correndo para todos os lados e policiais fardados de preto surgiram do escuro, suas armas enormes apontavam para cada um dos azarados que não haviam conseguido escapar, inocentes ou não, eles iam cobrar o que queriam. Naquele momento as pernas de Petra tremeram, a garganta fechou e tudo que conseguia pensar era na mulher que a esperava acordada em casa todas as noites.
── QUERO TODOS JUNTOS AGORA! ── Uma voz mandona ecoou gritada, rouca e clara. Tudo era aterrorizante, as armas, as fardas, os corpos, o cheiro e o silêncio súbito presente quando os "homi" mataram quem apresentava perigo.
