Eu sou polícial, verme, porco, tira ou até mesmo rato. Eu não sou um policial convencional, eu sou do BOPE, da tropa de elite da polícia militar, na teoria a gente faz parte da polícia militar, na prática, o BOPE é outra polícia. Nosso símbolo mostr...
⌯ Mete o dedo na estrelinha; ⌯ Comente bastante; ⌯ Siga o xuxuzinho aqui; ⌯ Me diga caso algo esteja errado;
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
( 🥝 )
Naquela noite Petra mal havia fechado os olhos e pelo movimento sutil das rodas, adormeceu minutos depois no banco do carro de um homem desconhecido, de um policial que havia a traumatizada, do policial que também a ajudou. Ela não estava tão bem da cabeça ao confiar cegamente naquele capitão, mas se não ele, quem? Quem iria pagar a conta do hospital? Quem iria tira-la do morro? Ninguém. Se não fosse embora com ele, ficaria e morreria de qualquer forma, se desse um voto de confiança ao outro poderia sair ao menos viva, mesmo que machucada, como estava.
Roberto não sabia descrever o que sentia caso alguém perguntasse, o que caralhos ele estava fazendo quando resolveu se enfiar nos problemas daquela garota? Ele se indagava. Nascimento sempre foi ignorante e focado, desde o berço lidou de forma plena com os problemas que apareceram no seu caminho e evitava deixar que seus sentimentos o comandasse. Disciplina poderia ser o seu segundo nome mas de uma hora para outra ele tropeçou nos obstáculos e caiu em um buraco que só ia cada vez mais fundo.
Ele estava parado no estacionamento do prédio por cerca de quinze minutos, não fazia nada, estava estatico com os braços ao redor do volante deitado com a cabeça em cima das mangas, sentia sua farda apertar cada vez mais seu corpo, de repente aquela roupa que usava todos os dias, havia ficado pesada, compacta e parecia prender sua corrente sanguínea, as pálpebras estavam baixas e suas pernas tremiam para baixo e para cima, o pescoço começou a suar e a respiração ofegante, pela milésima vez naquela semana, Roberto teve a sensação que iria morrer sufocado. Até o som irritante começar a sair de bolso, recebia uma ligação às dez da noite, tirou o telefone em meio a roupa e pode ver o nome "Rosane" brilhar na tela, apertou para atender e seguiu com o aparelho até o ouvido.
"Cadê você Roberto?" Estava chateada ao outro lado da linha.
── Estou chegando em casa agora Rosane, não enche. ── nem se quer ouvi-la ele sentia vontade, desde o momento em que ela o deixou sozinho e de tabela o afastou de seu bem mais precioso, ele não queria vê-la nem pintada de ouro. Ele não entendia muito bem seus sentimentos, visto que sempre foi levado a entender e disciplinar o seu físico, era agressivo como um animal e sem educação, ele é um policial bem sucedido, ele era o Capitão do BOPE, ele era Capitão Nascimento, precisava de algo mais?
