Eu sou polícial, verme, porco, tira ou até mesmo rato. Eu não sou um policial convencional, eu sou do BOPE, da tropa de elite da polícia militar, na teoria a gente faz parte da polícia militar, na prática, o BOPE é outra polícia. Nosso símbolo mostr...
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Ele disse e sem mais nem menos se virou voltando para cômodo, jogou o roupão que havia pegado no chão e caiu na cama denovo, fechou os olhos e sem muito preocupação respirou fundo e cochilou. Sua pistola 9mm estava, com sempre, em cima da escrivaninha ao lado, para tê-la em mãos bastava esticar o braço. Essa é uma prática que ele pegou desde quando começou a morar com Rosane e ladrões invadiram sua casa, sem a arma por perto teve de cair no soco com o bandido, o que lhe rendeu um braço dolorido e para o outro além da cadeia, duas costelas quebradas e olho roxo. Rosane não precisava presenciar sua brutalidade, então a partir dali ele sempre mantinha sua arma próxima.
Petra confirmou com a cabeça olhando o outro entrar no quarto e não sair mais. Ela fechou a porta a trancou, parada pensava no que faria em seguida.
Com as peças de roupa que carreava nos braços foi até o banheiro para tomar banho, mas com a bagunça que estava ali era impossível, sem muita paciência ela começou a pegar as roupas jogadas no chão e andar pelo lugar procurando um cesto de roupa, abriu a porta da lavanderia e achou o que procurava despejando a as peças sujas alí, aproveitou e pegou um pano, que julgou ser de chão pela cor manchada, que estava no murinho. Voltou ao banheiro e com rodo que estava atrás da porta, passou o pano secando aquela poça que o outro havia feito e tirando a sujeira. Dentro do armarinho encontrou um sabonete novo e logo jogou fora o minúsculo pedaço que havia em cima da bucha velha, andou até a cozinha e agarrou o detergente e a vassoura encostada, entrou no banheiro fechando a porta, tirou sua roupa e entrou no box de vidro também o fechando para não encharcar o local, despejou uma certa quantidade do sabão no chão imundo e com a pouca força que lhe restava daquele dia, esfregou removendo toda aquela sujeira garrada.
Com o ambiente mais usável que antes, ela finalmente pôde usufruir daquele chuveiro enorme e quente que tinha instalado, a água batia em suas costas relaxando os músculos quase que instantâneamente, esfregou o corpo tirando todo o suor que estava pregado em si e sem muita demora se secou e vestiu o pijama que havia levado pra o lugar, com o celular em cima do lavabo de mármore ela pode ver as horas, eram dez e quarenta e cinco, pegou suas roupas sujas e as dobou para levá-las de volta.
