Rosas e lágrimas

capítulo 15

22/02
Christopher point of view

Tão delicada dormindo, nunca havia sentido paz por ver uma pessoa descansando, mas observar Luana adormecida me deixou mais calmo, ela deveria estar passando por tanta coisa, assim que percebi que ela estava dormindo profundamente, fui até meu quarto para deixá-la descansar, deitei-me e dormi também.
Não me recordo de quanto tempo havia passado, mas acordei assustado, um sonho realmente assustador me assombrou durante meu descanso, me levantei e fui verificar se Luana estava bem, ainda estava dormindo, olho para o relógio em meu pulso "16:34" fiquei parado por uns segundos observando Luana, sua respiração cada vez mais rápida, talvez estivesse tendo um pesadelo também, me aproximei dela lentamente, ela estava realmente assustada, mas não conseguia acordar, estava relutante em acordá-la ou esperar o pesadelo acabar, não estava mais aguentando ver ela tentar acordar e falando coisas que eu não entendia.

Me aproximei dela e disse em baixo tom:

-Luana, ei, acorda_digo passando a mão em seu ombro.

Luana abre os olhos e me olha, claramente confusa, ela se senta no sofá e não diz nada, faço o mesmo e fico cabisbaixo:

-Você teve um pesadelo também?_já sabia a resposta, mas queria ouvir a voz dela novamente.

Luana coça os olhos e diz:

-Sim, foi horrível, eu ouvia gritos de um menino, mas não conseguia ver quem era, foi tão real_ela suspira e olha para baixo.

Ela teve o mesmo pesadelo que eu..., continuei cabisbaixo mas com aquele pensamento "parece que nos conhecemos há tanto tempo" talvez eu realmente estivesse enlouquecendo.

Me levantei e disse a ela:

-Bom, agora está tudo bem_engulo a seco o fato de não ter coragem de dizer a ela que tive o mesmo sonho terrível.

Luana se levanta também e diz olhando para mim:

-Sim, estou bem agora, eu vou escovar meus dentes_diz enquanto anda em direção a uma de suas malas.

A observo pegar a sua escova de dente e ir até o banheiro. Decido sentar no sofá e ligar a televisão.

"Após três décadas desaparecidos, restos de vestes do desaparecido Matheus são encontrados em uma floresta próxima ao local onde o mesmo desapareceu"

Eu nem era nascido naquela época, muito menos Luana, na televisão, mostrava a foto do garoto, parecia ter no máximo quinze anos, uma foto antiga, aquilo me despertou um sentimento de tristeza, Luana voltou do banheiro e se sentou no sofá ao meu lado, prestando atenção na reportagem ao vivo, ela parecia interessada, Roberto saiu de trás do sofá e deitou no meio de nós, acariciei seu pelo mas ainda com a atenção na notícia

"Para as pessoas que não conhecem, o caso se tornou mundialmente conhecido, milhares de pessoas protestando contra a possível assassina de Matheus, a mulher identificada como Madalena, se suicidou logo após hipoteticamente ter assassinado a vítima, seu corpo foi encontrado numa estrada, em seu bolso estava uma carta, no papel estava escrito: "Matheus está bem, em paz agora, diferente de mim, espero que eu queime no inferno." Investigadores e policiais continuaram as buscas, porém não tiveram sucesso, após cinco anos do possível assassinato, os investigadores e policiais decidiram arquivar o caso."

Fico com os olhos marejados, como pessoas podem matar as outras, eu realmente não entendo, olho para o lado e vejo que Luana está com os olhos vidrados no aparelho: