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Lívia Vázquezdia seguinte- folga -

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Lívia Vázquez
dia seguinte
- folga -

Eu amo morar sozinha, é um dos prazeres da vida que eu mais desfruto. Às vezes é meio chato e parado, mas como não fico muito em casa, não faz tanta diferença assim. E caso esteja se perguntando se quando eu tô por aqui não me sinto no tédio... é óbvio que sim, mas a maior parte do meu tempo é ocupado por cadernos, livros, anotações espalhadas pelo apartamento e eu pirando das ideias com esse tanto de fibra, tendão, ligamento, músculo... pelo amor da virgem Maria alguém me socorre.

A campainha toca.

- Caramba não pensei que tava mesmo me ouvindo! - Largo a caneta encima das anotações indo até a porta.

Espio pelo olho mágico, mas é só o porteiro. Destranco a porta e encontro um Mathias sorridente. Adoro esse senhor.

- Bom dia seu Mathias!

- Bom dia menina Lívia! Ó, chegou isso aqui para você hoje cedo - Ele me estende duas caixas, uma média e outra pequena.

- Pra mim é? Não lembro de ter pedido nada!

- Foi uma moça com o uniforme do Palmeiras, deve ser algo da firma.

Acho graça do jeito que ele chama o clube de 'firma'.

- Pode ter sido a Alê!

- É, era essa mesma. A dona Alê.

- Se ela te ouve chamando ele de 'dona', vai dizer que chamou ela de velha.

- É só maneira de falar, menina!

- Tá bem, muito obrigada pela entrega seu Mati!

- Imagina, um bom dia pra você e seus estudos!

- Igualmente, bom trabalho viu! - Ele acena antes de desaparecer pelo corredor.

Fecho a porta com o pé ainda equilibrando as caixas nos braços.

Se eu não soubesse quem patrocina a 'firma' ia dizer que a marca tá querendo mais uma modelo para chamar de sua. A caixa média é nada mais nada menos do que o novo uniforme de viagem do clube. Digamos que a cor não vai me valorizar muito, mas até que gostei. Tem mochila, tênis e até uma garrafinha personalizada com meu nome.

Já na caixinha menor tem um convite para a inauguração de uma balada bem perto de um bairro nobre. Embaixo três pulseiras, a de acesso a pista, de open bar e a um camarote, junto delas uma mini garrafinha de Jack Daniels. Não faço ideia como me descobriram, afinal eu não sou a pessoa mais baladeira, de vez em quando dou as caras em algum barzinho com as meninas da faculdade e a Mica, uma coisa mais social e afins.

PERDIÇÃO | RICHARD RÍOS (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora