No dia seguinte, acordo e pela primeira vez naquela semana, não sei por qual milagre, eu estava sem dor de cabeça, mas, não consigo parar de pensar na noite anterior, será que o Fabrício finalmente se vingou de mim e vai me deixar em paz?
Bom, vamos esperar cenas do próximo capítulo para descobrirmos...
Sacudi a cabeça para espantar os pensamentos, levantei da cama e me arrumei para a escola. Dei um beijo nos meus pais e fui para a casa da Anita, tomei café da manhã com as meninas. Luiza, foi na frente encontrar Douglas, Anita e eu aproveitamos para bolar um plano para fazer com que a Carol terminasse com o Eduardo.
–Do que vocês estão falando?- Cezar chegou por trás nos assustando e rimos.
–Você pode guardar um segredo?- Disse, eu sabia que podia confiar no Cezar, para pelo menos contar 1%, Cezar balançou a cabeça que sim.
–Ok, sua ajuda vai ser bem vinda, precisamos fazer com que a Carol se toque que o Eduardo não é um bom cara para ela.
–Sorte de vocês me terem.-Cezar falou divertido, como se já tivesse um plano.- Ele vai direto lá na sorveteira do meu pai, sempre com uma garota diferente.
–Ótimo! Vamos levar a Carol lá e fazer ela pegar ele no flagra! –Anita disse, animada.
–Certo. Peguem ela e depois da aula venham para minha casa comigo, ele provavelmente vai ir lá depois da aula com alguma menina, pra variar. Vocês se escondam atrás do balcão, ok?! – Confirmamos e fomos para aula.
• • •
A aula foi tranquila, no fim, chamamos a Carol para mostrar uma coisa, mas que não podíamos contar o que era. Fomos para a sorveteria do pai do César e nos escondemos atrás do balcão conforme combinado. Sem entender nada, Carol desconfiou, mas no fim, curiosa para descobrir o que era tão importante assim que ela precisava saber, aceitou.
Enquanto estávamos escondidas, para nossa surpresa, Fabrício apareceu para ajudar o César na sorveteria. Droga, como pude esquecer que esse idiota era irmão do Cê? Ele nos flagrou agachadas e soltou uma risada.
–O que é que você tá aprontando com essas três pamonhas, hein, Cê?- Rolei os olhos, pronta para responder, mas o César foi mais rápido
–Deixa elas aí, é rapidinho, não estraga tudo, Fabrício.- César implorou.
Fabrício continuava rindo, era obvio que o plano dele era estragar nosso plano, e olha que ele nem sabia qual era! Quando olhei pela fresta do balcão, lá estava ele: Eduardo, acompanhado de uma garota! Sem pensar duas vezes, puxei o Fabrício fazendo ele cair em cima de mim. Antes que ele pudesse reagir, coloquei minha mão em sua boca e sussurrei para ele ficar quieto. Nossos olhares se encontraram, e ele apenas balançou a cabeça concordando, sem nem mexer.
A Carol ainda não tinha espiado por cima do balcão, mas não demorou muito para que a voz do Eduardo enchesse o ambiente.
– "Fala aí, Cesarzinho!" Ele riu, provocando o César com o apelido. A Carol arregalou os olhos ao reconhecer a voz, e a Anita teve que segurá-la para que ela não levantasse.
–Me dá dois sorvetes de morango, um pra mim e outro para minha gata aqui", disse Eduardo, e em seguida deu um beijo na garota tão alto que conseguimos escutar... eca.
Carol sacou tudo, e a Anita a soltou. Ela se levantou rapidamente, as lágrimas já começando a rolar pelos seus olhos. Percebi que ainda estava segurando o Fabrício, e ele só estava aceitando. Por um momento, esqueci da situação e quase ri, mas me segurei. Soltei ele e todos nós nos levantamos. Segurei a mão da Carol, a encorajando a falar. É agora!!!!
–Eu... eu não acredito... E-eduardo...- A Carol falou, com os olhos cheios de lágrimas. Eduardo a encarou, surpreso de aquele tanto de gente ali atrás do balcão do nada.
–Você está me traindo! E-eu não consigo acreditar!" ela gritou, com a voz trêmula, e eu apertei sua mão mais forte ainda.
–É... apenas um mal-entendido! Amor... essa é a minha... minha... prima!.
FALA SÉRIO. Nem para inventar uma boa desculpa ele serve, que idiota! Ao fundo, pude ouvir o Fabrício rindo, aproveitando o espetáculo.
–Que prima, Eduardo?! SEUS PAIS NEM TÊM IRMÃOS!- A Carol gritou, completamente incrédula com a cara de pau dele.
A garota, que até então tinha se mantido calada, finalmente falou
–Você não me disse que tinha namorada... que babaca, desculpa moça... eu realmente não sabia." Ela se levantou e, antes de ir embora, soltou um "Cafajeste".
Carol pegou um copo de suco que estava no balcão e derrubou na cabeça de Eduardo, mais uma vez pude ouvir Fabrício rindo se divertido, tenho certeza que se eu olhasse para trás eu ia ver ele com um balde de pipoca na mão e um óculos 3D de cinema.
(Com um amigo desses acho que o Eduardo nem precisa de inimigos)
–A-acabou tudo! Nunca mais olha na minha cara, Eduardo, e-eu te odeio! – Ela estava tremendo.
Carol saiu correndo dali e eu e a Anita fomos atrás dela, ela morava bem pertinho dali, ela entrou na sua casa correndo e entramos logo atrás, a abraçando.
–Prima... eu sinto muito. –Quebrei o silêncio.
–Vocês sabiam? A quanto tempo? e-eu... estou me sentindo tão... tao idiota! - Carol disse em meio ao choro
–Descobrimos hoje... César nos contou.
–Vai ficar tudo bem agora, o importante é que você descobriu. –Anita a reconfortou
Ficamos mais algumas horas ali com a Carol a ajudando a se acalmar.
Missão n° 1 concluída
Destino a missão n° 2.Continua....
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De volta aos 15! 【Fabrício】
RomanceMaya está no auge de seus 33 anos, porém sua vida não estava indo pelo caminho que ela sonhou, quando ganha uma chance de voltar no tempo e reescrever sua própria história. Junto com sua prima Anita, que também se encontra perdida, ela é transporta...