Capítulo 2 - Confissão

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Já se passavam algumas semanas desde a saída da vila Cocoyasi, e a entrada de Sanji para o bando. Finalmente comeriam uma comida decente e deliciosa, preparada pelas graciosas mãos do cozinheiro, dedicadas especialmente a isso.

Zoro já se encontrava firme e forte, finalmente curado daquele maldito machucado, não gostava de ficar parado, se sentido inútil, mas seus companheiros o obrigaram, caso contrário, a ferida não ia cicatrizar. Ao menos podia dormir o dia inteiro sem ser repreendido pelo belos socos da navegadora. Seu corpo estava curado, como a casca vermelha e brilhante de uma maçã, mas algo perturba sua mente. Se não retirasse a minhoca da maçã, ela apodreceria. Se não resolvesse seus pensamentos, ficaria louco.

Não sabendo o motivo, o espadachim de cabelos esverdeados sempre se sentira inconformado com algo desde a entrada do cozinheiro ao bando. Por alguma razão que ele mesmo não entendia, gostava de estar próximo ao loiro sempre que podia, mas isso seria estranho, temesse que o outro o estranhasse. Por tanto, sempre estava a brigar com ele, não o odiava, pelo contrário, o que sentia por Sanji, era amor. Amor, um sentimento que para ele, nunca poderia ser recíproco.

Para estar sempre o mais próximo possível do loiro sem que ele o estranhasse, Zoro o chamava com apelidos para incomodar o outro, sobrancelha de dardo, sobrancelha de arame, cozinheiro tarado, cozinheiro de buteco, cozinheiro de merda ou cozinheiro gado. Além disso, também não perdia toda e qualquer oportunidade de brigar com ele, abria sua geladeira sem permissão para pegar seu saquê ou pulava refeições. E de fato conseguia irritar o loiro, que cada vez mais já estava cansado do espadachim de merda no seu pé com aquelas provocações bestas.


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-Ei, já disse para não abrir minha geladeira sem permissão, marimo estúpido! - diz Sanji para o esverdeado, que acabava de entrar em sua cozinha.

-Não enche, sobrancelha de arame - diz sem mostrar expressões, apenas a fechando e sentando á mesa, onde lá ficou tomando seu saque.

Sem perceber, acaba encarando o loiro. Seus olhos fixados no movimento de suas mãos, eram tão belas, brancas e macias, o outro segurava a faca cuidadosamente, e a movia com tamanha precisão.

-O que foi marimo? Está me encarando já faz tempo. - diz o cozinheiro virando o rosto para encarar o espadachim de volta.

-Só estou pensando em como alguém pode ser tão ridículo! - Fala indiferente, um pouco nervoso, mas sem demonstrar.

-Marimo idiota - Já estava se irritando com a atitude infantil do outro - Apenas suma daqui! - Não estava afim de discutir com o companheiro, por tanto, só o ignorou.

O esverdeado apenas permanece na cozinha em silêncio e desacatando a ordem do cozinheiro, o que o fez ficar com mais raiva.

-Diga, qual é o seu problema comigo? - Para o que estava fazendo novamente e o encara - Eu não lhe fiz nada e você age como se eu nem fosse seu companheiro! Está sempre no meu pé sem motivo algum, o que eu lhe fiz de tão ruim que o fez me detestar tanto? - Estava sério e apreensivo pela resposta.

Novamente o espadachim permanece em silêncio, se levanta e tenta se retirar da cozinha, quando é impedido.

-Eu estou falando com você. Apenas me responda - levantou a voz, enquanto estava na frente da porta, impedindo a passagem.

-Olha só, eu não te devo satisfação de nada, sobrancelha de dardo. Saia do caminho - agarrou o braço de Sanji na tentativa de o fazer sair da frente - Que saco...

-Seu... - agora mais irritado, o empurra contra a porta, o prendendo, e aumentando mais o tom da voz - Fale logo idiota, eu quero uma resposta.

-Ora seu... -

Zoro já estava com raiva pela insistência, e vergonhoso pela proximidade do loiro em seu rosto, podia sentir claramente sua respiração.

Totalmente irritado, deixou as palavras escorregarem de seus lábios - Eu tenho interesse em você, cozinheiro infeliz!




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Louco por você | ZosanOnde histórias criam vida. Descubra agora