Capítulo 4 - Bolo de Limão

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   -Desculpe. Não deveria ter dito aquilo e deixado nós dois nessa situação estranha. Mas sim. Eu acho que, esse sentimento... é verdadeiro.

Um breve silêncio surge.

    -Então... você gosta de mim? É isso? - O outro confirma acenando levemente com a cabeça - Olha só, quem diria que um marimo como você tem sentimentos! - Solta uma risada forçada.

   -Não ria de mim, cozinheiro estúpido! Também não sei como fui gostar de um idiota como você!

   -Ó desculpe, querido! - Diz em um tom debochado.-

   -Querido uma ova! Se veio apenas entregar a comida e rir da minha cara, trabalho feito. Agora pode meter o pé.

   -Não precisa ser tão grosso, querido! - Implica novamente - Estou aqui em missão de paz, queria também conversar com você.

   -Conversar? Só fale logo, cozinheiro.

   -Vamos para a cozinha, tem um pedaço de bolo na geladeira, se ainda estiver com fome.

   -Sabe que eu não gosto de doces, idiota.

   -É de limão, tão azedo como você.

   O espadachim finalmente se levanta, ignorando o insulto do outro e seguindo rumo a cozinha. Nami se encontrava no Ninho de Corvo - era sua vez de ficar de vigia-, indicando que terminou seu trabalho com a louça.

   Chegando no cômodo que tanto amava e conhecia como a palma da mão, Sanji abre a porta da geladeira pegando a fatia de bolo e entregando à Zoro, que já se sentava ao balcão, assim fazendo o mesmo.

   -Então, sobre o que deseja conversar comigo, cozinheiro de boteco? Está sendo tão amável, tem veneno neste bolo? - Fala desconfiado, para logo comer um pedaço do doce.

   -Se eu quisesse acabar com você, não usaria a comida como meio, seria um desperdício. Meus chutes já são o suficiente.

   -Até parece que um simples cozinheiro consegue me vencer.

   -Pense o que quiser - Percebeu que estava desviando do assunto - Desde quando gosta de mim?

   Zoro permanece por um momento em silêncio enquanto mastigava o bolo. Ficara surpreso com a pergunta repentina.

   -E eu lá vai saber? Desde sempre, eu acho.

   -É claro que tem que saber, não consegue se dar contas dos próprios pensamentos, Marimo?

   -Tá, tá. Mas pra que tanta pergunta, hein cozinheiro? - Fala antes de levar outro pedaço de bolo à boca.

  O loiro não sabia o que responder, num ato de desespero apenas se inclina em cima do balcão, dando um beijo na boca de Zoro.

  -O que...

- Sua boca estava um pouco... suja de Chantilly.

-Não me entenda mal, "querido" cozinheiro, você é louco?

-Talvez louco por você, Marimo. 

Louco por você | ZosanOnde histórias criam vida. Descubra agora