CAPÍTULO 10 " TRAIÇÕES INEVITÁVEIS"

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Uma notícia devastara a cidade na noite passada. A morte de alguém muito querido na cidade. O prefeito. Ontem de noite, Vicente Fernandes foi encontrado sem vida, vítima de envenenamento, como diz o laudo médico.

Estamos a caminho do funeral nesse momento. A família real deve mostrar apoio ao ex-prefeito, disse meu pai, não repercutiria positivamente na mídia, se a gente não fosse.

Muita gente está comentando que foi a própria família que o matou. Estão chamando a esposa de interesseira, matando-o para ficar com tudo, outros dizem ser o filho, matando o próprio pai para candidatar-se no seu lugar.

Outros culpam até o monstro, mesmo que as câmeras de seguranças não mostrem isso.

Porém, eu sabia a verdade, meu pai estava por trás de tudo isso. Se minha teria da chantagem estiver correta, meu pai pode ter encaminhado a morte do prefeito. Se a teoria da chamtagem estiver correta, o rei é o assassino do prefeito.

Eduardo também estava no carro conosco, ele era um dos guardas convocados para nossa segurança. Olhando em seus olhos escuros, imagino o que ele deve estar pensando o mesmo que eu: temos que agir, depressa!

Finalmente o carro parou, Cristian, Fernanda e meu pai, saímos do carro e caminhamos até o cemitério. Silvia não pôde vir com seus filhos, meu pai ainda não falou sobre ela publicamente. Continua enrolando a minha madrasta. 

O cemitério de Cidade do Sul está lotado. Porém, só vejo gente rica aqui, as consideradas mais importantes da cidade.

Perto da lápide vejo a primeira-dama desesperada, chorando a morte do marido. Outras pessoas a confortam.

São soluços atrás de soluços, em certo momento parece que ela vai desmaiar, até que Franco a segura. Apesar de não nutrir nenhum sentimento positivo pelo prefeito, me parte o coração ver o sofrimento alheio.

Espero que a primeira-dama saia de perto do túmulo, para eu colocar as flores que tenho nas mãos. É uma tradição em nossa cidade, ao chegar no velório, cada pessoa traz flores para o defunto. Depois de muita demora, ela e o filho se afastam para dar espaço a outra pessoa.

Aproveito enquanto os nobres estão conversando entre si, para livrar das flores nas minhas mãos. Ainda bem que Vicente já está enterrado, não queria ver a cena de alguém morto em um caixão.

Coloco minha flor por cima de sua lápide com cuidado, e penso em voltar rápido. Mas uma voz me chama, olho para trás e vejo ser Mariele Fernandes.

- Muito obrigada por vir - ela me abraça.

-  Claro que eu viria! Vim prestar as minhas condolências - tenho que inventar uma boa desculpas.

- Alguém fez isso e vamos pegá-lo! - ela diz com determinação.

- Com certeza vamos pegá-lo! - asseguro - se não for muito difícil de falar... como aconteceu? - tenho curiosidade.

- Não posso dizer aqui - ela abaixa o tom - a pessoa nos observa agora. Saia disfarçada e fiquei perto do portão, longe dos olhares dele. Que darei um jeito de te encontrar.

Franco chega no momento.

- O que foi? Veio rir de mim? - ele começa a se alterar.

- Do que está falando? - me defendo.

- Maldita! - ele fala bem alto pra todos ouvirem. Alguns olhares se voltam para nós. Me apresso a sair o mais rápido possível de lá. Nunca tinha visto Franco chorar na vida. Parece que ela gostava mesmo do pai.

Meu pai acena para mim. Ele estava cumprimentando os políticos que estavam lá. Enquanto isso, Cristian e Fernanda parecem entendiado enquanto o sacerdote começa a falar.

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