"CAPÍTULO 13 "BATALHAS NA ARENA: PARTE 3: FIM DE JOGO"

7 2 6
                                    

(ATENÇÃO: Esse capítulo pode conter cenas de violência. Esteja preparado!)

Tento me controlar para não entrar em desespero. É muita coisa para processar. A multidão está em completo pânico. Me lembro de ter visto uma cena similar, no Dia das Crianças, as pessoas corriam com tanto medo, tentando se salvar. Agora a mesma cena horrível se repetia.

- Vamos sair daqui - Cristian gruda na minha mão, me puxando a caminho da saída já sabemos onde fica. Um dos guardas, que sentavam atrás de nós, tentam me puxar. Tento me mover, estou congelada. De repente o mundo começa a escurecer, e não tenho mais consciência do que se passa.

Quando finalmente consigo voltar ao normal, percebo que estou sendo levada nos braços, por um dos guardas a caminho da saída da arena.

Não, não posso. Eu não posso ir embora agora. Depois de tudo o que fizemos para descobrir o que era o monstro, quem estava por trás, não posso deixá-lo escapar. Há muito tempo, venho o investigando, treinando com Silvia para ficar mais forte. Perdi Eduardo por causa dele, Maria também perdeu seu emprego. E tantas vidas perdidas por sua culpa. Chegou o momento de enfrentá-lo!

- Me solte - grito para o guarda - Cristian, me ajuda! - imploro.

- Não, Isabela. Temos que fugir daqui.

Começo a mexer, não consigo me desprender. Com certeza sua habilidade é uma super força. Tentar me desvencilhar, não vai me ajudar. Então abraço seu pescoço e começo a absorver sua energia até que ele me solte. O policial tenta me pegar assim que o outro desmaia. Porém, Cristian o abraça pelas costas aplicando seus poderes até que ele caia desacordado.

- Seja lá o que vá fazer, se apresse - ele diz me abraçando.

Então me apresso, corro de volta para o meu assento na frente do ringue para ter uma noção do que está acontecendo. Ao olhar para a plateia, vejo que nem todo estão fugindo para fora, muitos ainda estão sentados observando o show. O show, no ringue, o monstro contra centenas de policiais armados.

Muitos policiais estão atirando de longe tentando contê-lo, mesmo levando tiros em sequência, ele está consegue matar vários dos policiais que se aproximam do ringue. Ele está enfurecido por tudo que aconteceu hoje, e quer se vingar, matar o máximo que puder. Imagino como farei para me aproximar dele.

De repente, sinto um toque nas costas, estava tão ocupada assistindo ao monstro, que não prestei atenção em nada mais. É meu meio-irmão Adrian. Se ele tivesse ficado no ringue, já teria sido devorado, assim como muitos dos policiais agora.

- Eu tentei usar meus poderes naquela coisa. E não funcionou, quase fui comido vivo, ainda bem que um dos policiais o distraiu atirando na sua cabeça, assim consegui fugir - ele diz aliviado.

- Desculpa, mas como essa história vai nos ajudar neste momento? - tento não soar mal-educada.

- Eu quero te motivar, ninguém mais consegue parar aquela coisa. Você é a nossa única esperança - ele me olha sério tentando me encorajar - o chefe de polícia acha que, como ele é seu pai, talvez se você falar com ele... talvez se você negociar com ele o seguinte: vamos parar de atirar e ele para de matar, assim deixamos ele fugir, sem mais mortes.

- É claro - respondo sínica. É claro que isso não vai funcionar, meu pai nunca me escuta, além do mais, ninguém é tão inocente para achar que vão deixá-lo sair assim tão fácil.

Chegou o momento, eu preciso enfrentá-lo.

O chefe de polícia grita no microfone para os policiais pararem de atirar, todos o obedecem. O monstro olha confuso, ele para de atacar por um momento, então olha para mim, caminhando em sua direção.

A Próxima Rainha Onde histórias criam vida. Descubra agora